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Preguinho

Soube que houve um prego tricolor, prego no nome, que tentou fazer passar por aqui sua mensagem preconceituosa, vislumbrando através de sua inocente arrogância um processo em favor do tricolor.

Processo, o tricolor, lato sensu, teria muitos a responder. Se não fosse uma elite preconceituosa e racista a dominar os anos 20, sem dúvida. Mas moralmente o “crime” tricolor (tipificado ou não na época pouco importa) é imprescritível. O preconceito social e racial do Fluminense é histórico. Uma mancha institucional inapagável.

Não, não foi um árbitro ou vários que fizeram o Fluminense ser racista. Foi o livre arbítrio tricolor.

Ora, como seus dirigentes permitiram a que um atleta, associado do clube, se enchesse de pó de arroz para disfarçar a cor da pele? Nada fizeram? Nem uma nota de repúdio? De forma alguma. O pó de arroz ou de giz varou o século tricolor. Uma bela tentativa marqueteira para transformar em algo lúdico, algo vergonhoso.

A aristocracia tricolor chegou a ser de terceira no final do século passado e com orgulho fez menção à conquista como se fora um Campeonato Brasileiro. Clubes de seu nível fizeram o mesmo. O Olaria, por exemplo, tão campeão da Série C como o Fluminense.

A champagne estourada em 1997 era de segunda, mas a atitude tricolor em campo no mesmo ano foi de quinta e não fosse a competição nacional mais importante do calendário ter sido organizada pelos clubes em 2000, não se sabe quando o Fluminense voltaria à primeira divisão, pois o ABC da B não fora cumprido dois anos antes.

Afirmar que o Fluminense não merece crédito quando fala do Vasco, seja lá quem vier a falar de Vasco na qualidade de torcedor do Fluminense, é chover no molhado, afinal o clube das Laranjeiras deve ao Vasco… e muito! Uma dívida que não terá como pagar, nem mesmo pondo os vitrais no “prego”. Não, não falo aqui do pulo de letras do alfabeto nas divisões do futebol, mas sim a dívida que ele Fluminense e a elite racista da época, constituída também por seu filho bastardo no futebol, Flamengo, e outros tão preconceituosos como, tem para com o Vasco: o Vasco lhes ensinou que negros e brancos poderiam jogar no mesmo nível, que médicos ou “chafeurs” dentro de campo poderiam apresentar o mesmo futebol e o que lhes faria diferente não seria a conta bancária ou a cor da pele, mas sim o talento e aptidão para jogar futebol.

Com isso o Fluminense pôde ter Didi, Waldo, Escurinho, Denilson, Marco Antônio, Paulo César Lima, Claudio Adão, Washington, Marcão, entre outros, pelo restante do século passado. Em cada conquista tricolor com negros no time se dá um tapa com luva de pelica no clube, pelo antigo preconceito, e naqueles responsáveis pelo orgulho, em tempos idos, daquele preconceito. Não foram refutados pela história tricolor os senhores de tais preconceitos, muito pelo contrário. E como o Fluminense não tem como esconder o preconceito que lhe mancha o histórico, procura tratar o assunto como menor, ou como conto.

Mas como freguês de caderno terá nosso perdão na esfera esportiva, afinal pagam a conta em dia há décadas, pelo menos no campo de jogo, com derrotas e mais derrotas. Uma doce rotina.

Sérgio Frias

Resposta ao Freguês

 

Um cidadão conhecido por Mário Bittencourt, que se diz dirigente do Fluminense, deu a seguinte declaração gratuita e ofensiva ao Vasco:

“O clube que mais apoia ele caiu para a série B. Mais uma vez os cariocas ficam sem grandes resultados, muito em função de como o futebol do Rio é conduzido. Existem dois clubes que tentam melhorar o futebol carioca. Curiosamente os que têm melhor performance nos últimos anos. Isso deve significar alguma coisa.”

A respeito, temos a dizer o seguinte.

– O Vasco não tem motivos para se envolver nos assuntos de uma liga que promoverá amistosos. Sendo uma liga amistosa, não reconhecida, não oficial, pirata, nada tem a ver conosco.

– A dita melhor performance do Fluminense nos últimos anos inexistiu contra o Vasco, pois o Fluminense seguiu sendo nosso freguês de caderno. Sucessos duvidosos, como o vice da Libertadores, só ocorreram em função da participação de um patrocinador capaz de bancar salários irreais.

