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Incisividade

Nada mais sólido para o futuro de uma instituição que atitudes fortes e coerentes de quem a gere.

Não foi a primeira nem a centésima vez que vi Eurico Miranda enfrentar o problema e se impor diante dele.

Muitos falam do estilo. Grosseiro? Por que não dizer reto, sem curvas?

O que cabia dizer diante da forma como soou a fala do atleta Dagoberto no último domingo? Dá para ser afável e declarar que respeitamos todas as opiniões, pois somos democratas e estamos buscando no dia a dia uma forma para que mais do que nunca consigamos desenvolver o respeito, que voltou, com responsabilidade, que é de cada um, pois no Vasco todos têm espaço para se manifestar e dizer aquilo que pensam, pois pensar é um dom, um direito, e a palavra do presidente é de apoio às manifestações antes de tudo e que acreditamos no time, mas principalmente nas pessoas, que são seres humanos e merecem todo o nosso respeito, ainda mais agora que este voltou?

É confortável comandar? Depende do comprometimento de quem manda, da disposição, da coragem.

Muito mais fácil seria não se envolver com o problema, passar ao largo e ver que bicho vai dar lá na frente. Mas e as consequências?

Eurico Miranda sabe perfeitamente que não será a imprensa voluntariamente quem irá incensar o Campeão Carioca de 2015, apesar de ter vencido quatro clássicos oficias em sete no ano (perdido apenas um), mesmo estando há dez jogos invicto, classificado para a terceira fase da Copa do Brasil, sem levar gols no Brasileiro até aqui, tendo sofrido apenas três gols em partidas nas quais a zaga titular atuou junta, com seu técnico hiper valorizado, em vantagem por manter o elenco vitorioso em dia quanto aos salários, possuindo um estádio próprio para mandar seus jogos, sem ter perdido qualquer atleta campeão, já tendo trazido quatro novos reforços e podendo em breve contar com outros que hão de vir, caso se adequem à realidade financeira do clube.

No último fim de semana evidenciou-se que o mico dos cariocas no Campeonato Brasileiro, ao final da segunda rodada, era vermelho e preto. Perdeu o vice eterno para o misto do São Paulo na estreia e empatou com o Campeão Brasileiro de 1987, sem fair-play e ainda contando com um atleta de linha no gol adversário para… empatar! Soa ridículo. E é.

O Vasco fez um ótimo primeiro tempo em Santa Catarina e perdeu várias chances de gol, o arqueiro do Figueirense foi considerado o melhor da posição na rodada e o segundo tempo cruzmaltino deixou a desejar, principalmente em função da má performance dos atletas que substituíram os titulares. O time da casa, ainda invicto em seus domínios durante o ano, foi para cima e faltou ao Vasco o contra-ataque, faltou velocidade, faltou impetuosidade. E o placar terminou em branco.

“Ah! Mas temos problemas!”. Óbvio que temos. Poucos clubes no Brasil vivem uma realidade diferente e alguns deles compensam isso atrasando salários, descumprindo acordos e jogando os problemas para debaixo do tapete. Diferentemente do Vasco.

Não tenham dúvidas ser de conhecimento da imprensa em geral que o Vasco com duas peças no time titular e mais outras duas de reposição em posições carentes pode perfeitamente brigar de igual para igual com todos, mas torce para que a massa desande logo com uma derrota (quem sabe hoje ainda) para queimar o elenco com a ajuda dos anti-Vasco, fantasiados com nossa camisa apenas para falar mal de tudo e torcer contra o clube, justificada tal atitude por ódio, despeito ou inveja de seu totem, Eurico Miranda.

A fala do presidente vascaíno foi não só precisa como no momento certo e no tom adequado, mas se vão interpretá-la maldosamente, como já fizeram antes, faz parte de um circo armado pela mídia de picadeiro.

O leitor faria ou falaria diferente no lugar de Eurico? Talvez. Mas qual impacto causaria?

Certa vez no programa Casaca! no Rádio, ainda em 2008, quando o Vasco corria o risco de cair e Eurico soubera que Roberto Dinamite punha a permanência do clube e o futuro dele nas mãos do destino, disse, ao comentar a pérola: “Quem faz meu destino sou eu”.

Os que entenderem a frase e o alcance dela quando o assunto é Vasco, poderão perceber até onde Eurico vai, em nome do clube. Agora, convenhamos, pouco importa se o discurso é bonito. Precisa mesmo é ser eficaz. E foi. A permanência de Doriva no clube, após aliciamento do Grêmio, apenas comprovou isso.

Sérgio Frias

Cariocão

O que se viu ontem na cidade do Rio de Janeiro, em vários cantos, foi um movimento intenso de torcedores, a imensa maioria deles vascaínos, em busca de ingressos para a grande decisão do futebol carioca dos últimos tempos.

Vasco e Botafogo são os mais eficientes nos números até aqui. Um é o melhor time dos play-offs e outro foi o mais competente na Taça Guanabara.

Não há entre as duas equipes uma diferença gritante, embora o Vasco no papel tenha um time melhor, mas o equilíbrio dos dois confrontos disputados neste ano corrobora este raciocínio.

Durante sua risível participação no certame a dupla Fla/Flu tentou de tudo para esculhambar o estadual, mas acabaram castigados com derrotas diante dos dois rivais e lhes sobrou ver a decisão do maior Campeonato Carioca da década pela TV.

Curiosa também foi a postura de alguns setores da mídia desde o início do ano.

A frase “O Respeito voltou” foi entoada em cântico ainda no desfigurado ginásio de São Januário, após a contagem dos votos que dariam ao Vasco nova vida e à chapa de Eurico Miranda uma vitória consagradora. Há 5 meses!

Nenhum veículo de comunicação se incomodou com isso, pois tinham no dizer bravata. Não acreditavam no soerguimento do Vasco em tão pouco tempo. Unidos aos que torcem contra Eurico Miranda e depois pensam em Vasco esperaram o fracasso esportivo para ridicularizar o quanto pudessem a expressão da verdade que teimavam em não enxergar.

Quando Eurico Miranda simplificou tudo e ainda pontuou sua fala, após a justa e legalíssima vitória contra o chorão rubro-negro, foi para os incomodados uma bofetada na cara, um chute no estômago, mas não por haver qualquer agressão contida no dizer e sim porque a ratificação do antes dito, ainda em 2014, era totalmente desprezada pelos sabichões, míopes ou convenientemente céticos.

E Eurico Miranda teve para si as luzes necessárias com o fim de fazer deste estadual um sucesso retumbante. Os holofotes em torno do presidente vascaíno e suas ações em defesa do futebol carioca, voltado para o bem do futebol carioca, tornaram o estadual hoje um sucesso de assistência e audiência.

Eurico Miranda enterrou o “carioquinha” e ressuscitou o Cariocão. São os fatos. Ponto.

Rumo ao título de Campeão Carioca 2015 ou, se preferirem, Cariocão 2015!

Sérgio Frias

Escritas

Domingo passado o Vasco quebrou um tabu dos mais incômodos diante do principal rival, pois em disputas de vaga, taça ou campeonato o clube só havia vencido o rubro-negro uma única vez com o adversário precisando apenas do empate numa decisão improrrogável. Isto ocorreu em 1953, quando com uma vitória por 5 x 2 no Maracanã, de virada, o Expresso da Vitória, contando com atuações destacadas de Sabará, Ademir e Chico, obteve o título do Quadrangular Internacional do Rio de Janeiro, que contou também com a presença dos argentinos Boca Juniors e Racing.

