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A grande resposta histórica

Hoje, 07 de Abril de 2018, comemoram-se 94 anos de uma missiva emitida pelo então Presidente do Vasco José Augusto Prestes.

Tal acontecimento – histórico por excelência – tratou de manifestar o caráter eminentemente democrático do Club de Regatas Vasco da Gama; em contexto verdadeiramente hostil ao clube e seus associados;

Isto porque, em 1923, o futebol do Vasco ganhava da maioria dos seus adversários. O Vasco era um “forasteiro”: tinha jogadores pobres e negros, era novato no esporte e considerado “instruso” no meio elitista da época. Ao melhor estilo da perseguição que tem como alvo o inimigo, e não sua conduta, em 1924, tentou-se atribuir, artificialmente, uma suposta infração ou condição para que não disputasse a recém criada Associação Metropolitana de Esportes Amadores.

O futebol era um esporte de elite: jogadores de profissão considerada “duvidosa”, de condição social baixa e “por coincidência” negros, não poderiam ter a honra de disputar o campeonato carioca, eis que tal situação era entendida como profissionalização e mercantilização da atividade – na época era proibido jogadores de futebol remunerados. Pura retórica. O Vasco incomodava o sistema – o que perdura até hoje – e possuir jogadores era mero pretexto para a sua eliminação.

Por óbvio, afastar o futebol das atividades do clube não era uma medida popular. Mas nem sempre medidas populares (para os anseios do torcedor) são corretas.

Com a coragem, a ousadia e a firmeza que se espera de um presidente do Vasco, José Augusto Prestes emitiu a resposta histórica, estabelecendo que não seria o Vasco proibido de participar da referida associação; o Vasco é que se recusaria a participar de um campeonato que alijasse seus jogadores operários da AMEA.

Tal situação, amparada filosoficamente na ética kantiana do dever, até hoje é reconhecida por toda a imensa torcida Vascaína, e até mesmo para as torcidas rivais. É que, hodiernamente, o reconhecimento à vulnerabilidade social de negros e pobres se tornou senso comum; o que efetivamente atribui valor institucional – e não apenas preço – ao fato anterior que criou um divisor de águas no preconceito. E tal acontecimento é preponderante para a afirmação da enorme marca institucional do nosso querido Vasco.

E assim, embora muitos vascaínos queiram fundar um “marco zero” ou um “novo Vasco”, a instituição não é e nem pode ser atingida, já que, por vários atributos históricos, incluindo este marco, intangível e impossível de ser apagado, não é possível e nem aconselhável repentina guinada de posição institucional do nosso clube. Assim, que a lição de outrora sirva de inspiração para a continuidade do caminho de vitórias e glórias do Vasco, uma instituição ímpar e que carrega o orgulho de ter vencido o preconceito.

Saudações Vascaínas.
Sergio Coelho

Perguntas que não calam

Eu só gostaria de saber alguns pontos dos “bastiões da moralidade”, que criticam a soberana decisão do Conselho Deliberativo, em eleger Alexandre Campello presidente do Vasco:

1) Por que eticamente vale se associar ao Campello para tirar Eurico, mas não vale se associar a Campello para tirar Brant? A democracia não pressupõe direitos iguais?

2) Por que a providência judicial de 2006 (determinar novas eleições) estava certa, e agora o certo não é novas eleições, mas anular tão somente uma urna? Porque não reclamam da impossibilidade estatutária do pedido final da ação? O estatuto fala de novas eleições, e a jurisprudência de 2006 idem. Porque isso não é considerado golpe?

3) Por que a nomeação da junta após término de mandato de Dinamite (2014) era ilegal (por alegada falta de previsão estatutária), mas essa dos três administradores não? Porque nenhum simpatizante da oposição reclamou disso?

4) Por que a democracia e as consequências ao clube não importavam quando duas chapas antagônicas se uniram para derrotar a chapa de Eurico (inclusive sabendo que poderia haver um racha pós eleição, prejudicando o Vasco, o que se confirmou antes) e agora importam, quando dois grupos se unem para evitar Brant?

5) Por que um grupo pode achar, democraticamente, que qualquer coisa é melhor que Eurico e outro não pode achar que qualquer coisa é melhor do que Brant?