– Ausente o patrocinador, o Fluminense foi um clube de série C e não pagou três séries B – certamente em 1997, convidado após rebaixamento, certamente em 2000, alçado diretamente da C à A, e presumivelmente em 2014, em função do nebuloso caso que rebaixou a Portuguesa em seu lugar, ou no lugar do seu parceiro Flamengo.

– O Fluminense, como o Flamengo, só acredita no futebol carioca quando o título estadual é conquistado por um dos dois, muitas vezes de forma, digamos, pouco esportiva. Se o Vasco vence um Estadual, no ano seguinte eles fundam ligas estaduais, nacionais ou não comparecem no campo para jogar. Correm.

– Por fim, desconfia-se que o doutor Bitencourt precise, na verdade, de um divã. Não deve ser fácil dirigir um clube que passava talco em seus negros e que os obrigava a entrar pelo portão de serviço, sabendo que além-túnel há outro clube que, por ser o oposto a isso na sua essência, sempre os fez transbordar de ódio e preconceito.

CASACA!

 

Não, nós não aceitamos resignados!

Diego Zangado disse:

Isso ai estou com o Bruno e com o Marcos! É esse silêncio resignado do Casaca é isso mesmo? Nada podemos fazer?
____
Meu caro Diego,

Na minha opinião podemos fazer sim.

O Vasco não caiu para a segunda divisão, foi arremessado para lá pelas arbitragens.

Também na minha opinião a investigação de tudo isso, com imagens, deve parar no STJD, mas o Casaca! não gere o Vasco, embora busque ajudar o Vasco no que estiver a seu alcance.

Faremos um vídeo com todos os erros e lances duvidosos, com comentários de ex-árbitros e posicionamentos da imprensa durante o campeonato. Faremos tudo que estiver ao nosso alcance, como dissemos.

Pode ainda o Vasco se prevalecer do descumprimento de normas e regulamentos de outros clubes? Sim, pode. Seria até uma justiça feita por aquilo que foi tomado do clube.

Mas, na minha opinião, o clube deve brigar para que tudo seja devidamente esclarecido.

Não foi só um prejuízo absurdo ao Vasco. Inédito no Campeonato Brasileiro. Houve favorecimento para os catarinenses e nenhum clube da parte de baixo da tabela teve algo desequilibrado contra si. Muito pelo contrário.

Se fosse uma coisa feita contra o futebol do Rio, Flamengo e Fluminense também teriam sofrido prejuízos ao menos próximos, mas houve equilíbrio entre acertos e erros para ambos.

Volto a dizer: não gerimos o clube, pois se assim o fosse o Vasco já estaria usando sua comunicação e marketing para expandir o absurdo que foi cometido contra ele; sua força institucional e de sua massa torcedora para reverberar e se indignar e ainda sua representatividade (na figura de Eurico Miranda) para questionar a tudo e a todos seriamente.

Durante o campeonato descobriu-se que o vice-presidente da CBF na ocasião, presidente da Federação Catarinense há 30 anos, visitou vestiário de árbitro, que seu filho foi delegado de jogo, foram vistas escalas coincidentes em jogos que beneficiaram clubes de Santa Catarina, o presidente da FFERJ foi a público dizer que havia perseguição contra a arbitragem do Rio e aquele que foi considerado o grande árbitro da competição errou de forma lamentável contra o Vasco na última rodada.

O Vasco precisa acreditar na força de sua torcida, na força de um questionamento da massa ao absurdo cometido contra o clube, o maior prejuízo de arbitragem de sua história no modelo de disputa em pontos corridos, oriundos de erros multiplicados contra si, principalmente nos seus melhores momentos dentro da competição.

Talvez se pense em outro caminho, mas o perigoso é mesmo a aceitação de que tudo bem o prejuízo descomunal ao Vasco ter se dado. É um acinte contra o torcedor do clube e contra o próprio Vasco.

Não foi discurso o que dissemos e eu pessoalmente disse a respeito do motivo da queda do Vasco. Não foi uma fala política.

Não vejo culpa alguma do Vasco em tendo sido prejudicado pela arbitragem da forma como foi no quesito rebaixamento, simplesmente porque do oitavo ao décimo sexto, todos teriam caído, caso sofressem o mesmo prejuízo.