A partir deste fim de semana o time dirigido por Doriva buscará um fato inédito, pois jamais fomos campeões cariocas num embate direto, decisivo para ambos, contra o Botafogo. Se em 1990 o título alvinegro veio no tapetão, com ajuda descarada da imprensa para que a decisão nos fosse desfavorável fora de campo, em 1948, 68 e 97 o clube da estrela solitária derrotou nas quatro linhas o seu maior algoz em clássicos.

Para se quebrar a primeira escrita foi necessário que a coletividade vascaína se conscientizasse ser a vitória possível, a partir do enfrentamento, agora, entretanto, faz-se mister evitar um relaxamento qualquer, pois o Botafogo leva a vantagem de dois empates e obteve a igualdade no confronto direto conosco válido pela Taça Guanabara (1 x 1).

Aos mais jovens cabe lembrar que o título carioca de 2015 tem exatamente o mesmo valor, numericamente falando, de qualquer outro conquistado pelo clube, e se obtido deve ser valorizado tanto quanto se fez diante da perda de qualquer um ao longo do tempo, pois o discurso dos adversários em nossas conquistas tenderá a desvalorização, como ocorreu, por exemplo, em 1998 e 2003. Já a fala do vascaíno, obviamente, deve seguir o caminho oposto.

O Vasco parte portanto para reconquistar um título que não vê desde 2003 e este lapso de tempo sem a obtenção de um Campeonato Carioca coincide com o período máximo de jejum de Flamengo (1927 – 1939) e Fluminense (1924 {AMEA} – 1936) e do próprio Vasco (1958 – 1970) na história da competição.

Que o torcedor não se engane: os inimigos do Vasco aguardam ansiosamente um tropeço nosso e a perda do campeonato para destilar seus venenos contra o clube e por mais que disfarcem babarão de ódio por nossa conquista, caso ocorra, como todos torcemos.

Olho na decisão, concentração total, torcida presente e motivada. Muita garra em campo e harmonia nos cantos, nos coros e na bola. Vasco Campeão causará muita dor de cotovelo nos adversários, pois se o respeito voltou, o incômodo alheio idem.

Sérgio Frias

À torcida

Quantos fatores decidem uma partida de futebol, da amplitude de um Vasco x Flamengo?

Inicialmente temos um desequilíbrio de mídia, favorável ao mais queridinho deles.

Aí, nos bastidores começa a pressão. O juiz que apitou já errou contra um lado, contra o outro? A favor de um ou de outro?

Vem então o mistério das escalações. Fulano sentiu, beltrano tem chance de jogar. Qual o esquema mais eficaz? Este jogador é veloz, aquele é mais hábil, o outro distribui melhor o jogo. Quem escalar? Quem fica no banco?

Enquanto isso os torcedores se motivam mais (ou menos) para a aquisição de ingressos. Tensos por dentro, galhofeiros por fora, muitos quietos, outros falastrões.

No estádio, entretanto, após todos terem cumprido sua parte, o time e a torcida são os verdadeiros artistas do espetáculo.

Há semanas disse aqui que já vi a torcida do Vasco ganhar jogos e virar jogos por diversas vezes, mas necessitava esta do chamado comando de arquibancada para engolir a eterna mentira Flamengo, normalmente inibida quando percebe outra torcida pronta a enfrentá-la no gogó, como ocorreu novamente neste domingo, sete dias depois de ter sido devorada na voz por um grupo bem menor de vascaínos se comparado à audiência dos vices eternos naquela ocasião.

Houve, felizmente, a mais inteligente união pontual de torcidas vista na recente história do Vasco. Com a Força Jovem – indubitavelmente a maior organizada do Vasco – impedida de comparecer, proibida que está, várias outras se entrelaçaram para reger uma orquestra de vozes na arquibancada, desde o penúltimo jogo, e o ritmo da bateria, dos bumbos, pôde marcar o ritmo de confronto e festa, conforme a ocasião mandasse.

A torcida cruzmaltina comprovou a todos que pode fazer a diferença, que pode fazer os atletas acreditarem, quando ela se propõe a acreditar, independentemente de qualquer situação vivida pelo time no jogo, mesmo quando um gol aparentemente marcado não é confirmado pela arbitragem, como ocorreu hoje, mesmo quando um chute na cara de um atleta não enseja expulsão do infrator.

Não há vascaíno que tenha deixado o Maracanã neste domingo, mesmo os mais reticentes, com pelo menos uma ponta de orgulho de sua (nossa) torcida. Ela agigantou o Vasco, o time, o clube e se mantiver nesta final de Campeonato Carioca a mesma união, o mesmo estilo, será fator importantíssimo para que vençamos o nosso maior freguês em jogos comuns e maior algoz em finais, o valente Botafogo, também classificado após ter vencido no sábado último a outra semifinal, no tempo normal e nos pênaltis, diante do Fluminense de Diego Cavalieri.

A mesma torcida que há muitas décadas fez do Vasco o time da virada, do amor, do destemor, repetiu seus grandes dias no Maracanã na disputa semifinal deste Carioca. Cumpriu seu papel com louvor e devoção ao clube. Independentemente do resultado numérico das duas últimas partidas, derrotou o adversário em ambas e tem tudo para repetir o êxito nesta nova decisão dos dois próximos domingos.

Para encerrar a prosa, o gol do Vasco adveio de um pênalti corretamente marcado, pois houve um toque por baixo no jogador Serginho, quando este avançava na jogada, mas quem quiser brigar com a própria imagem fique à vontade. Com chororô da muda torcida adversária é mais gostoso.

Sérgio Frias

Vinte Minutos

Domingo teremos a primeira das duas decisões deste estadual.

O Vasco, que começou sem qualquer expectativa do torcedor na competição, provou no último domingo, mesmo ante à deslealdade e violência do adversário, ter futebol para ir à decisão do campeonato e vencê-lo.

Várias organizadas vascaínas se uniram em prol do grito uníssono em nome do Vasco e comprovaram o acerto da medida enfrentando de igual para igual o adversário nas arquibancadas no domingo último.

No decorrer dos últimos dias vimos um exótico movimento de alguns vascaínos xingando Bernardo, um dos que mais brigavam em campo, na partida contra o Rio Branco-AC vencida por 3 x 2; tivemos o comentário despropositado do ex-atleta Juninho, enxergando favoritismo para o Flamengo no jogo de domingo, embora o que se tenha visto no Maracanã há cinco dias dissesse o contrário; e temos, hoje, estampado na capa do Globo eletrônico, duas fotos, “dividindo” a violência do último clássico entre Vasco x Flamengo pelos dois lados, como se os vascaínos tivessem sido tão violentos ou desleais quanto os atletas da Gávea. Até ressuscitaram Dinamite para que falasse suas abobrinhas sobre o clube, poucos dias depois de seu aniversário.

Tudo isso faz parte de uma semana que antecede um jogo Vasco x Flamengo decisivo. Enquanto os torcedores cruzmaltinos, ávidos por notícias que lhes motivem a adquirir ingressos, são surpreendidos com uma série de matérias e opiniões que incensam o rival, ou diminuem o Vasco, os adversários parecem viver blindados e motivados, o que, evidentemente, traz maior confiança a seu torcedor.

