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Jogos Históricos – Deportes Concepción 1×3 Vasco (Taça Libertadores 2001)

Ficha do jogo:

Data: 09/05/2001
Competição: Taça Libertadores da América 2001 (Oitavas de Final – Jogo de ida)
Local: Estádio Municipal de Avenida Ignacio Collao, Concepción.

Arbitragem: Carlos Torres (Paraguai)
Auxiliares: Atilio Invemizzi e Cecilio Bejarano.
Cartões amarelos: Jorginho Apulista, Paulo Miranda, Juninho Paulista e Torres.
Gols: Verdugo, aos 8min, Juninho Paulista aos 19min. No segundo tempo, Romário aos 20 min e Juninho Paulista aos 50mn.

Deportes Concepción: Montoya, Bautista, Torres, López e Perez (Lobos); Aravena, Garrido, Almendra e Iván Cañete; Montecinos e Verdugo.
Técnico: Fernando cavallere.

Vasco da Gama: Hélton, Clébson, Géder, Torres e Jorginho Paulista; Fabiano Eller, Paulo Miranda, Pedrinho (Viola) e Juninho Paulista; Romário (Dedé) e Euller.
Técnio: Joel Santana.

Em 2001, na última vez que o Vasco atuou em Concepción, vitória por 3 a 1

Hoje o Vasco fará sua estreia na Taça Libertadores 2018 em partida contra a equipe chilena do Universidad de Concepción. Mas não será a primeira vez que o Gigante da Colina atuará no Estádio Municipal de Concepción, também conhecido como “Estádio Collao”.

No dia 09 de maio de 2001, a equipe cruzmaltina entrou em campo para enfrentar o grande rival do atual adversário, o time do Deportes Concepción, em jogo válido pelas oitavas de final da maior competição sul-americana.

O Vasco vinha de uma campanha 100%, com 6 vitórias na fase de grupo, e buscava manter esse aproveitamento. Com Romário, Juninho Paulista, Euller, Pedrinho, Viola, Helton entre outros, não foi difícil conquistar tal objetivo: vitória cruzmaltina por 3 a 1 diante de mais de 30 mil chilenos.

Assim descreveu o jogo o “Jornal do Brasil” do dia seguinte:

Jornal do Brasil (10/05/2001)

“O Vasco manteve seus 100% de aproveitamento na Libertadores da América e a invencibilidade de 17 jogos na temporada. Mas a vitória por 3 a 1 sobre o frágil Deportes Concepción, de virada, ontem à noite no Chile, não foi tão fácil quanto se esperava. A disposição do penúltimo colocado no Campeonato Chileno por pouco não complicou a vida vascaína. Muito superior tecnicamente, entretanto, o time de Joel Santana soube explorar os contra-ataques e chegar à vitória com dois gols de Juninho Paulista e um de Romário – que pediu para ser substituído no fim, mas não preocupa. Com a vitória, o Vasco pode perder por até um gol de diferença no jogo de volta, na próxima quarta-feira, que estará classificado para as quartas-de-final da Libertadores. A partida está marcada para São Januário, mas a diretoria do Concepción tenta mudar para o Maracanã, alegando que o estádio do Vasco não tem capacidade para 30 mil pessoas, como exige a Confederação Sul-Americana de futebol.

Empurrado por sua torcida, o Concepción partiu sem medo pra cima do Vasco. E logo aos  oito minutos, ajudado por uma falha de Helton, a equipe chilena abriu o marcador, com gol do atacante Verdugo: 1 a 0. A festa, no entanto, durou pouco. A frágil defesa do Concepción devolveu a gentileza de Helton, aos 19 minutos, e assistiu  ao pequenino Juninho Paulista subir sozinho na área para marcar, de cabeça, o gol de empate.

