O Vasco jogou na última quinta-feira contra a melhor equipe da competição e por pouco não venceu com 10 jogadores em campo.
Nas últimas 12 rodadas, desde o início da reação vascaína na competição, o que se viu porém foi o Vasco ser posto para baixo de todas as formas possíveis.
Achei curiosíssimo o presidente do Figueirense vir a público criticar a ação do nosso clube em questionar a escandalosa arbitragem contra a Ponte Preta na última quarta-feira e a favor do time catarinense.
A fala do presidente catarinense coincide com a declaração do representante maior da Chapecoense após o jogo contra o Vasco há pouco mais de um mês.
Tudo parece mesmo ensaiado diante da imoral ajuda dada aos catarinenses no Campeonato Brasileiro de 2015.
O próprio Figueirense, que esteve longe de ser um dos mais ajudados na competição até antes da rodada passada, foi operado contra o Avaí no Orlando Scarpelli, em jogo no qual o seu rival venceu por 1 x 0, em função da arbitragem. Aliás uma sequência também muito curiosa do time avaiano nas 10 primeiras rodadas do returno. Ajudado pelo apito em cinco delas e, claro, contra o Vasco na referida sequência.
No turno a equipe azul e branca já havia sido favorecida pela arbitragem, mas mesmo assim o Vasco conseguiu vencer em São Januário.
A parte hipócrita da imprensa permanece fingindo que os prejuízos ao Vasco não estão acontecendo e não fazem a diferença na tabela.
A última matéria que tratou do tema há 11 dias tentou criar uma igualdade de erros contra e a favor do Vasco na competição. Como apenas a equipe cruzmaltina teve três pênaltis contra si mal marcados, a tática foi fingir que o primeiro da partida contra o Goiás no returno (aquela na qual o bandeira Alex Ang Ribeiro definiu a favor da equipe da casa em menos de 20 minutos) fora bem assinalado.
De três pênaltis mal marcados contra o Vasco passa-se a dois e é questionado um pênalti marcado a favor da equipe cruzmatina no jogo do turno contra a Ponte Preta, embora o infrator não tenha esboçado reclamação no lance (certamente em nome do fair play), segundo narrador e comentarista do jogo pontuaram no lance (mantendo ambos uma dúvida sobre a existência da penalidade). Pronto: tudo equilibrado.
E assim segue o barco.
São 35 rodadas e nenhum ponto ganho pelo Vasco por conta da arbitragem. Nenhum. Doze contra. Doze!
Pergunte ao presidente do Figueirense quais doze pontos seu clube reclama da arbitragem para podermos balanceá-los com os benefícios. Está feito o desafio. Lances capitais que determinaram o ganho e as perdas de pontos da equipe na competição.
Repetindo: a arbitragem do jogo Ponte Preta x Figueirense foi um escândalo a favor da equipe visitante.
Agora vamos ao jogo Vasco x Corínthians da última quinta-feira.
A arbitragem não errou um lance de lateral sequer a favor do Vasco; ignorou entrada dura de um atleta corintiano em Riascos, por cima da bola; não viu cotovelada de outro jogador da equipe visitante em Rodrigo na área do Vasco; aplicou cartão amarelo em Rodrigo após lance no qual cabia a reclamação do zagueiro pela não aplicação do mesmo cartão ao atleta corintiano; na segunda etapa ignorou um escanteio a favor do Vasco dando tiro de meta. Nenhum erro capital, mas interpretações notoriamente benéficas ao time paulista.
Este modelo de arbitragem “na dúvida contra o Vasco”, percorre o século XXI, desde 2001, de forma mais escancarada (com a exceção de raros anos neste período). A torcida do Vasco protestou em 2003, 2004, 2008 e 2012 (em 2011 fomos nós e o presidente do Conselho de Beneméritos, de forma clara e evidente), mas hoje ela própria parece conformada.
Atlético-MG e Fluminense, duas vezes cada um, passaram por situações parecidas com a do Vasco nos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011, ou seja, fizeram um péssimo primeiro turno (15, 16 pontos) e em três oportunidades nem precisaram dos pontos da última rodada da competição para se livrarem do rebaixamento. Ressalte-se que no turno deste ano o Vasco foi tungado em três pontos por obra e arte das arbitragens.
A força de um clube grande garante a recuperação com alguns acertos e reavaliações para a hora da virada. Mas nem Atlético, muito menos o Fluminense foram garfados como o Vasco está sendo em 2015, pois se fossem teriam caído nas quatro oportunidades. E outros clubes grandes também, em outros anos, como Botafogo e Flamengo em 2004, por exemplo.
A atuação da arbitragem contra o Vasco é absolutamente indecente no ano de 2015 e as coincidências, sobrepostas umas às outras, são a ratificação disso.
O time luta por mais três vitórias para escapar da queda e mostrou futebol no returno para isso, desde a quinta rodada, com as entradas de Julio Cesar e Bruno Gallo na equipe. De lá para cá foram 12 jogos e apenas uma derrota. Oito pontos tirados do Vasco pela arbitragem, que impediram quatro vitórias a mais na tabela (contando, repetindo, só o período da reação). Tirem 12 pontos de Flamengo e Fluminense e vejam qual seria a situação deles na tabela.
E a imprensa, em sua maioria, é culpada por se omitir, não investigar, dar de ombros, não comentar com a ênfase necessária, fingir haver um equilíbrio entre erros e acertos, esconder os fatos, ignorar os escândalos.
Há 10 anos tivemos um vergonhoso Campeonato Brasileiro, maculado com a anulação de vários jogos.
Que se investigue na competição atual o porquê de um clube específico ter tido tantos prejuízos simultâneos, no momento em que reagia, enquanto reações de catarinenses se deram por diversas vezes com a ajuda da arbitragem em lances capitais.
Para os que já haviam jogado a toalha antes da partida contra a Ponte Preta no returno, para os que torcem contra, os que desistiram depois da derrota contra o Fluminense, ou agora, e à nação arco íris, devidamente posta de quatro neste ano (não houve o tapa de mão aberta {cinco de novo} em função da arbitragem na partida de volta da Copa do Brasil) podem continuar com suas teses e choros (vocês sim choram – e os rubro-negros com motivo). A situação atual do Vasco, contabilizando erros e acertos seus, é fruto único, exclusivo e evidente das arbitragens contrárias ao clube em todo o decorrer da competição.
Querem discutir planejamento, troca de técnico, contratações? Ok. Mas com o Vasco somando 46 pontos. E isso porque damos uma colher de chá, sem incluir outro escândalo ocorrido a favor do Goiás no returno (não para o Globoesporte.com, claro), considerando o placar dilatado na ocasião para a equipe goiana.
Sigamos em frente.
Sérgio Frias