Nada justificaria a que a torcida vascaína ainda não tivesse adquirido todos os ingressos do seu setor e ainda milhares de outros bilhetes para pontos mistos do estádio, a não ser tal desmotivação.

Esperamos, evidentemente, que haja entre hoje e amanhã uma reação vascaína quanto ao comparecimento no jogo de domingo.

O Vasco precisa de sua torcida, do incentivo dela e também de sua participação no clássico. Ela pode fazer a diferença mais uma vez, através de seu grito, incentivo e percepção.

De nove a cada dez jogos entre Vasco x Flamengo, os vinte minutos finais mostram um quadro indefinido. Ou uma das equipes está vencendo por diferença de um gol ou a partida está empatada.

No aqui considerado último período do clássico, o vascaíno, por característica própria, desde os anos 70 ao menos, tende, pela apreensão, a se aquietar e esperar um gol do time para aí sim se manifestar ou um do adversário para emudecer de vez.

O erro está aí. É um momento do jogo em que o cansaço predomina entre os jogadores, há esgotamento mental mais que físico e um grito da arquibancada normalmente acarreta numa entrega individual e coletiva maior.

Mas como agir neste momento tão crítico da partida?

Entendendo o torcedor seu papel para a vitória ser obtida. Tomar ou fazer um gol neste período não encerra o jogo, a favor ou contra. É o momento apropriado para haver desequilíbrio na disputa. Vozes cansadas e roucas, coração a mil, maus agouros daquele cara do lado que nunca acredita. É este o momento da superação!

Vem da torcida vascaína o grito de incentivo que mais parece uma invasão de campo aos berros, vem dela a crença na conquista de uma vitória, classificação ou taça e tudo isso chega nos jogadores em campo, podem acreditar.

A relação do atleta com a torcida transforma o profissionalismo frio e pragmático em comprometimento e quando ele em campo percebe que até o fim possui uma massa ao seu lado, incentivando-o, torna-se um digno representante do peso de nossa camisa.

Comparecimento e comprometimento com a vitória. Nesta e em qualquer outra partida decisiva futura cabe à torcida vascaína exercer esse papel, com o orgulho de sempre, mas também com a percepção de ser ela o alicerce para que novas e múltiplas conquistas ocorram, independentemente da situação concreta.

Faça isso o torcedor vascaíno nos jogos decisivos e verá que na maioria das vezes aqueles 20 minutos finais nos favorecerão, afinal somos o time da virada, afinal o Vasco é vencedor!

Sérgio Frias

À procura

Em outras matérias pretéritas o Casaca! destacou prejuízos de arbitragem sofridos pelo Vasco contra o Flamengo através dos tempos, mas hoje pretendo tocar em outro ponto da questão, que talvez seja a grande questão.

Precisaria, inicialmente, de um jornalista vascaíno, declaradamente, que não sirva de pano de fundo para a mídia rubro-negra – em maioria esmagadora nas redações, rádios e TV – poder construir suas verdades, independentemente dos fatos.

Vamos voltar a relembrar que o Vasco JAMAIS em sua história venceu um Campeonato Carioca por benefício de arbitragem.

Interessante como esta afirmação não tem por parte de toda a mídia rubro-negra, sedenta por justiça, jogo limpo, fair play, qualquer contestação. Ou o Vasco venceu estaduais por antecipação, uma, duas, três, quatro rodadas antes do fim ou quando se defrontou em decisões teve sua vitória limpa nas quatro linhas.

Mas, espera aí! Alguma coisa está errada, aliás muito errada.

Não é a mesmíssima mídia que criou a fantasia dos favorecimentos ao Vasco por conta da ação de Eurico Miranda nos bastidores por anos?

Quantos foram os benefícios de arbitragem dados ao Vasco em confrontos contra o Flamengo, que mudaram a história do jogo, nos últimos 30 anos quase? E em jogos decisivos contra o mesmo adversário? Como sei exatamente quantos são quero que a mídia rubro-negra responda.

Em 127 jogos (dois deles sem a presença do adversário travestido de rubro-marrom nas respectivas oportunidades), com toda a pressão que fazem a favor do Flamengo, contra o Vasco, tendo ainda durante décadas a palavra final a guiar o torcedor, antes do advento da internet, quantas vezes o queridinho de vocês da mídia foi “roubado” contra o Vasco de forma a que se influenciasse no resultado da partida? Falem.

Qual atleta do Vasco chutou a cara de jogador do Flamengo e não foi expulso? Digam.

Eurico Miranda mudou a história do Vasco não por comprar árbitros, mas por fazer o clube, fora de campo, ter atitude e respeito externo, e isso retornou em 02/12/2014, como evidenciado diante daquilo em que o Vasco se transformou em apenas quatro meses de gestão, se comparado a quase sete anos anteriores de horror e iniquidade.

Mas continuo atrás de um “vascainão”, daqueles, na imprensa para defender o clube. Não falo de algum idiota ou inocente inútil que pusesse a culpa das arbitragens desastrosas contra o Vasco nas finais (ou semi) diante do Flamengo em 1999, 2000, 2001, 2004, 2006 e 2008 na conta do Eurico porque não gostavam dele, nas subsequentes, entre 2010 e 2014 porque ele armava para isso e na partida última por qualquer outra teoria exótica a ser formulada na mídia rubro-negra.

Não falo de alguém que goste de se fantasiar de vascaíno para falar o que a mídia rubro-negra precisa ouvir a fim de manter o discurso que cai como uma luva há 30 anos, mais de 120 jogos, como justificativa para mais e mais prejuízos contra o Vasco, até fazendo se perder na história os muitos outros ocorridos contra o clube, desde 1923.

Não há torcedor dos dois lados que ignore o ocorrido frequentemente nas arbitragens deste clássico e o fato de os atletas do Flamengo terem ido ao fim do jogo de ontem pressionar o juiz, de forma cínica, representa a certeza que têm de todo o aparato da mídia para justificar qualquer coisa a favor do rubro-negro.

O comportamento da imprensa é mais que vergonhoso em relação ao Vasco. Chega a ser indecente, como indecente foi a campanha em prol do Flamengo neste Estadual, o grande vilão, a ponto de – com a ajuda dos veículos de comunicação – ter feito o que fez ontem, sem qualquer consequência.

Procuram-se vascaínos na mídia prontos a dizer a verdade, sem nenhum porém ou medo, pois os que afirmaram favorecimentos ao Vasco contra o mais queridinho de seus colegas ou justificaram os do adversário por conta da figura de Eurico Miranda não apenas erraram, mas sim cometeram um crime lesa-Vasco. E pior: muitos conscientemente.

Sérgio Frias

Cara de Vasco

A torcida do Vasco no jogo de hoje mostrou claramente a força que possui.

No gogó enfrentou a gritaria do adversário, que chegou a unificar-se para tentar ganhar o jogo no grito, numa correria desesperada pela união de vozes ante ao temido adversário, mas nem assim obteve qualquer sucesso.

E como sempre ocorre quando a fantasia flamenga é reduzida a pó, o Vasco cresceu na segunda etapa e esteve muito mais perto de abrir o placar que o oponente.

A decisão continua, mas a torcida cruzmaltina deve se conscientizar que se enfrenta a do rival no grito, também tem de fazê-lo no comparecimento.

