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A Criação da Flapress e o Impacto Negativo ao Vasco da Gama: Um Prejuízo que Vai Além das Quatro Linhas

A chamada Flapress não é apenas um termo cunhado por torcedores inconformados. É a manifestação de um fenômeno real, sustentado por interesses midiáticos que colocam o Flamengo em um pedestal, ao mesmo tempo em que rebaixam ou ridicularizam seus adversários históricos, principalmente o Club de Regatas Vasco da Gama. A parcialidade escancarada da imprensa esportiva brasileira, sobretudo da Rede Globo, ao longo das últimas décadas, é um ataque direto à isonomia do futebol nacional.

E ninguém enfrentou essa máquina com mais coragem e veemência do que Eurico Miranda. Presidente mais polêmico e combativo da história vascaína, Eurico travou uma verdadeira guerra contra a Rede Globo a partir dos anos 2000, denunciando publicamente a manipulação da narrativa esportiva, o favorecimento escancarado ao Flamengo e os prejuízos que isso causava ao Vasco dentro e fora de campo. Não se calou diante dos desmandos e não se rendeu ao poder financeiro e midiático da emissora, mesmo quando isso custou espaço, exposição e, em muitos momentos, visibilidade ao clube.

A briga com a Globo foi mais do que uma questão contratual, foi um embate político, institucional e simbólico. Eurico sabia que o Flamengo era utilizado como ferramenta de manipulação popular. Um clube com enorme massa torcedora, explorado como produto emocional para manter audiências, fidelizar públicos e, principalmente, controlar narrativas. O Flamengo se tornou, nas mãos da Rede Globo, uma verdadeira massa de manobra política e social, um “povo” uniformizado, conduzido por manchetes e transmissões que vendem heróis, escondem falhas e empurram uma ideia de hegemonia fabricada nos bastidores, não no campo.

Enquanto isso, o Vasco da Gama, clube de origem popular, pioneiro na luta contra o racismo no futebol, vencedor da Libertadores e protagonista de diversos momentos históricos, foi tratado com descaso. As conquistas vascaínas foram minimizadas; suas crises, ampliadas; seus méritos, ignorados. A Flapress, essa engrenagem midiática a serviço de um único clube, contribuiu diretamente para a deterioração da imagem do Vasco, afetando seu prestígio, sua relação com patrocinadores e até sua autoestima institucional.

Essa cobertura tendenciosa não é inocente. Trata-se de um projeto de poder. Quando a mídia deixa de informar para idolatrar, ela não apenas trai o jornalismo, ela manipula o esporte e reescreve sua história. O Vasco da Gama foi, e continua sendo, vítima dessa engrenagem. Sua torcida foi desrespeitada, sua história marginalizada, e sua luta silenciada.

Hoje, mais do que nunca, é necessário resgatar o legado de resistência de figuras como Eurico Miranda que nunca aceitou que o Vasco se ajoelhasse perante a narrativa imposta pela Rede Globo e seus aliados. A luta contra a Flapress é, portanto, uma luta por justiça, por equidade e pela soberania da verdadeira essência do futebol: a meritocracia dentro das quatro linhas.

Enquanto a imprensa seguir servindo a interesses escusos e tratando o Flamengo como uma ferramenta de manipulação emocional de massas, o futebol brasileiro continuará refém de uma farsa bem produzida, mas profundamente injusta. E o Vasco da Gama, assim como sua imensa e fiel torcida, seguirá resistindo.

Tiago Scaffo

Análise: Carille pode virar escudo político da gestão Pedrinho em momento de turbulência no Vasco.

Por Tiago Scaffo

Com a SAF sob o controle total do associativo, o Vasco da Gama entrou oficialmente em uma nova era. Sem a 777 Partners, toda a responsabilidade pelas decisões (esportivas, financeiras e institucionais) agora recai sobre a gestão comandada por Pedrinho. E, junto com o poder, vieram os ruídos.

As últimas semanas têm sido marcadas por declarações desencontradas, falta de clareza sobre o planejamento, contratações e cobranças crescentes por parte da torcida. Em campo, os resultados ainda não apareceram como esperado. E, nos bastidores, cresce a leitura de que Fábio Carille pode acabar sendo usado como escudo político para desviar o foco das críticas que, inevitavelmente, começam a atingir a cúpula vascaína.