Não concordo com o presidente do clube buscar outros fatores para justificar a injustificável ação da arbitragem no campeonato com 21 erros capitais contra o Vasco e um a favor (para o Globoesporte.com dois), que não trouxeram um ponto sequer ao clube. Catorze lhe foram tomados por conta de apitos e bandeiradas. Não há outro fator para a queda.

Há questões que podem ser tocadas para se descobrir o motivo pelo qual o Vasco não somou 56, 57, 58, 60, 70, 80, 90 pontos, mas 55 não teve computados para si por conta da arbitragem apenas. De ninguém mais.

Abraço,

Sérgio Frias

Vinte e sete exemplos da história de um clube que honra a sua camisa

Ao longo de sua trajetória no futebol, que completa em 2015 100 anos, por muitas vezes o Vasco jogou por outras equipes. Vitórias e empates, com o clube já fora de uma competição, beneficiaram diversos rivais do Rio de Janeiro e equipes de outros estados. Mesmo com chances mínimas num campeonato, como aconteceu em 1975, três dias depois de ter perdido de quatro, o Vasco fez valer a sua camisa e a seu hábito: vencer.

Os lucros e prejuízos da ação cruzmaltina – de enfrentamento dos seus adversários em circunstâncias nas quais pouco lhe importavam os resultados – só vem a demonstrar uma preocupação histórica em fazer-se respeitar, antes de qualquer coisa.

No Campeonato Brasileiro de 2015, o Vasco impôs respeito aos seus adversários, mesmo com os problemas vividos na primeira metade do campeonato. A torcida vascaína e a instituição foram desrespeitadas por arbitragens abaixo da crítica, que nos tiraram 12 pontos na tabela de classificação.

Vitórias contra Internacional-RS no turno, Cruzeiro, Avaí, Chapecoense e São Paulo no returno, mais empates diante de Sport (turno) e Atlético-MG (returno) não estão contabilizados a favor do clube única e exclusivamente pelo fato de as arbitragens terem tirado isso do Vasco com vários erros capitais. Lembrando que até aqui o contrário não ocorreu em 37 rodadas, por mais que setores da mídia procurem desesperadamente achar algum ponto ganho pelo Vasco por conta de apitos ou bandeiradas.

Temos, enfim, história para contar pela conduta do Vasco nestes 100 anos de futebol.

Abaixo os exemplos:

1939: Vasco 2 x 2 Botafogo – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Flamengo

Flamengo e Botafogo disputavam palmo a palmo o campeonato. Faltando dois jogos para o rubro-negro e três para a equipe alvinegra o Fla somava 33 pontos e o Botafogo 30. Por pontos perdidos, portanto a diferença era de apenas um ponto. Fora do campeonato o Vasco tirou um ponto do Botafogo, aumentando a diferença em dois (perdidos) para os últimos dois jogos das equipes que lutavam pelo título. O Flamengo foi o campeão naquele ano.

1941: Vasco 1 x 1 Flamengo – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Fluminense

A três rodadas do fim, Flamengo e Fluminense brigavam ponto a ponto pelo título. Ambos somavam 40 pontos e se enfrentariam na última rodada da competição. O Vasco estava fora. Na antepenúltima rodada, porém, o Flamengo enfrentaria o Vasco. O placar de 1 x 1 ao final do jogo foi importantíssimo para o tricolor, que jogou a última rodada no campo da Gávea precisando apenas do empate. Naquele que ficou conhecido como o “Fla x Flu da Lagoa”, o escore de 2 x 2 deu ao Fluminense o título de bicampeão carioca.

1946 – Fluminense 2 x 3 Vasco – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiados: Flamengo, Botafogo e América

A duas rodadas do fim, Fluminense, Flamengo e América dividiam a liderança do Campeonato Carioca com 24 pontos.

No sábado o Flamengo vencera o Bonsucesso por 10 x 0, em Teixeira de Castro, enquanto o América derrotara em seu campo o Madureira por 7 x 1. No domingo, então, no estádio das Laranjeiras, o Fluminense precisaria vencer para seguir empatado com os demais. O Vasco, entretanto, derrotou o tricolor por 3 x 2, pondo no páreo o Botafogo, agora junto com o Fluminense, ambos dois pontos atrás de Flamengo e América.

Na última rodada o Flu derrotou o Flamengo, o Botafogo venceu o América e com as quatro equipes empatadas partiu-se para um Supercampeonato, tendo sido o Fluminense campeão ao final da disputa.