Lembrando ainda que os 20 minutos finais do jogo, até o último instante, são momentos cruciais na partida e assim serão em nove a cada dez confrontos entre Vasco x Flamengo. Neste período, mesmo roucos, cansados e tensos, em qualquer circunstância que esteja o Vasco na partida é da arquibancada que vem o algo mais aos atletas, responsável até mesmo por definir uma classificação ou um título.

Parabéns à torcida cruzmaltina presente ao Maracanã hoje. Gritou, enfrentou, não esmoreceu, acreditou e saiu de campo ainda motivando os atletas que atuaram.

Domingo tem mais e não nos esqueçamos que em qualquer Vasco x Flamengo, sorrisos disfarçados de rubro-negros com o rei na barriga, camuflam um pavor latente pela derrota, que as arbitragens sistematicamente, como hoje, teimam em adiar, afinal alguém tem dúvida de que o Vasco venceria o clássico, até com certa tranquilidade, atuando com 11 contra 10, por 80 minutos ao menos?

Sérgio Frias

Convicções

Outro dia li uma reportagem na qual o presidente do Vasco, Eurico Miranda, diz que passados tantos anos ele menos, pouco ou nada se importa com aquilo que os outros vão achar de suas atitudes A ou B, em ele próprio tendo o entendimento quanto à correção delas.

Bem mais novo, ainda com pouca vivência prática neste ambiente (não por opção porque medo não tenho nenhum de enfrentar aquilo que vejo notoriamente contrário aos interesses do Vasco por oponentes do clube disfarçados em neutros) vou aqui nadar minhas tranquilas braçadas para falar do jogo de hoje e do campeonato até aqui, como já falei do comportamento da torcida do Vasco aquém do esperado no jogo contra o Flamengo (a parte organizado de comando dela) e que será fatal, se repetido, caso haja uma disputa entre os dois clubes na final do Campeonato Carioca de 2015, a não ser que o time seja infinitamente superior ao adversário nos dois confrontos.

Inicialmente é bom dizer que se o Vasco atuar da forma como jogou hoje contra o Friburguense corre sério risco de nem ganhar do Volta Redonda, portanto é hora de o treinador contar com o que tem de melhor, preocupando-se em ouvir de quem é competente para tal, quais são as condições físicas dos candidatos a atuar, para escalar o time, não simplesmente ignorando-as em detrimento de técnica mais apurada de um ou outro atleta, ou mesmo de alguma planificação tática teórica.

Da mesma forma, se passar pelo Volta Redonda e jogar contra o Botafogo da forma burocrática como atuou no segundo tempo da partida passada diante dos alvinegros periga nem chegar à final.

Antes do jogo de hoje, um preâmbulo curioso.

O que desequilibrou a partida Vasco x Bonsucesso para boa parte da mídia? A arbitragem. O Vasco ganhou com um pênalti duvidoso no final da partida. Perdeu vários gols, chutou uma bola na trave minutos antes de marcar e manteve domínio absoluto da partida.

O que desequilibrou a partida Vasco x Barra Mansa, válido pela quinta rodada deste certame? O gol mal anulado assinalado por Marcinho aos 46 do segundo tempo? Não. O Vasco não venceu porque jogou muito mal, não é?

Para a história do estadual 2015 ficou que o Vasco atuou muito mal contra o Barra Mansa e não mereceu vencer, enquanto só derrotou o Bonsucesso graças à arbitragem, independentemente de qualquer merecimento.

O formidável nisso tudo é o fato de o Vasco se danar nos dois casos, pela forma como tudo é simplificadamente exposto. O incrível nisso é a facilidade como que o torcedor vascaíno compra esse discurso, tal qual freguês de caderno global.

Enquanto isso…

O Flamengo afirma ser o campeonato uma vergonha, já que a FFERJ e o Vasco estão unidos para favorecer o seu único rival, de fato, no estado. Enquanto isso, nas quatro linhas…

O rubro-negro joga muito mal contra o Madureira, mas tem marcado a seu favor um gol no qual a bola não entra.

Atua pessimamente contra o Volta Redonda no Maracanã, mas tem um gol em impedimento dado a seu favor aos 40 minutos da etapa final.

Na semana do jogo contra o Vasco afirma categoricamente que teme a marcação de um pênalti contra si e no final das contas tem um assinalado a seu favor (que houve).

Dias depois enfrenta o Bangu (time do presidente da FFERJ) e os alvirrubros têm invalidado pela arbitragem um gol legítimo a seu favor.

E na penúltima rodada do campeonato, após realizarem um protesto patético em campo, são novamente beneficiados pela arbitragem com uma expulsão injusta do principal artilheiro adversário, atuando por mais de um tempo com um homem a mais em campo.

Prejuízos ao rubro-negro? Sim. O Vasco existir e ter voz não deixando com que mandem ou desmandem sem qualquer oposição a suas ações.

Cheguei a ouvir – e duvido muito da veracidade disso – que teria sido ofertado para compra a seus sócios-torcedores estudantes ingressos na decisão do ano passado, tendo estes o direito de adquiri-los pagando meia da meia entrada, enquanto os do Vasco não possuíam a mesma benesse. Não pode ser verdade, como também certamente não é uma suposta primazia dada por sua direção no último Vasco x Flamengo ingresso de meia entrada aos associados do clube da Gávea, embora alguns rumores tenham feito com que o Vasco intervisse para garantir o contrário, porque agora tem voz na Federação capaz de inibir possíveis malandragens.

Mas as exóticas arbitragens dos jogos onde o time do sistema atua, ainda não foram devidamente questionadas porque enquanto a mídia abafa, os adversários do mais queridinho vão tapar a boquinha juntos ou se preocupam mais em desfazer do próprio time na competição.

Agora sim. Vasco x Friburguense.

O segundo gol do Friburguense ocorreu em lance de falta clara cometida pelo atleta número 2, Sérgio Gomes, sobre Lucas e isto é nítido, olhando-se as quatro câmeras de transmissão do jogo, desde que a bola sai do escanteio. Não é possível que ninguém tenha contestado o fato de o atleta do Vasco ter cabeceado para dentro de seu próprio gol, sem observarem o porquê disso. Não teria sido desequilibrado no lance? É ruim de cabeça e doente do pé?

O quarto gol do Friburguense foi marcado em completo impedimento, no último lance do primeiro tempo de jogo.

Os três pênaltis marcados contra o Friburguense ocorreram de fato e o Vasco desperdiçou o último deles.

O quinto gol do Friburguense não aconteceu por falha do atleta do Vasco que, diante do perigo, com um adversário próximo a si, tentou rebater a bola e encontrou o pé de outro jogador adversário no caminho e as redes no bate-rebate. Mas Serginho atuou mal? Sim, sem dúvida. Neste lance, entretanto, lhe faltou sorte, por extensão ao Vasco, e esta sobrou ao adversário.

E o placar final foi 5 x 4 Friburguense com dois gols ilegais e um pênalti perdido pelo Vasco no último lance do jogo (que não teve acréscimos, diferentemente do ocorrido em todos os outros 13 jogos do Vasco na competição até aqui).

Mas o que veremos amanhã? Prejuízo ao Vasco e favorecimento ao Flamengo por conta da arbitragem? De forma alguma. Muito pelo contrário, afinal foram três pênaltis a favor do Vasco e isso justifica tudo. Justifica sofrer dois gols ilegais, por exemplo. Já no Fla x Flu o destaque será o cala-boca do Flamengo no Flu, mais propriamente a Fred, boquirroto após ter sido injustamente expulso, cerca de meia hora depois da mudez geral pelo bem da família Fla x Flu.