6) Por que o Vasco tem que comprovar na justiça pagamentos de quem não precisa pagar? (Sócios remidos, isentos de pagamento)

7 ) Por que os simpatizantes não reclamaram quando a justiça negou (sem fundamentação) uma liminar em Mandado de Segurança após 10 minutos de tê-lo recebido? Porque não reclamaram da aparente celeridade da justiça?

8) Por que o mandato de Roberto Dinamite pode ser prorrogado por 3 meses em 2014 (e muitos comemoraram isto), mas o de Eurico não pode ser prorrogado por 5 dias, mesmo com a concordância das outras chapas?

9) Se a urna 7 estivesse valida e o conselho elegesse Brant pra tirar Eurico, vocês reclamariam do desrespeito aos sócios?

10) Por que os simpatizantes da oposição a Eurico se acham titulares do monopólio do uso da ética consequencialista? Porque “os fins justificam os meios” só pra eles, mas não para outros grupos?

11) Por que o traidor é o Campello, se ninguém sabe o que efetivamente aconteceu entre eles? Eu não estive lá pra saber se houve ou não rompimento do trato entre eles. Apenas achei que entre um e outro, eu poderia escolher um. E o um que eu escolheria foi o que venceu.

12) Por que chamam a gente de torcedores de dirigente, mas agora, só porque o conselho nao votou no Brant, querem boicotar o clube? O Vasco só presta quando o candidato de vocês é o presidente?

Não respondam para mim. Apenas reflitam.

Obrigado.

P.S. Não sou da chapa de Campello, não estive lá pra votar. Ao contrário, fui prejudicado em meu direito de ser conselheiro (fui eleito pela chapa Reconstruindo o Vasco, de Eurico Miranda) por um processo que, apesar do meu parco conhecimento, me pareceu eivado de vícios legais. Não estou situação, não quero e nunca quis cargos. Apenas defendendo a legalidade e a política, que deve ser igual para todos os grupos.

Sérgio Coelho

A inquietude juvenil

Bom dia amigos:

Hoje, o primeiro dia após a merecida, suada, histórica e honrada conquista do Bicampeonato Estadual Invicto do Vasco, trago à reflexão uma análise mais profunda que justifica o sucesso do time de futebol. Uma análise recheada de simbolismos, reflexões, constatações profundas e que vão além de meros resultados de futebol.

Já que a mídia, a eterna inimiga do Vasco, não fará tal análise, não será por desleixo ou desídia que nós aqui, do Casaca!, deixaremos de fazer. É nossa obrigação defender o Vasco, seus homens, suas cores e suas tradições, mesmo que todo senso comum negue suas virtudes. Tal como tem sido há 117 anos.

Sim, após a retumbante vitória por 2 a 0 em cima de nosso maior rival, vídeos foram publicados nas redes sociais em que os  briosos jogadores do Vasco, renegados e criticados pela campanha do campeonato brasileiro do ano passado e unidos ao Presidente Eurico Miranda e alguns outros profissionais, esfuziantes bradavam o grito de guerra “Casaca”.

Acompanhados pela torcida de Manaus, que também gritou, comemoravam mais uma vitória em cima do nosso eterno rival, a despeito deste possuir jogadores caros, técnico caro, dirigentes profissionais e receita consideravelmente superior. Esta vitória marcava algo emblemático: o rival não iria mais conseguir evitar que o Vasco alcançasse a significativa marca de três vitórias nos últimos nove confrontos e três eliminações consecutivas de competições do adversário, das quais o Vasco foi campeão em duas.

Tal fato por si só já seria suficientemente grandioso, causando orgulho a todos nós pelas cores da sagrada bandeira do Vasco. Entretanto tal ato esconde simbolismos e reflexões mais profundas do que podemos enxergar em uma trivial exibição.

No meio daqueles jogadores, estava um senhor de quase 71 anos, visivelmente recuperando-se de uma convalescência grave, cercado de problemas no Vasco por todos os lados, puxando o tradicional grito como um juvenil. Tal qual um garoto esfuziante pela vitória do Vasco, chegando ao ponto de, enquanto aponta para cima, flexionar suas próprias pernas e seus ombros cansados para mostrar o lugar onde o Vasco deve estar. Com a inquietude que, emocionado, bradou e fez alusão em seu inesquecível discurso de posse no dia 02 de Dezembro de 2014.

Sim, ele é isto tudo: Enquanto todos dizem que ele é um problema para o futebol brasileiro, ele responde com duas qualidades principais: ser MUITO trabalhador e ser MUITO Vascaíno.