Os chilenos não se intimidaram. Mantiveram-se no ataque e, principalmente no início do segundo tempo, pressionaram o Vasco em seu campo de defesa. mas depois de pelo menos três oportunidades desperdiçadas, o Concepción foi castigado: aos 20 minutos, Pedrinho recebeu livre na área, chutou cruzado e a bola sobrou para Romário, sempre bem colocado, virar o placar: Vasco 2 a 1 e quarto gol do baixinho na competição – os artilheiros são González, do Guarani e Giovanni do Cruzeiro, com seis gols.

No fim do jogo, na base da vontade, o Concepción ainda buscou o empate. Mas a pressão abriu espaços na defesa e , já nos acréscimos, Juninho Paulista aumentou para 3 a 1″ (Jornal do Brasil – 10/05/2001)

Esperamos que a escrita seja mantida e o Vasco obtenha hoje um grande resultado, começando assim a trajetória que pode nos trazer o tricampeonato da Libertadores.

Casaca!

Clique aqui e assista este jogo na íntegra

 

 

Há 67 anos, Vasco se sagrava o 1º Campeão Carioca do Maracanã

A história do Maracanã é bem conhecida pela maioria dos brasileiros. O Brasil teve o privilégio de sediar a primeira Copa do Mundo do pós-guerra e o ponto alto dessa organização foi a construção de um estádio novo, gigantesco, pois o Pacaembu e o estádio de São Januário já não acomodavam a massa cada vez maior de apaixonados pelo futebol.

O Maracanã foi inaugurado em 16 de junho de 1950, com capacidade para 200 mil espectadores. Foi palco de cinco dos seis jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, incluindo a final do dia 16 de julho. Precisando apenas do empate, o Brasil perdeu por 2 a 1 para o Uruguai e terminou como vice-campeão, gerando uma onda de frustração por todo o país.

Passado o choque inicial, era chegada a hora de utilizar o Maracanã para o Campeonato Carioca. O Vasco era o atual campeão da competição e, ainda por cima, invicto. O Expresso da Vitória esteve no auge de sua forma em 1949 e havia conquistado 18 vitórias e 84 gols em 20 jogos, numa campanha que até hoje detém o recorde de ter sido a melhor de toda a história do profissionalismo carioca.

Mas em 1950 os jogadores vascaínos estavam abatidos. Também, pudera: nada menos do que oito jogadores (Barbosa, Augusto, Danilo, Eli, Ademir, Chico, Maneca e Alfredo II) e mais o treinador (Flávio Costa) haviam tomado parte na delegação brasileira derrotada em casa pelo Uruguai na Copa do Mundo.

Grande parte da imprensa, que já naquela época não gostava muito do Vasco, aproveitou para explorar ao máximo o trauma da perda da Copa a fim de prejudicar a equipe cruzmaltima. E quase conseguiu seu objetivo. O Vasco realmente teve um começo irregular e, só no primeiro turno, sofreu 3 derrotas (América, Fluminense e Botafogo), fato raro para um time reconhecidamente superior a todos os outros.

À medida que a tristeza pela perda da Copa foi passando, o Vasco foi ganhando mais e mais confiança e voltou a ser o velho “Expresso” de outros tempos, goleando, no segundo turno, o Flamengo por 4 a 1 (e mantendo um tabu de 6 anos sem derrotas para o rival) e o Fluminense por 4 a 0.

Só que, mesmo tendo vencido todos os jogos do segundo turno, o Vasco só conseguiu alcançar a liderança na penúltima rodada, após derrotar o Botafogo por 2 a 0. O Vasco ficou então um ponto à frente do América: 32 a 31. E, como a tabela marcava para a última rodada o jogo Vasco x América, uma vitória rubra poderia pôr a perder a brilhante recuperação da equipe vascaína.

E foi nesta situação que pisaram o gramado do Maracanã no dia 28 de janeiro de 1951 (por causa da Copa do Mundo, o Campeonato Carioca começou atrasado e só pôde ser concluído no ano seguinte) C.R. Vasco da Gama e América F.C.: ao América, só a vitória interessava para que conquistasse o seu sétimo título carioca; e o Vasco, com um simples empate conquistaria o nono título carioca de sua história, o quarto em seis anos.