E o torcedor do Vasco ao ler isso? Inicialmente usará um discurso clichê. Nada justifica tomar cinco gols do Friburguense (nem a arbitragem). O quinto gol do Vasco foi falha sim do Serginho, embora se fosse a favor do Vasco nós diríamos ser sorte, porque o vascaíno precisa se justificar perante uma realidade midiática que o oprime.

Se ele, torcedor cruzmaltino, for às ruas amanhã ignorando ter o time atuado bem ou mal, mas simplesmente defendendo seu clube diante do prejuízo sofrido pela arbitragem e reagindo diante do mudo/cínico/falastrão rubro-negro estará saindo fora do script que lhe cabe para quem o domina.

Desculpem-me todos, mas eu passei e muito dessa fase como torcedor do Vasco. Como disse, lá no início do texto, não preciso chegar aos 70 para pouco me importar em ser popular ou impopular em minhas visões e atitudes se ajo convicto e embasado quando as exponho, mesmo porque quem fez 70 e enfatizou tal conclusão, demonstrou para mim durante anos a fio – com atitudes normalmente distorcidas pelos adversários – ser praticamente impossível agradar aos que comandam o circo do futebol brasileiro, quando não se quer protagonizar o papel de mero coadjuvante determinado pelos donos do espetáculo.

Sérgio Frias

Comando

O jogo de ontem no Maracanã nos deu uma certeza. O Martin Silva pode falhar ou não, a bola pode bater na trave ao invés de entrar, Guiñazu pode ser herói ou vilão, Bernardo pode brilhar ou ser expulso, mas fundamentalmente jogar contra o Flamengo sem comando de arquibancada no Maracanã não dá.

Era visível que o Vasco não aguentaria o ritmo frenético de marcação imposto sobre o adversário no primeiro tempo e que com a entrada de um jogador veloz na segunda etapa do outro lado, o avanço de Madson seria inibido. O jogo, então, caminharia, independentemente do pênalti, para um cenário no qual o Vasco daria mais espaço ao adversário e teria que encontrar maneiras para acelerar seu contra-ataque.

Pois bem, começa a segunda etapa e vem o gol do Flamengo com menos de 10 minutos. A torcida rubro-negra se inflama. Passam-se cinco, 10, 15, 20, 25 minutos, meia hora e onde está a torcida do Vasco? Não há um coro, um canto que realmente levante o time, reerguido por intermédio das corretas alterações feitas pelo treinador Doriva, responsáveis por fazê-lo chegar mais próximo do gol adversário, perdendo chances de igualar o marcador, próximo ao fim da partida.

Ora, o empate era um péssimo resultado para o adversário, pelo posicionamento na tabela. Mas no segundo tempo a torcida do Flamengo não viu adversário nas arquibancadas.

Adianta pouco, em termos de apoio durante o jogo, usar de artifícios visuais e não da voz para reverter os momentos de dificuldade. Creio eu que se organiza uma torcida, com grande número de adeptos, para isso. Caso contrário estamos apenas juntando um grupo que deseja se distinguir dos demais vascaínos presentes ao local. Ok, se o objetivo é esse, também deve ser louvado. Fica lúdico para mostrar um mosaico de performances, faixas, cores. Uma festa bonita, mas ineficiente para o confronto.

E não me venham falar de tamanho da torcida, se comparada a do oponente. Na final de 1982 vi o Cesar da TOV e a sua torcida esgoelarem-se desde que a bola rolou no segundo tempo até o último minuto, mesmo durante a maior pressão do Flamengo no jogo, chamando o torcedor comum a participar. O atleta ouve, sente que tem alguém a empurrá-lo, a jogá-lo para frente, a resistir ao avanço inimigo, a buscar o contra-ataque. Sente-se motivado e até mesmo cobrado para dar mais de si. E num Vasco x Flamengo, um jogo diferente para ambos os lados, tem que dar mais de si para vencer.

Ficar no dia seguinte dos jogos discutindo sorte, azar, competência, incompetência (quando a arbitragem não influencia no resultado) é minimizar a questão. O Vasco precisou da sua torcida no segundo tempo e ela nem empurrou o time nem enfrentou no gogó a do adversário. Omitiu-se. E isso não é responsabilidade do torcedor comum, pois por mais que uma voz faça eco, se há organização de vozes o coro contagia muito mais.

Fugindo da cronologia, vamos ao primeiro tempo do jogo. A torcida do Flamengo xingou a Força Jovem. Finalmente ouviu-se da do Vasco um palavrão: “Vaeeeee tomar no …. Flamengo, eu sou da Força o seu terror!” Isso veio do lado direito da arquibancada, exceto dos organizados, pois não responderiam à provocação entendendo que não foram atingidos, como também não foram atingidos quando os rubro-negros xingaram Eurico, presidente do clube, ocasião em que mais uma vez o torcedor do lado direito das arquibancadas, gritou seu nome enquanto os organizados aquietaram-se.

Houve até um coro, que tinha tudo para ser bem sucedido, entoado pelo espaço oriundo da organizada com bandeirinhas; “Ô,Ô,Ô, Ô, Ô, Ô, Ô estádio de m…”. Uma, duas, três quatro vezes. Houve boa aceitação mas…. parou?! Isso após já se saber ter o Consórcio Maracanã permitido a que o campo virasse uma piscina por economia na bomba responsável pela drenagem (operada à meia bomba) e responsável pela paralisação de quase uma hora do jogo, desrespeitando quem pagou ingresso caro para assistir a um espetáculo ser jogado fora das condições ideais por mais de 20 minutos.

E sobre o time do Vasco? Nenhuma palavra? De forma clara, objetiva e prática. Falta ao Vasco um meia esquerda, que faça jogadas com o lateral do setor a fim de motivá-lo a avançar e revezar nos avanços com o lateral da outra ponta. Cristiano vai sem confiança, porque não vê companhia, pois sabe ser difícil ir e voltar e está sem o devido respaldo em seu setor quando ataca. Por outro lado, carece o Vasco de um atleta com as características do Yago, mas mais confiante, com mais cancha de jogo para saber como se infiltrar pelas laterais e dar opção para o passe, sem medo de partir para cima, mas sabendo a hora, focado na sua importância como válvula de escape para o time. Pode vir a ser o Yago este jogador? Claro que sim. A evolução do atleta, bem treinado, no futebol, normalmente depende dele e de suas habilidades. Crer no seu potencial é fundamental. O apoio vem da comissão técnica, da direção e do torcedor.

Ué? Mas se falta isso então não vai dar para ser campeão, correto?

Todos os clubes grandes da cidade apresentaram defeitos iguais ou maiores que os do Vasco neste campeonato, mas neste momento parece mais prudente nos basearmos naquele adversário “amado amante” das arbitragens do estadual, que lhe auxiliam nos momentos de sufoco e são responsáveis pelo fato de não estarem – mesmo com a vitória de ontem – brigando com o papai Fluminense pela quarta colocação. Está o Flamengo longe de ser um grande time, embora bem organizado. O sistema defensivo possui falhas gritantes e é inferior ao do Vasco. Joga à base de velocidade nas duas pontas e possui um centroavante que já conhecemos de São Januário, banco do limitado Elton. Hoje seria do Gilberto, independentemente do pênalti batido que os diferenciou no quantitativo de gols ontem.