Muito trabalhador a ponto de passar a maior parte do dia no Vasco, enquanto muitos dos Vascaínos estão procurando na mídia tradicional a versão adequada (para eles) dos fatos que dizem respeito ao dia a dia do clube. Muito trabalhador a ponto de, adiando seu tratamento, viajar nas derradeiras rodadas do campeonato brasileiro do ano passado com todo o time, assistindo o jogo no vestiário, assumindo uma culpa de um rebaixamento forjado, criado por inimigos do Vasco para derrubá-lo.

Muito trabalhador a ponto de, com seus métodos “ultrapassados”, criar e contratar um sistema tecnológico muito além de meros computadores para ter, ao mesmo tempo, análise de rendimentos, tratamento preventivo contra lesões, profissionais altamente gabaritados e mão de obra especializada para dar aos atletas a melhor condição possível e para assim poderem exercer seu futebol de maneira mais eficaz.

Muito trabalhador a ponto de dividir seu tempo entre o seu tratamento – agora preventivo – e as atividades do Vasco. Aquelas atividades que a grande massa torcedora sequer imagina serem tão importantes. Aquelas que, a cada folha virada e documento apresentado por gestões passadas, criam mais indignação pelo que fizeram com o nosso amado Vasco.

Vascaíno a ponto de encarar, com sua inquietude, as inimagináveis situações adversas que se apresentam dia a dia, situação deixada pela antiga “gestão”, cujas dificuldades poderiam assustar – e fazer desistir – muitos jovens doutores, tecnocratas, cheios de diplomas tanto de mestre como de doutores, mas que não seriam capazes de enfrentar sequer um trabalho como estes sem contratar mais meia dúzia de executivos ou CEO’s.

Vascaíno a ponto de, honrando nossas tradições, deixar Jorginho livre para escolher o caminho que queria seguir após investida de um clube de outro estado. Sim, honrando nossas tradições porque o Vasco é maior do que qualquer um de nós, maior do que qualquer profissional ou torcedor. Todos nós passaremos, o Vasco é eterno.

A coroação deste trabalho iniciado no ano passado com a contestada contratação de Jorginho e Zinho – ato que à época recebeu uma saraivada de críticas – e a despeito dos comentários dos “analistas” ditos “imparciais” da mídia – sobretudo dando voz justamente a quem detesta Eurico Miranda – revela, entre outras coisas, reflexões que vão além do chamado proveito de ter a honra de ser presidente do Vasco. Revela um interior juvenil por tradição, inquieto por hábito e principalmente, essencialmente Vascaíno. Aliás, diz o ditado que quem faz o que ama, tem prazer no trabalho. E esta deve ser, respeitosamente falando, a tese adotada pelo nosso Presidente.

Por fim, fica aqui o meu sincero agradecimento: OBRIGADO, EURICO MIRANDA. Ver você vir à borda da torcida puxar o Casaca, com aqueles que escolheram seguir o caminho Vascaíno, os supostos maltrapilhos e espaçosos torcedores que ousam desafiar o sistema dos poderosos, traz no âmago da sua atitude o verdadeiro sentimento Vascaíno: A inquietude juvenil de quem um dia enfiou na cabeça que o Vasco não poderia ser secundário. E não é secundário não, o Vasco é eterno, principalmente por ter entre seus quadros, pessoas como você, Eurico.

Parabéns a todos e Saudações Vascaínas.

Sérgio Coelho

Prazer, eu sou o “Bovino”

Eu me finjo de imparcial, mas só critico o Eurico.

Eu cobro coerência nos argumentos dos “Euriquistas”, mas eu não sou coerente.

Eu cobro contratações de peso, mas não sou sócio e não serei um sócio torcedor em dia com as minhas mensalidades. Ou farei isso, desde que o time vença, seja campeão, dê olé. Não penso no clube por extensão, mas em mim mesmo e no meu próprio umbigo.

Eu cobro um timaço de futebol porque para mim o Vasco só serve como um time que me alegra quando estou triste, e que me proporciona poder zoar os outros. Aliás quando o Vasco perde eu acho um jeito de fingir que a derrota não me pertence. Ela é única e exclusiva do Eurico.

Eu cobro transparência nas contas, mas na época do Dinamite eu dizia que aquela “diretoria” não podia “dar armas” para o Eurico.