Carille chegou com o selo de técnico vencedor, experiente, e com carta branca para implementar seu estilo. Foi uma escolha da gestão. Recebeu apoio institucional e teve autonomia. A expectativa, naturalmente, era de que fosse o nome da reconstrução em campo.

Mas com o time ainda oscilando em vários jogos, sem padrão claro e com dificuldades ofensivas evidentes, o ambiente começa a mudar. E a velha fórmula do futebol brasileiro de empurrar o peso da crise para o treinador, começa a se desenhar também em São Januário.

A diretoria já ensaia o discurso: “fizemos nossa parte”. Ofereceu estrutura, estabilidade e respaldo. Se o desempenho não apareceu, a culpa não é da gestão, mas da comissão técnica.

É uma estratégia conhecida. Funciona no curto prazo, pois redireciona a pressão para o vestiário e compra tempo institucional. Mas também é arriscada: em um cenário onde SAF e clube associativo são uma coisa só, não há mais desculpas. Não existe mais a 777 para dividir a responsabilidade. Agora, é tudo com o Vasco e seus gestores.

Se a diretoria decidir seguir por esse caminho e empurrar Carille ao centro da crise, pode até aliviar o calor momentaneamente. Mas a torcida não esquecerá quem está com a caneta na mão e com o poder de decisão centralizado.

Carille pode não ser a solução definitiva em campo. Mas também não pode ser o bode expiatório de um clube que ainda tenta se entender fora das quatro linhas.

Vasco trai São Januário, recua diante da pressão e ainda se apoia em acordo desmentido pela dupla Fla-Flu: diretoria expõe fragilidade e despreza torcida.

A decisão da diretoria do Vasco da Gama de manter o clássico contra o Flamengo no Maracanã, mesmo após obter liminar judicial que autorizava a realização do jogo em São Januário, escancarou de vez a fragilidade institucional, a incoerência estratégica e a incapacidade de sustentar o discurso de enfrentamento que vinha sendo propagado até então. Liderados por Carlos Amodeo, CEO da SAF, e por Pedrinho, presidente do clube associativo, os dirigentes vascaínos optaram por recuar num momento chave e, pior, fizeram isso tentando justificar sua escolha com argumentos questionáveis e agora, oficialmente, desmentidos.

Durante dias, a diretoria do Vasco alimentou um discurso firme: o clássico seria em São Januário. A torcida, mais uma vez, fez sua parte. Comprou a briga, mobilizou-se nas redes sociais e nas ruas, exigiu respeito ao seu direito de mando e, por fim, recorreu à Justiça. O resultado foi claro: uma liminar favorável, conquistada por torcedores, garantiu ao clube o direito de jogar em sua casa. A expectativa era de que o clube, enfim, afirmasse sua autonomia.

Mas, em um movimento surpreendente e contraditório, o Vasco optou por manter o jogo no Maracanã. Em seguida, anunciou a adesão a um suposto acordo com o Consórcio do Maracanã (administrado por Flamengo e Fluminense) como justificativa para essa escolha. A diretoria tentou vender essa adesão como conquista, alegando que agora o clube teria garantias para utilizar o estádio em “igualdade de condições”. No entanto, a narrativa desmoronou horas depois, quando o Fluminense, por meio de nota oficial, desmentiu qualquer acordo com o Vasco para que este integrasse a gestão do consórcio.

“A posição do Fluminense segue a mesma: o Vasco não faz parte do consórcio”, afirma a nota publicada pelo clube tricolor, deixando evidente que, mais uma vez, o Vasco construiu sua justificativa em cima de um castelo de areia.

Como se não bastasse, o Flamengo também emitiu comunicado oficial reforçando que não há qualquer novo acordo ou entendimento com o Vasco em relação à gestão ou utilização preferencial do Maracanã. A nota reiterou que o estádio segue sob administração exclusiva do atual consórcio e que qualquer solicitação de uso será tratada caso a caso, como sempre foi. Ou seja, a tentativa da diretoria vascaína de apresentar uma suposta conquista institucional ruiu também diante da negativa do outro integrante do consórcio, evidenciando que a promessa de “igualdade de condições” não passa de retórica vazia.

Não bastasse abandonar a luta por São Januário no momento em que poderia vencer, a diretoria ainda tentou legitimar sua decisão com base em um acordo que sequer existe de fato ou, se existe, não conta nem com a anuência dos principais membros do consórcio.