O Vasco, de fato, perdeu quando podia perder. Que a derrota traga lições para a estratégia no próximo jogo, dentro e fora de campo, afinal o grito de Vaaaasco é muito mais potente que Meeeengo, além de mais eufônico.

Sérgio Frias

Temores

Quem acompanha um pouquinho, mínimo que seja, da história do Vasco, sabe perfeitamente que nossa caminhada no futebol é atrelada a conquistas irretorquíveis, inquestionáveis, sob o ponto de vista da arbitragem.

Nenhum Campeonato Carioca, eu disse NENHUM, foi conquistado sem que o Vasco tenha feito a melhor campanha no certame. Por 22 vezes isto ocorreu.

Alguns tolos que se emprenham pelos ouvidos da mídia rubro-negra e suas fantasias com charutos insistem na falácia de que com Vasco e Federação juntos há um benefício para os cruzmaltinos e etc… Reverberar tal idiotice ajuda a quem? Ao Flamengo, obviamente. Senão vejamos:

Eurico Miranda assumiu a vice-presidência de futebol do clube em 1986 e segundo os doutos da imprensa, a parte supostamente mal informada, ou quem sabe mal intencionada, uniu-se a Eduardo Viana (o que é verdade) e com isso passou a ter benesses que lhe deram campeonatos e inúmeros benefícios de arbitragem a seu favor nas horas decisivas (o que é mentira).

O Flamengo só tem em seu currículo o título de 1986 por ordem e graça de uma arbitragem desastrosa de Julio Cesar Cosenza (nada a ver com o nosso craque Luiz Cosenza) na partida que os levou às finais, ocasião em que marcou um pênalti a 10 minutos do fim, do tipo que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo, e expulsou Roberto Dinamite após a saída de bola, abrindo espaço para a virada rubro-negra.

Na terceira e última partida da decisão, quando o Vasco precisava ganhar para ser campeão, o árbitro Roberto Costa ignorou um pênalti claríssimo cometido sobre Romário aos 11 minutos da primeira etapa, destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo.

Em 1987 o santinho rubro-negro só chegou ao triangular final, após derrotar o Fluminense de Assis (o próprio teve um gol mal anulado pelo árbitro Aloísio Felisberto da Silva, que além disso marcou falta inexistente no lance que deu origem ao gol do Flamengo no clássico). Na ocasião o comentarista Afonso Soares, da Rádio Globo, apelidou o árbitro de Aloísio Felizmengo da Silva. Tomaram fumo na decisão contra o Vasco, por fim, os rubro-negros.

No ano seguinte, com a Federação sob domínio de Eurico Miranda, o Flamengo conseguiu ganhar os pontos de um jogo no qual acabou a luz, sabedores todos que o regulamento ordenava o encerramento da partida após passados 30 minutos de breu. A luz voltou durante 10 minutos, já sem o Vasco em campo, e apagou cerca de 10 minutos depois, mas a imprensa, claro, ficou do lado vermelho e preto e fez questão de pressionar por todos os lados até a vitória vir no STJD, afinal na Federação o Eurico mandava…

No terceiro turno do mesmo ano a situação não estava muito boa para a dupla Fla/Flu. O Vasco ganhara o segundo turno contra o tricolor e no terceiro despontava como favorito. No jogo contra o papai do Flamengo o árbitro Wilson Carlos dos Santos deixou de dar dois pênaltis para o Vasco na primeira etapa (que terminou com a vantagem vascaína por 1 x 0) e no segundo tempo, além de validar um gol no qual Jandir, do Flu, teve ajuda do braço antes do arremate final, ainda marcou um pênalti supostamente cometido por Mazinho sobre Jorginho, meia tricolor. Felizmente Acácio defendeu e o Vasco pôde partir para ganhar o turno e depois o bicampeonato, derrotando por três vezes seguidas o mais queridinho da mídia.

Os isentos jornalistas rubro-negros gostam de falar do empurrãozinho do Mauricio no Leonardo em 1989, ano em que o Botafogo terminou com seu jejum de 21 sem títulos. Esquecem-se, entretanto, que o árbitro, falecido recentemente, Luiz Carlos Felix, terminou o jogo do turno entre as duas equipes no exato momento em que Paulinho Criciúma do Botafogo arrematava para o gol da vitória botafoguense (a peleja estava empatada em 1 x 1). O triunfo alvinegro no clássico daria, com a sequência dos jogos, o turno ao time de Marechal Hermes o que, em tese, nem levaria o Fla às finais da competição.

Em 1990, posicionado como quarto do Rio, a ação do Flamengo foi nos bastidores. Eurico era o dono da Federação, então pressionemos a mídia para reverberação do que é do nosso gosto. E o Vasco foi obrigado a jogar oito vezes, eu disse OITO, em 15 dias, cinco delas no Campeonato Carioca e três pela Libertadores, dando condições ao fujão Botafogo de ir às finais.

Aí a imprensa, useira e vezeira em falar do cumprimento das regras, etc… resolveu que o fato de o Botafogo não ir a campo para disputar a prorrogação prevista no regulamento e pelo árbitro do jogo, no jogo decisivo do campeonato, era o correto.

Uma taça oriunda de uma rádio de Nova Friburgo foi cedida ao Botafogo no gramado e uma caravela vascaína levada a campo, caravela esta que embora fizesse parte de várias conquistas vascaínas anteriores e posteriores àquela decisão, desta vez serviu para chacota da mídia imparcial rubro-negra, ora vestida de preto e branco.

O afável Flamengo, quarto do Rio, ficou do lado alvinegro e não por coincidência a mídia rubro-negra idem. Afinal era uma resposta ao Vasco que, não podemos esquecer, mandava na Federação.

Em 1992, no nosso campeonato invicto, fomos “roubados” duas vezes em São Januário contra os anjinhos da Gávea, que temiam Eurico, o dono da Federação.

No jogo que poderia decidir a Taça Guanabara a falta originária do gol dos visitantes não houve. Empatamos depois e levamos o caneco.

Na partida final do campeonato, quando brigávamos apenas pela invencibilidade, pois já éramos campeões antecipados, houve dois pênaltis (destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo) cometidos por Junior Baiano. Além disso, o gol de empate rubro-negro adveio de uma falta cometida por Nélio sobre Luiz Carlos Winck, no início da jogada, que originou falta e posterior gol de empate rubro-negro a dois minutos do fim, mas o destaque acabou sendo a cabeçada de Junior sobre o árbitro Travassos, motivo pelo qual levou o veterano atleta a ser expulso e acabou por caracterizar uma atuação contrária ao Flamengo, aos olhos imparciais da mídia rubro-negra na ocasião.

No ano seguinte o nosso bi não veio mais cedo porque o conhecido José Roberto Wright (amigão da turma do Atlético Mineiro) resolveu na segunda partida decisiva contra seu time do coração, o Fluminense, deixar de marcar um pênalti claro sobre Valdir e anular um gol legal de Bismarck, compensando em parte seus erros (já quando o Fluminense vencia por 2 x 0), ao validar um gol ilegal de Pimentel após “paredinha” de Valdir sobre o goleiro Nei. Deve ter sido uma bronca de Eurico, dono da Federação, no intervalo, a razão do único erro a favor do Vasco ter ocorrido.

Em 1994 foi uma festa. A mídia em geral não queria o Vasco tricampeão, nem por decreto.