Eu disse que cair era bom para reestruturar o Vasco na gestão anterior, mas hoje, a despeito dos avanços administrativos e patrimoniais do Vasco, eu rebato tudo com “Eurico rebaixou o Vasco”.

Eu peço respeito aos oposicionistas que vão ao Vasco, mas me regozijei quando tomei conhecimento através da “mídia imparcial” de que o Eurico, na qualidade de presidente do Conselho de Beneméritos, teria sido “barrado” na secretaria do clube, após assumir o cargo (eleito com o dobro dos votos do candidato do Calçada) em 2010.

Eu dizia que o Vasco era prejudicado nas arbitragens por causa da “prepotência e arrogância” do Eurico; mas quando o Dinamite entrou e o mesmo acontecia, isto ocorria “porque Eurico mandava na FFERJ, na CBF e no Vaticano”.  Ano passado, quando o Vasco foi indecentemente  prejudicado pelas arbitragens ( o maior garfo da história do clube em Campeonatos Brasileiros) eu dsse que a culpa é do Eurico por ter contratado o Celso Roth.

Eu apoiei Roberto Dinamite porque não queria mais ser “vice, e dizia que tais vices eram culpa do Eurico; mas não desconheço que com Eurico no comando do futebol ou do clube o Vasco foi mais vezes campeão do que vice e em 14 das taças que ganhei (foram 49 no total em quase 24 anos) o Flamengo, rei dos vices (para meu desespero ruminante) ficou no seu devido lugar em relação ao Vasco.

Com Dinamite, devidamente apoiado politicamente por Calçada e afins, curti cinco vices e um campeonato, me tornei freguês do Botafogo e, em decisões, de todos os grandes. Colecionei 3 vitórias em 22 jogos contra o Flamengo e vi meu time perder 10 vezes para o rival. Meu desespero diante dos números obtidos por Eurico no Vasco, só não me enlouqueceram mais ainda porque criei um método para apagar isso, dizendo que o Campeonato Carioca não vale nada. Só valia para mim quando o Flamengo era campeão em cima do Vasco. Do Vasco gerido pelo Eurico, claro.

Sou meio cara de pau. Atribuo por exemplo as derrotas de 1999 e 2000 no Carioca a Eurico, mas o título do Centenário eu ponho na conta do Calçada, a quem chamo de “melhor presidente da história do Vasco”. Na verdade me embanano todo (termo adequado a mim), pois sei que quem montava os times era o Eurico, quem tinha obrigação de pagar era o Calçada, presidente do clube, mas quem conseguia contratos vantajosos para o clube, como o assinado com o Nations Bank era o próprio Eurico, à época deputado federal, deputado do Vasco como ele dizia e eu abominava.

Fico num mato sem alfafa, tentando elevar quem sem Eurico pouco arrumou no Vasco e com Eurico tomando a frente de tudo pôde enfim fazer parte das conquistas.

Em cerca de 40 anos sem Eurico no Vasco o pobre Calçada (várias vezes, vários anos vice de futebol, eminência parda no clube e ainda por três temporadas presidente) viu seu clube conquistar sete títulos de expressão (tenho irremediavelmente que valorizar o Campeonato Carioca agora). Eurico em quase 24 anos já mais que dobrou o número de títulos. Foram 15 oficiais, desde estaduais, e ainda fez reconhecer o de Campeão Sul-Americano de 1948, em 1996.

E lembrar que com Calçada na presidência, em 1983, o Vasco não se classificou para a primeira divisão do Brasileiro, pois conseguiu a façanha de terminar em sétimo no Campeonato Carioca (afinal valia ou não?) disputado em turno e returno, contabilizando o clube na ocasião simplesmente 8 derrotas, 8 empates e apenas 6 vitórias em 22 jogos. Não fosse o convite da CBF nós disputaríamos a Taça de Prata em 1984.

Curioso que costumo falar sobre a pior campanha em Campeonatos Cariocas da história do clube citando 2006 (aquele ano valia), quando o Vasco venceu 4 partidas, empatou 4 e perdeu apenas três. Um campeonato mais do que enxuto com apenas 11 jogos na fase de classificação (5 num turno e 6 no outro).