A incoerência é gritante. A postura é indefensável. Pedrinho, que vinha sendo visto como uma figura política alinhada à tradição vascaína e ao sentimento da arquibancada, compactua agora com uma manobra que esvazia a identidade do clube e despreza sua torcida. Já Carlos Amodeo reforça a imagem de um gestor tecnocrata, alheio ao peso simbólico e histórico de jogar em São Januário um clássico de tamanha importância.

Não se trata apenas de onde o jogo será disputado. Trata-se do que o Vasco quis representar e do que decidiu se tornar. Ao optar pelo Maracanã, mesmo com amparo judicial para jogar em casa, o clube se colocou ao lado de quem sempre lhe impôs barreiras. Ignorou a vontade popular, desprezou a história e, ainda por cima, tentou camuflar sua rendição sob a promessa de um benefício institucional que sequer se concretizou.

A decisão, além de expor o desprezo pelo torcedor, alimenta uma narrativa de submissão aos interesses de Flamengo, Fluminense, da CBF, do BEPE e da imprensa esportiva que sempre tratou o Vasco como corpo estranho ao sistema. O que era para ser um ato de afirmação virou um gesto de capitulação.

O Vasco perdeu uma chance única de mostrar força, de ocupar seu espaço, de dizer: “aqui é nossa casa”. Em vez disso, preferiu agradar ao sistema e ainda tentou mascarar a escolha com promessas vazias. O clássico será no Maracanã, sim. Mas o que realmente estará em campo será a frustração de uma torcida traída e a certeza de que, quando teve a oportunidade de agir com grandeza, a diretoria vascaína preferiu se esconder atrás de um acordo que, segundo Flamengo e Fluminense, nem existe.

Tiago Scaffo

Quando a vontade do Torcedor esbarra na Omissão da Diretoria

Em um episódio que (se confirmado) escancara o abismo entre a vontade da torcida e as decisões da cúpula administrativa, o Vasco da Gama parece ter optado por manter a partida contra o Flamengo, marcada para o dia 19 de abril, no Maracanã mesmo após obter, por meio de uma liminar judicial, o direito de realizar o confronto em São Januário, seu estádio histórico e legítimo mando de campo.

A decisão da juíza Regina Lúcia Chuqer de Almeida Costa de Castro Lima, em resposta a uma ação popular movida por dois torcedores vascaínos, Pedro de Menezes Reis e Marcus Vinicius Reis, autorizava de forma clara e objetiva a realização do clássico em São Januário. A liminar não só suspendia os efeitos da decisão do BEPE, como também permitia a presença da torcida cruzmaltina e, sob avaliação técnica fundamentada, até mesmo da torcida adversária. Trata-se de uma vitória simbólica e concreta, conquistada por vascaínos comuns em defesa de sua identidade e patrimônio esportivo.

No entanto, surpreendentemente (ou talvez nem tanto), a diretoria do Vasco (até aqui) preferiu ignorar esse triunfo popular e manteve o jogo no Maracanã, estádio administrado pelo Flamengo em consórcio com o Fluminense. Na prática, ao seguir com o clássico no Maraca, o clube se alinha às negativas do BEPE e da CBF, recusando-se a exercer o direito que lhe foi restituído pela Justiça. A pergunta que se impõe é: por quê?

O torcedor vascaíno que viu sua luta ser reconhecida nos tribunais tem todo o direito de se sentir traído. A escolha da diretoria simbolizaria não apenas uma renúncia ao mando de campo, mas também uma capitulação institucional diante de forças externas que, historicamente, limitam a autonomia do Vasco. A diretoria, que deveria ser a principal defensora do clube e de sua torcida seria omissa, cedendo espaço e narrativa ao rival e às autoridades que inicialmente vetaram o estádio cruzmaltino.

São Januário, além de representar o território vascaíno, é um símbolo de resistência, inclusão e história. Quando o clube opta por não jogar lá, mesmo podendo, reforça a ideia de que suas decisões estratégicas não são guiadas pelo interesse do torcedor, mas por conveniências políticas, pressões externas ou acordos obscuros que desconsideram a paixão de quem sustenta o clube diariamente.