Na partida do turno, um pênalti dado a favor do Vasco, claro, (destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo) foi contestado pela direção flamenga, que invadiu o campo (afinal Eurico mandava na Federação). Resultado? Houve outro pênalti, cometido sobre Dener (não marcado), num lance dois rubro-negros (Valdeir e Charles) cavaram a penalidade e o árbitro acertadamente não os assinalou – o que motivaria novas invasões rubro-negras no intervalo.

Já no final da primeira etapa, Dener, principal jogador do Vasco, foi agredido e mesmo sem revidar acabou expulso com o bravo Gelson. Na segunda etapa, porém, brilhou a estrela de Valdir e o Vasco consolidou a superioridade, vencendo por 3 x 1.

Mas tinha mais.

No quadrangular decisivo, o Vasco se mantinha invicto e só mesmo uma arbitragem para mudar o quadro.

No primeiro Clássico dos Milhões daquela fase decisiva as duas equipes empatavam em 1 x 1 quando Nélio se atirou na área (confessou aos risos depois do jogo) e o árbitro Walter Senra marcou o pênalti que daria a vitória ao rubro-negro e tiraria a invencibilidade do Vasco no campeonato.

Na rodada seguinte, aos 42 do segundo tempo, um gol de Pimentel foi anulado em lance que se discute até hoje se era ou não de mesma linha (engraçado como ninguém discutiu o lance do Alecsandro semana passada, mas esperamos com fé que a mídia rubro-negra fale dele). O árbitro Claudio Cerdeira, auxiliado pelo bandeira Guilherme Gomes, anulou e minutos depois inventou um tiro indireto quando Indio atingiu de raspão (felizmente) a cara de Valdir dentro da área, em pênalti destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo. Como se sabe, mesmo com tudo contra, o tricampeonato veio e, claro, porque Eurico mandava na Federação.

No ano seguinte houve barrigada de Renato (o outro) e o centenário virou “cemternada”.

Em 1996 aquele time caríssimo do já falido Flamengo tinha que ganhar alguma coisa. No último jogo do segundo turno bastava um empate para o título vir de forma invicta, mas o adversário era o Vasco… Perigo à vista. Resultado: um pênalti claro sobre o ponta Alessandro, cometido pelo atabalhoado Ronaldão destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo, não foi assinalado e o título invicto veio, apesar, é claro, de Eurico ser o dono da Federação.

Em 1997, o papelão rubro-negro no Campeonato começou com a perda para os reservas do Botafogo em jogo que poderia levá-lo à final da Taça Guanabara (bastava o empate), continuou com as derrotas consecutivas para o rebaixado Fluminense, dos famosíssimos Nildo e Dirceu, e terminou num W.O. constrangedor, que deu o título do terceiro turno ao Vasco.

E no ano do Centanário vascaíno? Não percamos tempo. Segue o link abaixo para mais detalhes.

http://www.casaca.com.br/home/2015/02/01/sobre-o-campeonato-carioca-de-1998/

Em 1999 estava feia a coisa pro timinho da Gávea. Vasco Campeão Brasileiro, Carioca (no ano de seu Centenário), da Taça Libertadores, do Torneio Rio-SP e recentemente, àquela altura, da Taça Rio vencendo o rubro-negro na decisão com dois gols de Edmundo.

Com a vantagem de dois empates a equipe derrotava o Flamengo no primeiro jogo da decisão por 1 x 0. O que poderia ser feito? Quem poderia salvar o mais queridinho da mídia? Ora, o árbitro. Um gol de Fabio Baiano irregular foi validado por falha de Léo Feldman, interferindo no nome do campeão daquele ano, pois na última partida o Vasco perdeu por 1 x 0 e com dois resultados iguais seria o campeão.

No ano seguinte, com Eurico Miranda firmemente comandando a Federação, o Vasco, campeão invicto do turno, foi vítima da arbitragem contra América, Fluminense e Botafogo, oportunizando a que o mais queridinho da mídia chegasse ao título da Taça Rio.

Com Athirson dopado sem querer (a mídia tentou colocar Eurico como algoz do doping, assim como tentou-se este ano, nela própria, insinuar que torcedores rubro-negros agrediram atletas do Macaé a mando de Eurico), viradas fantásticas rubro-negras foram vistas no returno com gols do herói da hora.

Já na decisão, antes de Athirson marcar o primeiro gol da vitória rubro-negra abrindo o caminho para os 3 x 0 finais, houve um daqueles pênaltis – destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo – sofrido por Romário e, melhor ainda, com aval do Wright, enquanto comentarista de arbitragem da Globo, sobre sua não existência (assim como não entendeu como penalidade a escandalosa cometida sobre Bernardo no turno do Brasileiro de 2011).

Mas, calma, ainda teve mais. Reinaldo do Flamengo foi derrubado fora da área em lance ocorrido minutos depois, ainda no primeiro tempo, buscou a vantagem e depois se jogou na área tentando cavar uma penalidade. Wright comparou os dois lances como similares e elogiou o árbitro, como se tivesse acertado nas duas oportunidades e não apenas na segunda, embora as imagens mostrassem claramente isso.

No segundo jogo da decisão O Flamengo fez 62 faltas contra 28 do Vasco, mas foram expulsos um jogador de cada lado (Felipe e Maurinho por troca de gentilezas) e o segundo gol do Fla na vitória por 2 x 1 foi marcado em completo impedimento.

Na decisão de 2001 o Vasco teve expulso Viola na primeira partida, após marcar o gol de empate em cobrança de pênalti e tirar brevemente a camisa (com outra por baixo). Embora tenha sido amplamente divulgado pela imprensa no decorrer daquela semana a liberação por parte da FIFA de tal atitude, o árbitro Reinaldo Ribas alegou após o jogo que a norma ainda não entrara em vigor, portanto houve a punição. Mesmo assim, com 10, o Vasco virou o jogo e no lance do segundo gol o rubro-negro Juan, que era o último homem e impedira manifesta e clara situação de gol do atacante Euller, não foi expulso.

No segundo jogo decisivo Léo Feldman, que se aposentaria após aquela partida, marcou um pênalti para o Flamengo e ignorou um outro sobre Euller, minutos depois (destes que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo). Para encerrar, a falta que originou o terceiro gol do Flamengo não houve.

Como o campeonato em 2002 foi quase que largado pelos clubes, vamos para 2003. No primeiro jogo decisivo contra o papai do Flamengo houve pênalti sobre o lateral vascaíno Russo (não marcado) e a falta que originou o único gol do Fluminense não existiu.

Já na segunda partida da decisão, o gol do Fluminense (único dele no jogo) foi irregular, Marcelinho Carioca, melhor jogador do Vasco, foi expulso injustamente com o tricolor Marcão, por não querer papo com o adversário enquanto estava no carreto, após sofrer entrada criminosa do lateral adversário Jadilson. Tudo isso na primeira etapa.

O jornal “O Globo” classificou a final como “da vergonha” e não se mostrou nem um pouco envergonhado com a manchete. O Vasco venceu os dois confrontos contra o Flu por 2 x 1 e o gol último do campeonato surgiu após um cruzamento de letra feito pelo meia Léo Lima.

Em 2004, após o Fla sair na frente no primeiro jogo da decisão com a vitória por 2 x 1 (primeiro gol marcado em posição de impedimento), Eurico – não esqueçamos, o dono da Federação – motivou a torcida cruzmaltina para evitar a avalanche rubro-negra nas arquibancadas ao prometer o título, afirmando que o chopp já estava encomendado.