Mais de 100 mil pessoas foram ao Maracanã (na época, chamado apenas de “Estádio Municipal”) naquele domingo, para acompanhar esta verdadeira decisão. O América tinha um ataque perigoso, conhecido como “tico-tico no fubá”. Outro ingrediente da decisão era um confronto entre dois irmãos: Eli do Amparo, do Vasco, e Osni do Amparo, do América.

O Vasco começou melhor e saiu na frente logo aos 4 minutos, com um gol de Ademir Menezes. O América empatou aos 40 minutos, por intermédio de Maneco. O primeiro tempo terminou com um empate em 1 a 1.

Foi no vestiário do Vasco, durante o intervalo, que ocorreu o fato que decidiu o campeonato. Ipojucan, atacante do Vasco, não se sabe por que motivo, estava reclamando de falta de ar e não queria de maneira alguma voltar para a etapa final. O técnico Flávio Costa, que conhecia muito bem seus jogadores, achou que o vascaíno estava fazendo corpo mole e mandou-o de volta a campo debaixo de tapas.

Anos depois, Flávio Costa explicou em uma entrevista como tudo aconteceu: “Eu levantei o Ipojucan no peito e dei-lhe duas bofetadas. Mas não foram bofetadas de agressão, não. Foram terapêuticas. E ele se apavorou e saiu correndo. Eu atrás dele: “Você vai entrar de qualquer maneira!”.”

A tática do comandante do Expresso da Vitória funcionou parcialmente. Se, por um lado, Ipojucan não jogou nada no segundo tempo, limitando-se a fazer número na ponta-direita, por outro lado foi dele o passe que resultou no gol da vitória do Vasco, de Ademir Menezes, aos 29 minutos.

Ainda aconteceu, no campo, uma briga que resultou com a expulsão de dois jogadores de cada time pelo árbitro Carlos de Oliveira Monteiro (conhecido como “Tijolo”), aos 43 minutos: Eli, Laerte (Vasco), Osmar e Godofredo (América).

A torcida do Vasco, no entanto, pouco ligou para a briga, pois já estava comemorando o título e homenageando Ademir Menezes (artilheiro do Carioca com 25 gols) com uma paródia de uma música do Carnaval de 1951:

“Oi zum-zum-zum zum-zum-zum-zum/ Vasco dois a um/ Ademir pegou a bola/ e desapareceu/ foi mais um campeonato/ que o Vasco venceu…”

Domingo, 28/1/1951
VASCO DA GAMA 2 X 1 AMÉRICA
Local: Maracanã (RJ)
Árbitro: Carlos Monteiro
Renda: Cr$ 1.577.0144,00
Público: 104.067
Gols: Ademir 4′, Manec0 40′, Ademir 74′
Expulsões: Godofredo, Laerte, Osmar e Eli
VASCO: Barbosa; Augusto e Laerte; Eli, Danilo e Jorge; Alfredo, Ademir, Ipojucan, Maneca e Dejair. Técnico: Flávio Costa
AMÉRICA: Osni; Joel e Osmar; Rubens, Osvaldinho e Godofredo; Natalino, Maneco, Dimas, Ranulfo e Jorginho. Técnico:Délio Neves

Jornal dos Sports (29/01/1951)
Jornal dos Sports (29/01/1951)
Jornal dos Sports (29/01/1951)
A Noite (29/01/1951)

Campanha vascaína no Campeonato Carioca de 1950:

20/08/1950- São Januário- Vasco 6 x 0 São Cristóvão- Maneca (2), Ipojucan (2), Ademir e Lima
27/08/1950- Maracanã- Vasco 3 x 2 Bangu- Ademir (2) e Tesourinha
03/09/1950- São Januário- Vasco 2 x 3 América- Maneca e Ademir
10/09/1950- Leônidas da Silva- Vasco 4 x 0 Bonsucesso- Ademir (3) e Maneca
17/09/1950- Rua Bariri- Vasco 3 x 1 Olaria- Ipojucan (2) e Lima
24/09/1950- Maracanã- Vasco 2 x 1 Flamengo- Ademir e Alfredo II
01/10/1950- Maracanã- Vasco 1 x 2 Fluminense- Ipojucan
08/10/1950- Maracanã- Vasco 0 x 1 Botafogo
15/10/1950- São Januário- Vasco 9 x 1 Madureira- Dejair (4), Ademir (2), Álvaro (2) e Maneca
22/10/1950- São Januário- Vasco 7 x 0 Canto do Rio- Ademir (2), Dejair (2), Jansen, Maneca e Tesourinha
29/10/1950- Figueira de Melo- Vasco 5 x 1 São Cristóvão- Dejair (3), Ademir e Tesourinha
05/11/1950- Conselheiro Galvão- Vasco 3 x 2 Madureira- Ademir (2) e Dejair
19/11/1950- São Januário- Vasco 4 x 0 Olaria- Ademir (3) e Alfredo II
26/11/1950- Maracanã- Vasco 4 x 1 Flamengo- Ipojucan (3) e Alfredo II
10/12/1950- São Januário Vasco 7 x 2 Bonsucesso- Ademir (3), Dejair (3) e Maneca
17/12/1950- Caio Martins- Vasco 4 x 2 Canto do Rio- Maneca (4)
31/12/1950- Maracanã- Vasco 2 x 1 Bangu- Ipojuca e Maneca
06/01/1951- Maracanã- Vasco 4 x 0 Fluminense- Ipojucan (3) e Ademir
14/01/1951- Maracanã- Vasco 2 x 0 Botafogo- Maneca e Ademir
28/01/1951- Maracanã- Vasco 2 x 1 América- Ademir (2)

Fonte: NetVasco (Texto) Blog do Marcão (Ficha Técnica) Jornal dos Sports e A Noite (Imagens)

Atual campeão, Vasco estreia com vitória no Carioca sub-20

O Vasco da Gama iniciou sua caminhada no Campeonato Carioca sub-20 com o pé direito! Atual campeão do torneio estadual, o Gigante da Colina justificou o favoritismo e venceu a Cabofriense por 2 a 0 na tarde deste sábado (27/01). A partida foi disputada no Estádio de São Januário e os gols do triunfo cruzmaltino foram marcados por Lucas Santos e Léo Reis.

Com o resultado, o Almirante encerrou a primeira rodada da Taça Guanabara, o primeiro turno da competição, entre os líderes do Grupo A. Contando com diversos atletas com passagem pelo profissional, o sub-20 vascaíno retorna aos gramados na próxima quinta-feira (01/02), às 17 horas, para encarar o Volta Redonda. O duelo acontecerá no Estádio Raulino de Oliveira, casa do adversário.

O JOGO

A forte chuva que caiu nos arredores da Colina Histórica encharcou o gramado e impediu que as duas equipes colocassem a bola no chão no começo da partida. Atuando dentro de casa, o Vasco da Gama tomou a iniciativa e buscou o ataque através de jogadas pelo flancos. Com a dupla Rafael França e Lucas Santos, o Cruzmaltino levou perigo para a meta da Cabofriense em diversas ocasiões. A principal grande oportunidade, entretanto, foi criada apenas aos 18 minutos, quando Moresche ficou cara a cara com o goleiro e tocou para fora.