É preciso reconhecer e exaltar a coragem dos torcedores que buscaram a Justiça e conquistaram o direito de ver seu time jogar em casa. São esses atos que mantêm viva a alma de um clube que nasceu da luta e da insubordinação. Já à diretoria, resta a reflexão: até quando o Vasco será refém das vontades alheias, mesmo quando a lei está ao seu lado?

O Vasco precisa resgatar sua alma histórica de clube que não se curva. Mas isso só será possível quando sua diretoria ouvir a voz da torcida, que como exemplo, nesse episódio lutou e venceu na Justiça pelo direito de jogar em São Januário. Ao ignorar essa conquista, a diretoria não apenas se omite mas trai a confiança de quem moveu a ação, enfrentou o sistema e defendeu o clube quando ele mais precisava. O torcedor vascaíno, mais uma vez é deixado (ao que parece) de lado por quem deveria representá-lo.

Tiago Scaffo.

Tem que poupar é o CARILLE!

O torcedor vascaíno, que carrega esse clube no peito mesmo em seus piores dias, merece mais. Não dá para aceitar um técnico que prega cautela em meio ao caos. Que fala em “controle de carga” após três semanas inteiras de treinos, sem jogos, e decide deixar os melhores no banco como se o Vasco pudesse se dar ao luxo de jogar pontos fora no Brasileirão.

A partida contra o Corinthians foi a materialização da covardia. Um time sem identidade, sem garra e sem comando. E ainda com a cereja podre no bolo: uma entrevista pós-jogo onde Carille diz que “a decisão é minha, mas tenho que respeitar todos”. Respeitar quem, exatamente? O torcedor? O clube? A tradição? Não parece.

Se é para poupar, que se poupe a torcida desse tipo de futebol covarde. Que se poupe o Vasco da omissão de sua diretoria e da incompetência de quem deveria liderar. Está mais do que na hora de parar de aceitar o “menos pior” e exigir o mínimo de dignidade.

O Vasco não é spa para recuperação de técnico sem pulso. Que se poupe, sim… mas que se poupe o Vasco do Carille e do vexame de continuar arrastando esse time ladeira abaixo.

Fabricio Amaral

“De Eurico a Pedrinho: O Vasco que Enfrentava e o Vasco que se Cala.”

O Vasco vive hoje, em 2025, um momento que escancara a diferença entre liderar com firmeza e aceitar passivamente imposições externas. A recente decisão do BEPE de vetar a realização do clássico contra o Flamengo em São Januário, marcada para o dia 19 de abril, expõe não apenas a já conhecida perseguição ao estádio do Vasco, mas também a fragilidade da atual presidência diante de questões cruciais para o clube.

Pedrinho, presidente do Vasco, simplesmente acatou a negativa do BEPE. Não houve contestação pública. Não houve enfrentamento político. Nenhuma coletiva, nenhuma nota forte, nenhum esforço visível para reverter uma decisão que, mais uma vez, retira do Vasco o direito de jogar em sua casa — um estádio com condições estruturais aprovadas, tradição reconhecida e importância histórica indiscutível.

Essa postura contrasta fortemente com o que vimos em 16 de julho de 2017. Naquela data, Eurico Miranda, então presidente do clube, enfrentou de frente o Comandante do GEPE. Não se calou, não recuou, e apontou com clareza o absurdo de se responsabilizar o clube por uma falha de segurança pública. Para Eurico, o Vasco era inegociável — e ele não aceitava ver o clube tratado como culpado por problemas que competem ao Estado.

Hoje, o que vemos é o oposto: um presidente calado, omisso e distante diante de um ataque direto ao direito do Vasco de exercer seu mando de campo. A diferença entre as duas posturas é gritante. Eurico, com todas as suas polêmicas, tinha coragem. Pedrinho, com toda sua imagem simpática, demonstrou fraqueza.

Não se trata apenas de um jogo. Trata-se de defender a dignidade de São Januário, a autonomia do clube e o respeito ao torcedor. Aceitar esse veto sem brigar é dar um passo para trás. É permitir que decisões unilaterais se tornem regra. É abrir precedente para que o Vasco seja tratado como clube de segunda classe em sua própria casa.

O torcedor vascaíno exige — e merece — um presidente que lute pelo clube com a mesma intensidade com que canta nas arquibancadas. Em 2017, Eurico Miranda enfrentou o sistema. Em 2025, Pedrinho se calou. E a história há de registrar essa diferença.

Tiago Scaffo.