1953 : Vasco 2 x 1 Botafogo – Torneio Octogonal Internacional Rivadávia Corrêa Meyer (torneio que sucedeu a Copa Rio, disputada em 1951 e 1952)

Beneficiado: Fluminense

Vitória que pôs o Fluminense nas semifinais e eliminou o Botafogo (o alvinegro precisava apenas do empate para seguir na competição).

1954: Vasco 1 x 0 Fluminense – Torneio Rio-SP (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Corínthians

Vitória na última rodada do Torneio Rio-SP que deu o título ao Corínthians e o tirou do Fluminense.

1955: Vasco 0 x 0 Portuguesa-SP – Torneio Rio-SP (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Palmeiras

Uma vitória da Lusa no Maracanã proporcionaria a ela o título do Torneio Rio-SP, independentemente dos últimos dois resultados do Palmeiras, que passaria a ter dois jogos a menos que a Portuguesa, após a partida. Com o empate o Palmeiras teve chance de chegar a uma disputa extra com a Portuguesa, o que, de fato, ocorreu. No fim a Lusa se sagrou campeã.

1962: Vasco 1 x 1 Flamengo – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Botafogo

Na penúltima rodada da competição, com o Vasco fora do campeonato, a diferença do Flamengo, líder, para o Botafogo, vice-líder, era de dois pontos a favor do Fla. Com o empate e a vitória do Botafogo contra o Fluminense na mesma rodada a vantagem rubro-negra caiu para um ponto. Na última rodada o Botafogo venceu o Flamengo por 3 x 0 e se sagrou bicampeão carioca.

1964: Vasco 1 x 1 Fluminense – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiados: Flamengo e Bangu

A duas rodadas do fim o Flamengo liderava a competição com 32 pontos, seguido pelo Bangu com 31 e o Fluminense com 30, mas um jogo a menos. Por pontos perdidos, portanto, Fla e Flu estavam na liderança e o Bangu um ponto atrás.

Enquanto Bangu e Flamengo venceram seus jogos na penúltima rodada, o Vasco empatou com o Fluminense deixando o rubro-negro a uma vitória do título na última rodada.

O jogo atrasado do tricolor foi jogado e vencido, o da última rodada também, o Bangu, por sua vez conquistou mais uma vitória na rodada derradeira e ambos foram beneficiados pela vitória do Botafogo sobre o Flamengo na mesma rodada, que proporcionou a Fluminense e Bangu disputarem uma melhor de três para decidir o título, ganho pelo Fluminense.

1969 – Vasco 1 x 1 Flamengo – Campeonato Carioca (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Fluminense

A três rodadas do fim o Fluminense tinha 24 pontos na tabela e o Flamengo 23. Na rodada seguinte as duas equipes se enfrentariam. Mesmo fora do campeonato, o Vasco empatou em 1 x 1 com o Flamengo, ajudando a que o tricolor abrisse dois pontos de vantagem a duas rodadas do fim. Na semana seguinte o Fluminense derrotou o Flamengo por 3 x 2, sagrando-se campeão carioca.

1975 – Vasco 2 x 0 Nacional-COL – Taça Libertadores (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Cruzeiro

O Cruzeiro terminaria sua participação na primeira fase da Taça Libertadores, mas se via na mão do Vasco, clube que vencera no Mineirão logo na primeira rodada do certame com um pênalti no último minuto e um sentimento de revanche pela perda do Campeonato Brasileiro do ano anterior.

Para o Vasco a partida da última rodada não servia para nada.

No mesmo estádio onde 18 dias antes havia sido matematicamente eliminado contra o próprio Cruzeiro o sentimento até mesmo de seus torcedores beirava o desdém em São Januário.

A equipe mineira precisava vencer em casa o Deportivo Cali, outro colombiano do grupo, e torcer para o Vasco ao menos empatar com o Nacional para disputar uma partida extra diante do próprio Nacional.

Mas o Vasco fez o serviço completo para o Cruzeiro. Vitória mineira em Belo Horizonte por 2 x 1 e cruzmaltina em São Januário pelo placar de 2 x 0. Com isso a vaga (a única do grupo) foi para a equipe cruzeirense.