Rodrigo Coutinho puxa jogada de ataque do Gigante da Colina

Com mais volume de jogo, o Cruzmaltino abriu o placar aos 33 minutos da etapa final. Na ocasião, Lucas Santos cobrou falta, a zaga se enrolou e a bola acabou morrendo no fundo das redes: VASCO 1 x 0. A vantagem no placar não fez o Almirante recuar. O time comandado por Marcus Alexandre seguiu atacando em busca do segundo gol, mas só conseguiu ampliar na etapa final. João Pedro lançou Lucas Santos e ele cruzou na medida para Léo Reis, que não desperdiçou: VASCO 2 x 0. Antes do jogo chegar ao fim, Lucas Santos ainda desperdiçou um pênalti.

Escalação do Vasco: Hedhe Halls, Rafael França, Ulisses, Gabriel Norões e Rodrigo Coutinho; Rodrigo, Bruno Ritter, Moresche, Lucas Santos e Marrony; Hugo Borges. Treinador: Marcus Alexandre.

Capitão Rodrigo faz lançamento na etapa inicial- Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br

Fonte: Site oficial

Há 24 anos, Dener dava show em amistoso contra o Newell´s de Maradona

No dia 26 de janeiro de 1994, o Vasco fazia o segundo amistoso seguido contra a equipe argentina do Newell´s Old Boys, que na época tinha Maradona como seu principal jogador. Porém a presença do craque argentino foi ofuscada por uma jovem promessa recém chegada a São Januário: Dener.

O jogador, que vinha emprestado pela Portuguesa de Desportos, fazia apenas suas segunda partida com a camisa cruzmaltina, mas já ganhava a admiração dos torcedores vascaínos. E não só destes, pois, neste dia, foi efusivamente aplaudido pela torcida adversária devido ao golaço que marcou, dando uma ginga de corpo no goleiro e por uma bela jogada de linha de fundo em que driblou três adversários e quase marcou um golaço (veja aqui).

Apesar dos dois empates (1×1 na primeira partida e 2×2 nesta segunda) o Vasco ficou com o troféu “Copa Diário La Capital”, pela condição de visitante.

Jornal dos Sports (27/01/1994)

 

Princípios

O campeonato estadual começou e o Vasco já disputou duas partidas, com o saldo de uma derrota e uma vitória. É normal, e até mesmo óbvio, uma equipe que está começando a temporada, não apresentar um bom futebol. No momento, o mais importante é o resultado, visando uma classificação para a próxima fase, e também a preparação pra principal competição neste primeiro semestre, que é a Taça Libertadores.

Porém o assunto mais tocado neste início de 2018, infelizmente não é o campo e bola, mas sim o eterno cenário eleitoral, que muitas vezes, acaba influenciando negativamente no desempenho da equipe.

Eu disse algumas vezes no programa “Casaca no Rádio” no final do ano passado, que mais importante que o resultado dentro de campo, seria aquele fora do campo. Que uma derrota nos gramados poderia ser compensada com uma vitória na rodada seguinte, mas que o resultado do pleito , este duraria 3 anos e poderia trazer boas ou más consequências pro processo de reconstrução do clube.

Na última sexta-feira, na sede náutica da Lagoa, foi eleito o novo presidente do clube pro próximo triênio. Não o presidente que nós desejávamos e que sabíamos que continuaria a reconstrução já citada e que dava nome a chapa. Depois de toda judicialização e injustiças cometidas, que culminaram com a eliminação absurda dos votos de sócios legítimos, chegamos a um cenário que apresentava duas opções: uma que tínhamos a certeza que traria aquele cenário caótico que assolou o clube entre julho de 2008 e dezembro de 2014.

Uma chapa onde quem colocava a cara como candidato ao cargo máximo era um completo desconhecido até 2014, alguém que não se rogou a desrespeitar os homens do Vasco e que servia apenas como fantoche de ex-jogadores e empresários ávidos por tomar o Vasco de assalto. Junto desse pessoal, até grande benemérito do Flamengo apareceu como patrocinador.

