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Máscaras ao chão

Muitos discursam sobre a importância da reforma do estatuto do Club de Regatas Vasco da Gama e de sua necessária reorganização para retomar os lugares mais altos do esporte brasileiro, principalmente no futebol, mas finalmente as máscaras de alguns caíram.

Entre anúncios fantasiosos, promessas irrealizáveis e pirotecnia eleitorais para iludir a torcida vascaína, cinco grupos, que contém no Conselho Deliberativo menos de 20 votos e com histórico de fracassos no clube – desde o MUV, como defensores ou partícipes daquele monstrengo de administração, entre 01/07/2008 a 02/12/2014, que dobrou a dívida do Vasco, passando pelos que desembarcaram no Vasco em 2018 para tomar atitudes heterodoxas, entre elas não cumprir o princípio da continuidade administrativa, deixar dinheiro parado em banco, enquanto demitia-se sem pagar a ninguém, não pagar salários pretéritos, com dinheiro em caixa para isso, por politicagem barata e insensibilidade para com os referidos funcionários, do futebol e fora dele e que, ainda, após o planejamento financeiro ter falhado desembarcaram da gestão – publicaram uma nota sobre o conteúdo da reforma do estatuto e sobre os prazos estatutários para realização da Assembleia Geral Extraordinária.

Seremos didáticos, utilizando a mesma metodologia adotada pelo grupo signatário, para falarmos de verdade, distorção e consequência:

A PRIMEIRA ETAPA.

VERDADE – Diz respeito à Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do CRVG, realizada no dia 04/12/2019.

DISTORÇÃO – Na ocasião, os conselheiros destacaram como tema fundamental a aprovação das eleições diretas para a diretoria administrativa, em linha com os anseios dos sócios e torcedores do clube.

VERDADE: Na ocasião, os conselheiros destacaram a reforma do estatuto com eleição direta como tema fundamental.

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DISTORÇÃO: Este assunto é o único sob o qual não pesa qualquer dúvida quanto à sua forma ou ao seu conteúdo, o que fica claro pela sua aprovação por UNANIMIDADE no Conselho Deliberativo do clube, de acordo com suas regras estatutárias e regimentais. A aprovação por 192 votos favoráveis é eloquente acerca de sua legitimidade e sepulta qualquer possibilidade de atribuição de vício.

VERDADE: A introdução da eleição direta obrigatoriamente requer reformar o estatuto. Ao aprovar a IDÉIA, por unanimidade, todos os conselheiros presentes eram cientes e conscientes que obrigatoriamente teria que ser convocada uma Assembleia Geral Extraordinária para reformar o estatuto. Alegar vicio em todo o processo só serve para criar clima de hostilização e revela incapacidade cognitiva, ou princípio distante de boa-fé.

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A SEGUNDA ETAPA.

DISTORÇÃO: Após a primeira e exitosa reunião, de 04/12/2019, o Conselho Deliberativo do CRVG foi novamente convocado, agora para uma Reunião Extraordinária visando debater a Reforma do Estatuto.

VERDADE: Após a primeira e exitosa reunião, de 04/12/2019, que iniciou o processo de reforma do estatuto, o Conselho Deliberativo do CRVG foi novamente convocado para dar continuidade no debate da Reforma do Estatuto.

VERDADE: A convocação foi realizada a 29/01/2020, oportunidade, inclusive, em que a ata da reunião de 04/12/2019 foi apresentada e aprovada.

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DISTORÇÃO: Ocorre que essa reunião extraordinária acabou sendo dividida em três reuniões decorrentes da suspensão da sessão. Assim, a primeira reunião ocorreu em 29/01/2020, a segunda em 11/02/2020 e a última em 02/03/20. Essa última, objeto de análise da Terceira Etapa.

VERDADE: Ocorre que o processo foi iniciado na primeira reunião e declarado em reunião permanente ocorrendo em 29/01/2020, em 11/02/2020 e a última em 02/03/20.

DISTORÇÃO: Ocorre que esse confuso processo causou máculas em virtude de inúmeros vícios procedimentais que impedem a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para referendar tal proposta, sob a pena de estar-se referendando uma proposta que não cumpriu os requisitos estatutários e regimentais previstos no ordenamento interno do CRVG. Nesse sentido, é importante destacar o que se segue:

VERDADE: O que impediu a convocação da Assembleia Geral Extraordinária foi a permanente recusa do presidente do clube de enviar a listagem dos sócios para análise da JUNTA DELIBERATIVA. O presidente do Vasco a apresentou apenas, e com restrições, ao presidente da Assembleia Geral, que deu um parecer oral, como se isso bastasse.

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A TERCEIRA ETAPA.

VERDADE: Chega-se, então, a última fase da análise da Reforma do Estatuto na reunião convocada para 02/03/2020, com a finalidade de debater os artigos retirados de votação na sessão anterior por ausência de consenso pela ampla maioria dos presentes. Dentro dessa lógica, o que foi consenso para a ampla maioria dos presentes foi para o texto final, o que não foi ficou de fora.