Algo deveria ser feito. Através de uma câmera escondida no treino estilo “alemão” do Vasco foi vazado áudio no qual o técnico do Vasco Geninho dizia algo como “Não deixa, morde o tornozelo dele”, o que fez a mídia rubro-negra julgar e condenar o treinador, fazer pressão sobre a arbitragem e antever que o “mané Garrincha” (acreditem a imprensa rubro-negra comparou Felipe a Garrincha após o atleta ter passado quatro anos no Vasco sem qualquer alusão a isso) seria caçado em campo por Coutinho, seu marcador.

O jogo começou e o Vasco com dois minutos de luta abriu o marcador (em lance irregular), mas Galvão Bueno logo na primeira falta de Coutinho sobre Felipe afirmou, sem o replay, que o vascaíno fora no tornozelo do adversário. O árbitro imediatamente deu um cartão evidenciado como imerecido quando no repeteco do lance foi visto ter sido apenas um empurrão, valorizado pelo blindado Felipe na ocasião.

Em cinco oportunidades subsequentes Felipe tentou passar por Coutinho, mas não conseguiu. Tentando cavar faltas e sabendo que seu destino já estava traçado pela mídia rubro-negra como herói do jogo, o “mané” fez gestos, para todo o estádio ver, inclusive juiz e bandeirinha, sugestionando que o Flamengo estava sendo roubado, pois as faltas inexistentes forçadas por ele não estavam sendo marcadas.

A arbitragem, pressionada e omissa, nada fez para punir o atleta, que ficou ainda mais à vontade no segundo tempo, quando, em falta para amarelo, Coutinho foi expulso direto pelo árbitro Edilson Soares da Silva, ficando o Vasco com 10 em campo. Por fim o terceiro gol rubro-negro, duvidoso, foi validado e a vitória do mais queridinho da mídia se deu por 3 x 1.

Em 2005, inovação na partida que decidiria quem chegaria à final do returno ou sairia do campeonato.

Há anos um árbitro não mandava voltar uma penalidade máxima em decisão por pênaltis. Na Champions League de 2003, o herói do Milan, Dida, avançou como quis para dar o título contra o também italiano Juventus.

Pois bem, clássico empatado em 1 x 1, decisão por pênaltis, quinto tiro do Fluminense na primeira série de cobranças (4 x 4 no placar e o Vasco bateria depois). Gabriel chuta, Fabiano Borges se adianta e defende! Vasco com a mão na vaga? Não! Vamos cumprir a regra! E o árbitro Marcelo Venito Pacheco mandou voltar a batida.

Muitos pênaltis depois foi a vez de Jean, lateral esquerdo do Vasco desperdiçar sua cobrança. Nada disso! Cumpra-se a regra! O goleiro deu um passo à frente e isso não é permitido! Novamente Jean atira e outra defesa do goleiro, que se adianta como fizera antes. Agora valeu! A regra foi relativizada pelo árbitro que criou a de número 18 no futebol, específica para pênaltis. Quem perder duas vezes a penalidade absolve a irregularidade do goleiro. Relembrando (é sempre bom) que Eurico mandava na Federação.

No Campeonato de 2006 parte do time do Flamengo foi parar na delegacia após perder seu campeonato à parte contra o Vasco em jogo que não valia rigorosamente nada, mas tratado pelos rubro-negros da forma como Eurico (o dono da Federação) ordenara por anos.

Em 2007 o Botafogo deixou de ser campeão contra o Flamengo porque o árbitro anulou um gol legítimo de Dodô na última bola do jogo e a referência rubro-negra da época, Bruno, garantiu nos pênaltis o título torto.

Já em 2008 o rubro-negro não quis correr tantos riscos.

Uma vez perdendo a decisão da Taça Guanabara para o Botafogo por 1 x 0 e sem dar pinta de que conseguiria furar o bloqueio alvinegro, era a hora de um daqueles pênaltis (que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo).

Em lance no qual rubro-negro faz falta em botafoguense e o inverso acontece, o olho de lince do árbitro Marcelo de Lima Henrique só viu a falta a favor do timinho da Gávea dentro da área. O gol deu gás ao Flamengo, que depois virou e tratou como “chororô” alvinegro mais uma dentre as muitas dezenas de coincidências a seu favor.

Antes, vale relembrar, na semifinal, um gol irregular de Fabio Luciano foi validado pela arbitragem de Luís Antônio Silva Santos, que ajudou na vitória de 2 x 1 contra o Vasco, classificando o beneficiado pelo apito (mais uma vez) para a final daquele turno, mesmo com Eurico comandando a Federação.

Após mais um título dado pelo herói Bruno em 2009 a favor do rubro-negro nos pênaltis, no ano seguinte parecia mesmo que o Botafogo não iria deixar escapar o caneco.

O Vasco, até então acobertado pela mídia em suas mazelas administrativas, jogaria a semifinal da Taça Rio contra o Flamengo e quem perdesse estaria eliminado do Estadual.

Em lance duvidoso o árbitro João Batista Arruda marca falta impedindo aquele que seria o primeiro gol do Náutico, quer dizer, do Vasco (lembrei da camisa templária) contra o rubro-negro, assinalado por Elton.

Mas no final do jogo não houve dúvida. Williams do Flamengo deu uma cortada, estilo vôlei, dentro da área (destes pênaltis que o Flamengo teme ser marcado contra si domingo) e Arruda nada marcou.

O Fla venceu por 2 x 1, foi para a final da Taça Rio contra o Botafogo, teve dois pênaltis corretamente marcados contra si e um mal marcado a seu favor na decisão contra o alvinegro (que foi desperdiçado pelo imperador Adriano). Com isso, o campeão, desta vez, foi o Botafogo.

Após o título rubro-negro em 2011, a participação de Vasco e Flamengo nos estaduais de 2012 e 2013 deixou a desejar (embora os cruzmaltinos tenham chegado a finais de turnos) e pouco de relevante ocorreu.

Em 2014, quando nada mais parecia ser possível para tirar o título do Vasco, eis que um gol em impedimento foi validado para o rubro-negro, aos 46 do segundo tempo. Nesta oportunidade, o grupo de oposição ao Vasco, ora no poder ou ajoelhado por migalhas, chegou à conclusão que o prejuízo ao Vasco se deu porque Eurico mandava na Federação e teria gosto em ver o clube prejudicado por questões políticas, estupidez que condiz com a verve deplorável de escribas oligofrênicos e ditos torcedores vascaínos.

O discurso rubro-negro sobre conluios de Federação e etc… para pressionar arbitragens, faz parte do jeito flamenguista de agir há décadas. Cínico, dissimulado, sonso e com o único objetivo, travestido de “n” adjetivos “moraloides”: ter mais uma vez, pela enésima vez, benefícios vindos do apito, pois sem eles essa mentira que é o Flamengo (da forma como pintam) não teria em sua galeria inúmeras conquistas advindas de coincidentes e contínuos erros de arbitragem, sabidos por todos, mas postos para debaixo do tapete sujo que sustenta as falácias proferidas anos a fio (autênticas estórias do boitatá) sobre um clube pronto a passar até mesmo por cima de decisão judicial transitada em julgado, quando ela não o agrada, vide o Campeonato Brasileiro de 1987, vencido pelo Sport e marginalmente dado ao mais queridinho da mídia, por ela própria.

Sérgio Frias