Do outro lado, uma chapa que tem nomes partícipes da gestão de Roberto Dinamite, que fizeram parte da pior administração da história do clube, mas que conta com pessoas que ao menos tem história no Vasco, que conhecem o clube. O voto na sexta-feira foi plebiscitário. Era votar contra ou a favor da chapa amarela. Na verdade, a melhor definição é que o que tivemos foi um voto de protesto. Protesto contra a influência externa promovida pela imprensa, contra o conluio jurídico midiático que insiste em querer se meter nas coisas do Vasco. Que manipulou informações, criou factóides e reverberou absurdos como a história do roubo de aparelhos do CAPPRES. Quem viveu o massacre midiático do início de 2001, sabe do que estou falando. Janeiro de 2018 foi o janeiro de 2001 com redes sociais.

Esse pessoal tem que entender: O Vasco é gerido de dentro pra fora, e não o contrário !

E foi esse o recado dado pelos conselheiros do clube.

Vejo pessoas reclamando que em 120 anos, essa é a primeira vez que um candidato eleito pela maioria, não toma posse. Isso aconteceu sim, quando os votos da urna 7 foram sumariamente anulados, tirando da chapa “Reconstruindo o Vasco” o direito a ter os seus 120 conselheiros eleitos.

Falam de golpe, mas se esquecem que a chapa amarela só conseguiu a quantidade de votos que obteve, porque no meio do pleito, de maneira atropelada, se uniu a chapa verde e a chapa branca. Não fosse isso, os votos da oposição se fragmentariam e eles brigariam apenas pelo 2º lugar. E ao invés de 120 conselheiros, teriam apenas os 30 da minoria.

Reclamam de traição, mas admitem que as chapas eram completamente antagônicas. Sendo antagônicas, era óbvio que rachariam. Até porque o único projeto de Vasco desse pessoal, é tirar o Eurico.

Pra sorte do Vasco, racharam antes de assumir o poder. Se acontece depois, o clube ficaria inviável, com uma eterna briga por espaço e cargos.

Dizem também que o processo indireto de escolha do presidente é injusto. Discordo frontalmente!

Quando o estatuto do Vasco determinou que fosse assim, já previam que num futuro próximo, o poder financeiro e midiático pudesse influenciar na escolha daquele que comandaria o clube. E fizeram isso sem saber que um dia existiriam mídias sociais, com seus fakes remunerados que manipulam e alienam a informação. Que transformam completos desconhecidos em salvadores da pátria. Que elevam a categoria de “messias” do Vasco um rapaz que, pasmem, não pagava nem suas mensalidades em dia!

Se não fossem os homens do Vasco, com 40, 50, 60 anos de história no clube, correríamos o risco de ter num futuro próximo, até mesmo alguém da família Marinho presidindo o Vasco ! Ou alguém duvida do poder de influência dessa gente?

Por fim, deixo uma mensagem aos torcedores e sócios do Vasco que sempre confiaram e acompanharam o CASACA! ao longo dos 18 anos de existência do grupo. Vocês devem imaginar que temos muito a falar sobre o início de Alexandre Campello como presidente do Vasco, as primeiras escolhas de vice-Presidentes, pronunciamentos noticiados na imprensa, etc.

Porém, o momento é de trégua, já que o time de futebol estreia na tão cobiçada Libertadores em menos de 10 dias e o clube precisa respirar um pouco de tranquilidade para avançar de fase.

Por enquanto, releiam os princípios do CASACA!. Nossos próximos passos estão ali.

Rodrigo Alonso

Basquete: Há 41 anos, Vasco quebrava jejum de 6 temporadas e conquistava o título estadual

No dia 22 de janeiro de 1977, a equipe de basquete do Vasco derrotava o Municipal por 83 a 78 e acabava com um jejum incômodo de 6 anos. O último título havia sido em 1969, e após 4 vice-campeonatos (1971/72/74/75), o cruzmaltino levantava o troféu de campeão estadual de 1976.

O grande nome do jogo foi Boleta, que marcou 26 pontos, dos 83 conquistados pelo Gigante da Colina.