Na ocasião, o clube somou o mesmo número de pontos que o campeão Botafogo na fase regular e mais dois pontos que o vice-campeão daquele ano, Madureira, além de ter ficado na frente do Flamengo e terminado também com o mesmo número de pontos que o Fluminense na competição. Não importa. Mesmo sabendo que faltaram apenas dois pontos em cada turno para o Vasco ir às finais, a conjuntura que levou o clube à nona colocação por força do regulamento sobrepõe ao bom senso, algo aliás deixado por mim lá no início do pasto há mais de 10 anos.

Mas, continuando:

Eu digo que os “Euriquistas” colocam o Eurico acima do Vasco, mas para mim qualquer candidato é bom desde que não seja o Eurico. Ou seja, eu coloco a minha aversão ao Eurico acima do Vasco.

Como já disse nesse texto, sou cara de pau nato. Eurico ganhou do meu candidato com 1.200 votos de diferença. Uma vitória incontestável e acachapante. Eu cobrava legalidade nas eleições, porque segundo meu conhecer político do clube Eurico só ganhava uma eleição, se fosse fraudada.

Durante o processo político motivei meu gado a acreditar que não eram eleitores os que tinham nome registrado, matrícula, mensalidades pagas. Do alto do meu devaneio os tratei como “fantasmas”. Precisava vê-los para ter certeza. Não era possível depois de todo o meu esforço em denegrir Eurico Miranda, o histórico da sua trajetória pelo clube e até mesmo ferir a história do Vasco em função da minha doença patológica, eu, o bovino, simplesmente não tivesse sido levado a sério.

Tentei partir para a ignorância (sindicância), usando o estatuto e burlando-o ao mesmo tempo. Fiz os administradores correrem riscos de uma enxurrada de ações contra si próprios e não simplesmente contra o Vasco por abuso de poder ou de idiotice, mas me mantive firme. Alfafa a tiracolo busquei impedir o direito de 3.000 sócios votarem (cerca de 1/3 deste pessoal favorável ao voto no ódio ao Eurico, diga-se de passagem).

Não deu certo. Parti para torcer pelo adiamento das eleições, a fim de garantir um segundo lugar, apostando que o discurso do ódio prevaleceria contra qualquer projeto de Eurico Miranda ou de um adversário dele em benefício do Vasco. Fiquei animado novamente quando soube que haveria um recadastramento de sócios no clube. De volta a vã esperança de que se pudesse impedir a vitória esmagadora do meu totem nas eleições.

Como sou nas horas vagas, além de bovino, uma zebra de pijama, entendi que a ação de meus representantes amarelos para impedir o voto dos sócios pagantes que não haviam se recadastrado traria um enorme prejuízo ao quantitativo de votos do favoritíssimo ao pleito. Não me passou pela cabeça que o grupo menos atingido seria exatamente o mais organizado e também não me dei conta de que boa parte da organização cabia ao Casaca!, que aliás, do alto do meu saber, imaginava estar morto, diante da massificação de meu discurso mugido.

Eu acho que o Estatuto deve ser obedecido e que uma oposição é saudável, inclusive para fiscalizar a administração do clube, mas em 2010, quando Eurico ganhou a eleição para Presidente do Conselho de Beneméritos eu disse que tal poder deveria ser extinto. Só porque o Eurico passou a ser o Presidente daquele Poder.

Eu atribuí o rebaixamento de 2008 à “herança maldita” deixada por Eurico: Phillipe Coutinho, Alan Kardec, Souza, Alex Teixeira, entre outros outros, mas hoje a culpa do rebaixamento é SÓ do Eurico.

Eu acuso os “Euriquistas” de mudança de discurso, mesmo quando fatos novos os fazem ponderar; mas quando sou eu que mudo, eu digo que “o sábio muda de idéia, o idiota não”.

Eu falo que o Eurico rebaixou o Vasco e critico o programa Casaca no Rádio, mas quando o Casaca mostra os inacreditáveis “erros” de arbitragem sofridos pelo Vasco no Brasileiro de 2015, eu, acuado, xingo seus integrantes de “baba-ovos do Eurico”. É o que me resta. Para mim, quando os argumentos acabam, sobram os xingamentos.

Eu critico o rebaixamento do Vasco em 2015, mas quando o Dinamite e o MUV estavam lá eu dizia que o Vasco podia cair até para a Série D, desde que o Eurico não fosse o presidente.

Eu acredito quando a mídia diz que “passados 6 meses da assunção do Eurico ao poder, a administração do Eurico, está “catastrófica”, mas quando ofereço o meu candidato, afirmo ser necessário a ele ao menos 10 anos para reerguer o Vasco.