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A questão da metodologia ou do “vício” esconde e quer criar uma cortina de fumaça sobre os verdadeiros interesses subterrâneos contrariados pelos temas incluídos no texto base, uma vez aprovados pela Assembleia Geral Extraordinária, pois impõem na nova carta magna vascaína responsabilidades e consequências a gestores que façam o que fez o MUV no Vasco, sem consequências, o que faz Alexandre Campello no Vasco, sem consequências e com votos favoráveis sistemáticos dos signatários dessas notas em favor do atual presidente, com ou em raríssimas exceções, fundamentalmente quando os atos do gestor foram levados ao Conselho Deliberativo, passíveis de punição ou sindicância.

Duas gestões (as citadas acima) aumentaram a dívida do clube de forma insofismável, entremeada por uma que a diminuiu, para tristeza de muitos.

Esses, que são Vasco “acima de tudo”, desde que, que querem reforma no estatuto, desde que, que querem Vasco passado a limpo, desde que, que assumem responsabilidades e as abandonam no meio do caminho, entrando pelo cano, que se dizem orgulhosos da gestão que deixou o Vasco com 30 toneladas de lixo a céu aberto, sem crédito e sem vergonha na cara, que quando no poder, com a possibilidade de tomar resoluções optaram por diversas vezes pelas políticas em detrimento das institucionais, pondo o Vasco, CLARAMENTE, em segundo lugar, deixando em primeiro suas pequenezas de ocasião, são responsáveis diretos pela manutenção do status quo vigente no período de Alexandre Campello no Vasco.

Enquanto usaram de um discurso de “golpe no Conselho Deliberativo”, após a chapa para derrotar a de Eurico Miranda ter rachado (em menos de 30 dias), durante a gestão sistematicamente a defenderam na hora crucial, a do voto, mostrando que até mesmo o regurgitar de ocasião era fake, como foram fakes as promessas do mundo encantado do faz de conta.

Dentro do Vasco foram mais do mesmo: incompetentes, irresponsáveis e incapazes de cumprir seus planos teóricos, por culpa sempre do outro, nunca de si próprios. Dentro do Conselho Deliberativo são hipócritas, cínicos em seus votos, mas no mundo virtual se postam como vestais.

A situação se agrava, pois conhecedores do rito estatutário para aprovar qualquer mudança no próprio estatuto, sabem que ficaria muito estranho posicionarem-se contra questões inerentes à responsabilidade do gestor, deixado exatamente por esses signatários, por exemplo, livre, leve e solto para fazer o que fez com o clube nessa gestão, com carta branca dada, sistemática e consciente, mesmo após o desembarque vergonhoso.

Sobre tal desembarque, ao que parece, ficou a vã ilusão de que bastou isso e uma confissão patética sobre problemas na lista de sócios para justificar o injustificável. Agora se escondem atrás da eleição direta, tentando manipular os torcedores e sócios do Vasco numa ação inequívoca contra a evolução do próprio clube, exposta num texto de estatuto que abordou todas as questões polêmicas e que teve por consenso geral do Conselho Deliberativo, com a exceção de 5% aproximadamente dele, a redação final.

A eleição direta está sendo empurrada com a barriga em função de o presidente do clube não ter enviado a lista de sócios para a Junta Deliberativa, apesar de medidas tomadas pelos interessados, de fato, nela terem ocorrido, e pela ação do presidente da Assembleia Geral e de seus assessores, que comandam o processo em nome dele, com gente estranha ao Conselho Deliberativo do Vasco metida no meio.

Todos são sabedores que tanto a comissão de sindicância, como agora a Junta Deliberativa, deveriam ter recebido e analisado a lista há meses, que os mais de 10 ofícios enviados pela comissão de sindicância à secretaria do clube, com aval do Conselho Deliberativo para tal, deveriam ter sido atendidos. Mas isso, pelo visto, interessou a alguns não ser verificado, questionado, analisado por membros do Conselho Deliberativo, com legitimidade para tal, após deliberação do próprio Conselho Deliberativo a respeito disso.

Os omissos e os que protegem a administração, envolvidos no processo e agora questionando seus pares de outrora, fazem recair à gestão séria desconfiança, baseando-nos no depoimento recentemente dado por um de seus elementos.

Os procedimentos referentes à anistia, supostamente irregular, dada sua justificativa de premissa para execução em relação aos sócios gerais (registrada em ata no Conselho Deliberativo), não coadunada com o procedimento irregular estatutário cometido contra eles próprios, denota um erro continuado e consciente por parte de quem gere.

O descumprimento estatutário quanto à aceitação de novos sócios em 2019 e sobre a deliberação do próprio Conselho Deliberativo, em relação aos ofícios ignorados pela gestão, com aceite ou silêncio de supostos “opositores” à ela, também chamam a atenção.

Há muito a ser visto, analisado e pormenorizado no que diz respeito à lista de sócios do clube, principalmente após depoimento de quem esteve dentro e viu indícios, movimentos e ações suspeitas, supostamente de responsabilidade dos seus pares.

Casaca!

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