“Depois de uma campanha das mais difíceis, e de uma partida final que empolgou o enorme público que compareceu ao Maracanãzinho, na grande festa de encerramento do Campeonato Estadual de Basquete, categoria principal, o Vasco viu premiados todos os seus esforços com a conquista do título da temporada.” (Jornal dos Sports – 23/01/1977)

Jornal do Brasil (23/01/1976)

A tentativa do treinador do Municipal, Waldir Bocardo, em anular a velocidade e o esquema tático do Vasco colocando Maguila em permanente vigília a Luisinho, permitiu que Boleta jogasse mais solto e se tornasse a peça principal da vitória do Vasco e da conquista do titulo de campeão carioca de basquete adulto de 1976, sexta-feira no Maracanãzinho.

Boleta foi o jogador mais regular nas três vitórias finais do Vasco. Contra o Flamengo ele fez 24 pontos dos 91, contra o Mackenzie 22 dos 74, e contra o Municipal, 26 dos 83. Esta regularidade foi vista pelo treinador da Seleção Brasileira, Ari Vidal, que o elogiou muito — junto com Luisinho e Sérgio Macarrão, este do Flamengo — e pode lhe dar uma oportunidade.

Esforço

Ao Municipal coube apenas o esforço desesperado de acompanhar o marcador de perto, na tentativa de ganhar a partida por mais de 11 pontos para ser o campeão. E conseguiu manter a esperança até o fim do primeiro tempo. perdendo por 48 a 39. Outra tentativa de Bocardo foi reagir à velocidade com a velocidade de Lello. Também não deu certo.

O Vasco, muito mais tranquilo e podendo perder até por quatro pontos, foi-se impondo, com Márveo desarmando quase todas jogadas de Zezé, e colocou 11 pontos de vantagem. O próprio Zezé reagiu — Sapatão não existiu tecnicamente – e à media distancia conseguiu empatar o jogo nas 12 minutos do segundo tempo, em 55 pontos. Mas logo Luisinho se soltou de Maguila e levou seu time a frente.

O treinador do Vasco, José Pereira, lançou Luis Brasilia e desordenou mais ainda a defensiva do Municipal, porque o jogador armava pelos dois lados da quadra e entrava no garrafão com muita velocidade, concluindo todas as jogadas em pontos. O Municipal se desesperou, e Marcão, que substituiu Fioravante, só olhou o jogo, sem participar dele. O Vasco venceu por 83 a 78.” (Jornal do Brasil – 23/01/1977)

Jornal dos Sports – 23/01/1977
Jornal dos Sports – 23/01/1977
Jornal dos Sports – 23/01/1977

No ano da conquista da Libertadores, Vasco estreava no Carioca com vitória sobre o Bangu

Há 20 anos o Vasco estreava no campeonato estadual com um vitória sobre o Bangu em São Januário, no dia da entrega das faixas do tri-campeonato brasileiro.

O autor do gol foi o “Pantera” Donizete, que fazia sua primeira partida oficial com a camisa cruzmaltina. O Gigante da Colina se sagraria campeão carioca exatamente contra o mesmo adversário, também com uma vitória por 1×0.

Neste mesmo ano, o Vasco também conquistaria a Taça Libertadores da América, o seu Bi-Campeonato Sul-Americano.

Que as coincidências e os títulos se repitam.

A Marca do Pantera

Donizete faz o gol da vitória sobre o Bangu em sua estréia no Vasco

Foi um domingo de campeão – mais pela festa da entrega das faixas de campeão brasileiro, é verdade, do que pelo futebol. Um domingo de encontros e reencontros, com direito a um intenso foguetório e samba-enredo (o Vasco, que comemora este ano seu primeiro centenário, será homenageado pela Escola de Samba Unidos da Tijuca).

Nas arquibancadas, sociais e no campo de São Januário – é isso mesmo, dentro do campo -, pouco mais de três mil torcedores ainda eufóricos reencontraram o campeão brasileiro, o time de Edmundo, que estreou na Itália (“jogou apenas três minutos”, lamentava a torcida, repetindo frase que as emissoras de rádio espalhavam).