1975: Vasco 2 x 0 Botafogo – Campeonato Carioca – Triangular Final:

Beneficiado: Fluminense

Após ser derrotado pelo Fluminense por 4 x 1 na primeira rodada do triangular final, o Vasco encerraria sua participação precisando de um placar elástico sobre o Botafogo (no mínimo três gols de diferença) para ao menos ter condições matemáticas de obter um tríplice empate, considerando que o Botafogo, na rodada seguinte, fosse vencer o Fluminense por três gols de diferença.

Mesmo diante de um quadro extremamente desfavorável, o Vasco derrotou o Botafogo por 2 x 0, praticamente dando o título ao tricolor, que entrou para a partida com o Botafogo podendo perder pela diferença de três gols e ainda assim erguer a taça, como de fato ocorreu apesar da vitória alvinegra por 1 x 0 na ocasião.

1978: Vasco 2 x 2 Botafogo – Campeonato Carioca – 1º Turno (Vasco fora da disputa)

Beneficiados: Flamengo e Fluminense

Empate que tirou qualquer chance de o Botafogo vencer o 1º turno do Estadual e pôs o Flamengo com a mão na taça, podendo, a partir daí, perder por até 4 gols de diferença do Fluminense no dia seguinte (um domingo) e ainda ser campeão. Embora beneficiado por tabela, o tricolor se viu diante de uma dificílima situação, mas com chances matemáticas.

O Flu venceu por 2 x 0 na ocasião e a vitória tricolor, caso o Botafogo vencesse o Vasco no dia anterior (o Vasco já estava fora), daria o turno ao alvinegro.

1979: Vasco 1 x 0 Fluminense – 1º Turno do Campeonato Carioca Especial (Vasco fora da disputa)

Beneficiados: Flamengo e Botafogo

Flamengo, Fluminense e Botafogo estavam empatados em número de pontos na competição. O Vasco estava fora.

No primeiro quesito de desempate, saldo de gols, Flamengo e Fluminense tinham 18 e o Botafogo 17. No segundo critério de desempate (número de gols pró) o Fluminense tinha 25, o Flamengo 22 e o Botafogo 19. Ou seja, uma vitória simples do Fluminense no sábado obrigaria o Flamengo a uma vitória por no mínimo dois gols de diferença sobre o Botafogo, ou do Botafogo por no mínimo três gols de diferença sobre o Flamengo (abrindo nós mão de considerar uma vitória do Flamengo sobre o Botafogo por 5 x 4 ou do Botafogo sobre o Flamengo de 8 x 7).

No sábado o Vasco enfrentou o Fluminense, o venceu e o eliminou. No domingo, Flamengo e Botafogo disputaram o título, cabendo o empate ao rubro-negro para vencê-lo. O rubro-negro venceu por 3 x 0 e levantou a taça.

1979: Vasco 3 x 2 Fluminense – Campeonato Carioca – 3º Turno (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Flamengo

Um empate entre Vasco e Fluminense no sábado daria chance a que o Botafogo no domingo disputasse diretamente o título contra o Flamengo na última rodada da competição, isto porque se Vasco ou Fluminense vencesse haveria, no caso de vitória do Botafogo sobre o Flamengo, um empate tríplice e o regulamento previa que numa situação dessas o Flamengo seria o campeão por ter vencido os dois turnos anteriores. A vitória do Vasco (de virada) deu matematicamente o título ao Flamengo.

1980 – Vasco 5 x 1 Gama-DF – Campeonato Brasileiro

Beneficiado: América-RJ

Já classificado por antecipação para a segunda fase da competição o Vasco enfrentaria o Gama-DF na última rodada numa partida até certo ponto desinteressante. Ocorre que o América fazia péssima campanha até ali e atuaria em Curitiba contra o Coritiba, líder do grupo. A equipe americana estava empatada na tabela com o time do Distrito Federal (6 pontos cada), mas tinha uma vitória a mais. O triunfo vascaíno contra seu adversário direto garantiria a vaga, independentemente de seu resultado no Paraná. O América perdeu para o Coritiba por 1 x 0, mas foi salvo pelo Vasco, que aplicou uma goleada de 5 x 1 no Gama, classificando os rubros para a 2ª fase do Campeonato Brasileiro daquele ano.