A Contribuição do Club de Regatas Vasco da Gama para a Inclusão Social no Futebol Brasileiro a partir de 1923

No contexto da sociedade brasileira do início do século XX, marcada por estruturas socioeconômicas excludentes e pelo racismo institucionalizado, o futebol refletia as desigualdades vigentes, sendo um espaço predominantemente elitista e reservado às camadas sociais mais abastadas. No entanto, em 1923, o Club de Regatas Vasco da Gama protagonizou um episódio de ruptura com esse paradigma, ao conquistar o Campeonato Carioca com uma equipe composta majoritariamente por atletas negros, mulatos e oriundos das classes trabalhadoras. Tal feito transcendeu o aspecto esportivo, gerando um impacto social significativo e consolidando o clube como agente de transformação no cenário esportivo nacional.

A repercussão da vitória vascaína gerou resistência por parte de clubes tradicionalmente ligados às elites cariocas, os quais buscaram impor restrições à participação de jogadores considerados “inadequados” em virtude de sua origem social ou racial. Diante dessa tentativa de exclusão, o Vasco posicionou-se de maneira firme por meio da célebre “Resposta Histórica”, um documento no qual rejeitava as imposições discriminatórias da liga esportiva e defendia os princípios da meritocracia e da igualdade de oportunidades. Tal posicionamento representou um marco na luta contra o preconceito no esporte brasileiro.

O resultado desse embate foi a gradual abertura do futebol aos setores populares, promovendo a inclusão de atletas antes marginalizados pelo sistema. O clube tornou-se, assim, um símbolo de resistência e de democratização do esporte, contribuindo para a consolidação do futebol como fenômeno cultural de massa no Brasil. Além disso, a atitude do Vasco da Gama serviu de referência para futuras mobilizações antirracistas no ambiente esportivo, evidenciando o potencial do futebol como instrumento de transformação social.

Dessa forma, a atuação do Club de Regatas Vasco da Gama em 1923 configura-se como um episódio emblemático na história do esporte brasileiro, cujas consequências extrapolaram o campo futebolístico e influenciaram positivamente o processo de inclusão social e racial no país. Seu legado permanece como referência ética e política, reafirmando a importância do esporte na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Tiago Scaffo

Fotogaleria do aniversário de 25 anos do CASACA

Na noite do dia 26/03, o CASACA promoveu a confraternização do seu aniversário de 25 anos no restaurante Na Brasa Columbia. Mais de 150 convidados lotaram o espaço, acompanharam os discursos em defesa do Vasco e participaram do sorteio de brindes. Entre associados e torcedores do Vasco, registramos a presença de Beneméritos e Grandes Beneméritos do clube, membros de outros grupos políticos e componentes de várias torcidas organizadas.

Confira a galeria de imagens do fotógrafo Gilson Almeida dos Santos, com exceção das últimas 3 imagens.

CASACA completa 25 anos e inicia série de vídeos sobre sua história

CASACA 25 ANOS

Você provavelmente conhece o CASACA como um grupo político do Vasco, porém nossa caminhada começou como um grupo de comunicação.

Neste exato dia, há 25 anos, vascaínos de arquibancada se organizavam pela internet e lançavam o site C@SACA!

O ano era 2000 e excelentes atletas representavam o Vasco, alguns dos melhores da nossa história, tanto no futebol, como em outras modalidades esportivas. Porém, a Fla-Press deixava transparecer uma enorme má vontade na cobertura do Gigante, um problema sistemático, como mostra o vídeo.

O descontentamento com a atuação da “grande mídia” foi a motivação para a criação de um espaço virtual segmentado, 100% vascaíno.

O objetivo inicial do site C@SACA! era publicar crônicas diárias do ponto de vista vascaíno, em contraponto ao olhar flamenguista dos grandes veículos de imprensa.

Sabíamos que nossos textos na internet jamais teriam o mesmo alcance de uma coluna do rubro-negro Renato Maurício Prado no jornal O Globo. Porém, o jornalismo alternativo do C@SACA! gerou uma comunidade de cronistas e outros vascaínos dispostos a ler, pensar e opinar.

Além disso, o C@SACA! mostrou que é pé quente. O Vasco fechou a temporada de 2000 com dois títulos memoráveis: a virada do século na Copa Mercosul e o tetra do Campeonato Brasileiro.