Esses mesmos torcedores encontraram um novo ídolo, Donizete, autor do gol que deu a primeira vitória ao Vasco no primeiro jogo do ano do centenário, contra um apenas esforçado Bangu, em partida antecipada da segunda fase do Campeonato Estadual.

A torcida, embalada pela bateria da Unidos da Tijuca, comemorou muito o gol de Donizete, que concluiu boa jogada começada por Mauricinho e trabalhada por Pedrinho, coincidentemente os destaques do Vasco, ao lado de Luisinho (um chute forte, da entrada da área, no canto esquerdo do goleiro do Bangu, Alex, que jogou mais ontem do que em todo o tempo em que esteve no Fluminense, seu ex-clube).

O Vasco teve ainda mais duas ou três chances reais de fazer gol no primeiro tempo, todas circunscritas aos quinze primeiros minutos de jogo, quando o time todo corria, ganhava as divididas e conseguia chegar à linha de fundo. Começou bem o segundo tempo, parou e só foi ressurgir já no final, quando Sorato acertou a trave, numa cobrança de falta. Foi uma vitória mais do que merecida, mas…

Ficou claro que o ritmo do time andou atravessando. “Só deu para iniciar a preparação”, justificou-se o técnico Antônio Lopes, que não foi muito fundo na avaliação da falta que o contundido Juninho e o afastado Ramon fizeram à equipe.

A defesa, com o estreante Vítor, não teve muito trabalho e mostrou que está afinada. Destaque para Mauro Galvão, sempre sóbrio e absolutamente eficiente. É bem verdade que o Bangu pouco andou na área do Vasco no primeiro tempo, embora tenha arriscado alguma coisa na segunda fase, mas muito timidamente.

O meio-campo, sem três titulares (Nasa, Juninho e Ramon), foi muito mais luta do que criação. E aí apareceu Luisinho, responsável pela maior parte dos desarmes e pelos melhores lançamentos. Mauricinho, embora deslocado, procurou fechar os avanços do bom lateral Flavinho. Pedrinho esteve bem, especialmente nos chutes de fora da área: bateu duas faltas com muito perigo.

O ataque sentiu claramente falta de preparo físico – Luizão só falava no mormaço – e de entrosamento. Mas deu para antever alguma coisa. Donizete conseguiu criar algumas jogadas muito boas, em arrancadas e dribles largos. Luizão arriscou alguns dribles de quem sabe jogar. Mas, na hora de decidir, faltou a explosão. Valeu como aperitivo num ano em que o Vasco vai disputar todas as copas e campeonatos que existem por aqui. Quarta-feira tem mais, contra o Palmeiras, o adversário das finais do ano passado.

Fonte: Jornal do Brasil

Tribuna da Imprensa (18/01/1998)

FICHA TÉCNICA
18/01/1998 – VASCO 1 x 0 BANGU

Competição: Campeonato Carioca
Local: São Januário
Público: 3.307 pagantes
Árbitro: Jorge Travassos, auxiliado por Élsson Passos e Manuel do Couto Pires

Vasco: Carlos Germano (Márcio), Vítor, Odvan, Mauro Galvão e Felipe; Luisinho (Fabrício), Nélson, Pedrinho e Mauricinho; Donizete e Luizão (Sorato)
Técnico: Antônio Lopes

Bangu: Alex, Marcelo Cardoso, Paulo Campos, Naílton e Flavinho; André Biquinho, Humberto, Marcão e Edílson (Renatinho); Marcelo Cruz (Paulo Andrade) e Bianor (Wellington)
Técnico: Alfredo Sampaio

Gol: Donizete (1 min. do 1º tempo)

Cartões amarelos: Luisinho, Odvan e Nélson (Vasco); Paulo Campos, Naílton e Marcão (Bangu)