Para mim, a ÚNICA qualidade que um candidato a presidente do Vasco precisa ter é ser contra o Eurico. Eu apoiei vários deles em apenas um ano, pois o Vasco a meu conceito só existe se o Eurico não estiver lá. Um deles criticou o Eurico, mas quando foi para seu lado eu o acusei de traidor. Sabe como é? O ditado “os sábios podem mudar de ideia” só vale se for eu quem o fizer, se for o outro é traição.

Para mim o Vasco é laboratório de experiências e aventuras; por isso a única solução que eu aponto hoje para todos os problemas do clube está “no candidato que mais tiver chance de tirar Eurico”, não importando seu passado, sua história, seu projeto de governo ou suas propostas (ou a verossimilhança delas).

Por isto tudo, por minha “coerência, retidão e firmeza no discurso”, eu peço o voto dos sócios do Vasco, mesmo sequer conhecendo as categorias aptas ao exercício daquele.

Prazer, eu sou “bovino”.

Amigos, este é o panfleto imaginário de um “opositor” apresentando seus argumentos e propostas para a “solução mágica” de todos os problemas do Vasco: Apenas, e tão só apenas, TIRAR EURICO.  Eu, Sérgio Coelho, obviamente não compactuo destas ideias. Mas trago os argumentos de quem arrota coerência, mas se retroalimenta mesmo é de ódio.

Meus sentimentos, “loosers”, traduzindo para o português (perdedores) e para o “bovinês” (vices).

Até a próxima.

À MÍDIA: QUEM NÃO TE CONHECE QUE TE COMPRE!

 

Bom dia amigos!

Observando as notícias desta semana veiculadas pela mídia convencional, mais compreendo a luta para que uma Instituição como o Vasco teve que realizar para fincar suas históricas raízes no esporte brasileiro.

Depois de a nova administração assumir uma terra arrasada no fim do ano passado, com 2 (dois) meses de salários atrasados, verbas adiantadas, vinte e tantos caminhões de lixo só na sede de São Januário e com atletas com salários incompatíveis para seu rendimento, o Vasco hoje, com extrema dificuldade, vem honrando seus compromissos.

O Vasco tem sido claramente prejudicado pelas arbitragens, os “investigadores” nada falam, ao contrário, silenciam. Em que pé está a investigação prometida pelo STJD? Nada contra o órgão jurisdicional, mas porque a mídia não levanta estas informações? Se as visitas ao vestiário da arbitragem fossem em São Januário, por parte da diretoria do Vasco, como será que esta mídia estaria tratando o assunto?

Nas eleições do Vasco, há cobertura nacional, e se pudessem, até online. Nas eleições do rival, em que até um candidato levantou suspeitas sobre o caso da Portuguesa-SP, não falam nada.

Criticam o nosso estádio, que para eles é hostil e perigoso, mas não falam absolutamente nada a respeito do que o Vasco suportou no fatídico dia de seu rebaixamento em 2013, em Joinville, quando sequer segurança havia lá.

Criticam o preço dos ingressos, mas não falam que foram todos vendidos.

Criticam a suposta “falta de estrutura” do Vasco, mas não falam que Jorge Henrique, por exemplo, foi tratado em tempo recorde e já estava em campo no último jogo contra o Corinthians.

Criticaram também, o nosso valente time, que só não venceu o melhor do campeonato – com o dobro de arrecadação que tivemos – porque estava com menos um em campo; sendo certo que o primeiro cartão amarelo para Rodrigo foi um claro exemplo de como beneficiar o infrator, já que o adversário corintiano estava retardando o jogo.

Assim, as investigações são seletivas, o que demonstra que a inquietude e o que significa o verdadeiro espírito Vascaíno são os eternos alvos daqueles que insistem em nos colocar em patamar inferior ao que merecemos.

Enfim, quanto à situação na tabela, é óbvio que é difícil, mas não impossível. Sosseguem vossas cornetas, pois ainda dá. E se houver lisura por parte das equipes e da própria arbitragem, certamente nos salvaremos, para desgosto da mídia e de até alguns pseudo-Vascaínos.

Se houve erros ou não, isto é coisa pra se discutir depois. O resultado não está sacramentado. Agora é hora de apoiarmos o nosso Vasco, que está sendo reconstruído.

Até a próxima!