Este foi o primeiro episódio da série CASACA 25 ANOS. Acompanhe os próximos vídeos.

#CASACA25anos #vascodagama #vasco #crvg

Raio-X do “grande” elenco do Vasco

Ao término da participação no Campeonato Carioca, podemos fazer uma análise da situação do elenco profissional. A análise será sobre a situação atual do elenco baseado em dados estatísticos e comparações com outras equipes, sem entrar muito no mérito da qualidade dos jogadores.

Foram, até agora, um total de 15 jogos oficiais e 1.350 minutos jogados na temporada 2025, 2 jogos pela Copa do Brasil e 13 pelo Campeonato Estadual.
O elenco do Vasco neste momento da temporada possui 38 jogadores, uma média de idade de 26,9 anos, divididos em:
Os seguintes 9 jogadores também já foram usados em partidas oficiais, continuam no clube e foram reintegrados a equipe Sub 20:

No total, somente nesses 15 primeiros jogos da temporada foram usados 40 jogadores diferentes. Zé Gabriel já saiu, mas também foi utilizado.

O primeiro aspecto que se percebe é que o Vasco possui alta quantidade de jogadores e bastante rotação entre eles, retirando o goleiro Allan Vítor e o zagueiro Capasso, todos tiveram alguma participação. Obviamente, os lesionados, no caso o meia Estrella, e os pontas Adson e David, além do goleiro Alexander, que estava emprestado ao Bangu no Estadual, ainda não tiveram a possibilidade de atuar pelo Vasco esse ano. Mas essa quantidade alta de jogadores preocupa.

Atualmente, mesmo com calendários cheios, existe uma tendência mundial em se trabalhar com elencos reduzidos, com cerca de 25 jogadores.

Os profissionais de comissões técnicas afirmam que, com um elenco mais enxuto, conseguem fazer trabalhos mais individualizados e dar mais coesão e entendimento de jogo aos jogadores, auxiliando a sincronia, adaptação e assimilação tática. Por esse motivo, os clubes têm priorizado a contratação de jogadores que realizam múltiplas funções em campo e podem jogar em mais de uma posição.

Além do aspecto técnico, o aspecto financeiro também pesa, quanto mais reduzido o elenco menos gastos em folha salarial ou gastos distribuídos em menos jogadores, com maior assertividade.

Isso fica claro quando comparamos o elenco do Vasco com equipes de sucesso ou consideradas de boa gestão aqui no Brasil ou do exterior:

Times em momentos bem avançados na temporada possuem uso de quantidade significativamente menor de jogadores que o Vasco em início de temporada, ressalta-se ainda que haverá uma janela de transferência de meio de temporada pela frente, que gera um uso de novos jogadores que chegam. Mesmo comparando com times em início de temporada no Brasil como Palmeiras e Fortaleza, fica claro o tamanho do elenco excessivo.

Para um clube que passa por um momento com pouco poder financeiro como o Vasco, inchar o elenco com jogadores, além de prejudicar a preparação dos próprios, acaba inflando a folha salarial que precisa ser reduzida.

Outro aspecto que destoa de uma possível recuperação financeira são as poucas opções de jogadores jovens e formados na base no elenco principal, somente 3 (7,9%) de jogadores sub 20, onde o mercado oferece os maiores valores.

O Brasil ainda é um mercado exportador de jogadores, e hoje a venda desses ativos é essencial nos orçamentos e importantes para manter o fluxo de caixa. Mas sem a presença de jovens da base sendo trabalhados, aproveitados, valorizados e expostos ao mercado, as possibilidades de boas vendas desaparecem.

Vamos a uma análise rápida por posição:

Analisando o tamanho do elenco fica claro que a quantidade de jogadores é excessiva nas posições de goleiros, zagueiro direito, meia central, meia ofensivo, ponta direita e ponta esquerda. E deveria ser reduzida a quantidade de atletas nessas funções, aliviando a folha salarial e facilitando o trabalho de preparação.

Já para a posição de zagueiro esquerdo temos apenas um jogador natural, necessitando de reforços.

E as posições de lateral direito, lateral esquerdo, meia defensivo e centroavante possuem uma quantidade adequada de jogadores.

É importante lembrar que essa avaliação não leva em consideração a qualidade dos jogadores em questão, mas sim o tamanho do plantel e sua distribuição irregular.

Análise feita por Leonardo David em 20/03/2025.