1982 – Vasco 3 x 1 Santos – Torneio dos Campeões – 2º turno – Fase de grupos (Vasco fora da disputa)

Beneficiados: Guarani e São Paulo

O segundo turno do grupo onde se encontrava o Vasco, contava ainda com a presença de São Paulo, Santos, Guarani e Botafogo. O São Paulo liderava com 5 pontos ganhos, mas não atuaria mais, enquanto Guarani e Santos (ambos com quatro pontos) jogariam contra Botafogo e Vasco no Rio de Janeiro. No sábado o Vasco, mesmo eliminado da competição, desclassificou o Santos, derrotando-o pelo placar de 3 x 1. No fim das contas a vaga ficaria com o Guarani, que empataria com o Botafogo no domingo e derrotaria o São Paulo numa partida extra por 1 x 0, em São Paulo. A equipe bugrina chegaria à decisão do torneio, sendo derrotada pelo América-RJ na final.

1984 – Vasco 1 x 0 Uberlândia – Campeonato Brasileiro

Beneficiado: Coritiba

A situação da equipe do triângulo mineiro era relativamente cômoda. Só perderia a vaga para os play-offs do Brasileirão 1984 caso fosse derrotada pelo Vasco em São Januário e o Coritiba sobrepujasse o Fortaleza no Paraná, ou então se empatasse com a equipe cruzmaltina e o Coritiba obtivesse a vitória com um saldo de dois gols de diferença sobre o tricolor cearense. Até os 38 minutos do 2º tempo o time mineiro garantiu o empate, mas Roberto Dinamite, de cabeça, acabou com o sonho da equipe de Vivinho e cia. O Coritiba venceu o Fortaleza por 2 x 1 e se classificou em segundo no grupo (a primeira colocação já estava garantida antecipadamente pelo Vasco).

1984: Vasco 0 x 0 Fluminense –Carioca– Taça GB (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Flamengo

A três rodadas do fim, Fluminense e Flamengo estavam empatados com 15 pontos ganhos, mas o Fluminense tinha um jogo a menos, contra o Vasco. O empate em 0 x 0 fez a distância diminuir para um ponto apenas e na rodada seguinte um novo empate tricolor contra o Volta Redonda fez o Fla x Flu decisivo do turno ser disputado com as equipes em igualdade de condições. O Flamengo venceu por 1 x 0 e foi o campeão da Taça GB daquele ano.

1989: Vasco 2 x 1 Flamengo – Campeonato Carioca – Taça Rio (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Botafogo

Com a vitória o Vasco (que já estava fora do campeonato) deu de bandeja o título para o Botafogo de campeão da Taça Rio (após 13 anos sem que o clube tivesse conquistado um único turno). O alvinegro precisava que o Vasco ao menos empatasse o jogo para não ter de decidir a Taça Rio num jogo extra diante do Flamengo (que já havia sido o campeão da Taça GB). Na disputa final pelo título de campeão o Botafogo levou a melhor sobre o Flamengo, saindo da fila que já durava 20 anos.

1992: Vasco 3 x 0 São Paulo – Campeonato Brasileiro

Beneficiados: Flamengo e Santos

O São Paulo precisava de uma vitória simples sobre o Vasco para se classificar à decisão do Campeonato Brasileiro, independentemente de outros resultados. Flamengo e Santos, que se enfrentariam no Maracanã, dependiam de uma vitória simples no confronto, mas o rubro-negro precisava que o São Paulo ao menos empatasse com o Vasco e o Santos que o Vasco vencesse a partida. Mesmo com o placar em certo momento das duas partidas assinalando Vasco 2 x 0 São Paulo e Flamengo 2 x 0 Santos, não houve qualquer mudança no planejamento cruzmaltino (que precisava vencer e de um empate entre Flamengo e Santos na outra partida para se classificar). Mais um gol foi marcado em São Januário, fechando o placar em 3 x 0. No Maracanã o Fla venceu o Santos por 3 x 1 no fim das contas e se classificou à final do Campeonato Brasileiro, competição na qual foi campeão, derrotando o Botafogo na decisão.

1996: Vasco 4 x 2 Criciúma – Campeonato Brasileiro (Vasco fora da disputa)

Beneficiado: Fluminense

A três rodadas do fim o Fluminense brigava contra Bahia e Cricíuma para não terminar entre os dois últimos na competição. A situação na tabela era a exposta abaixo:

Bahia: 19 pontos

Criciúma: 19 pontos

Fluminense: 18 pontos

O Vasco venceu o Criciúma, o Flamengo jogou tudo no Fla x Flu para derrotar o tricolor e o Bahia perdeu para o Paraná.

Dali por diante, Criciúma e Bahia passearam contra o Flamengo, o Vasco vendeu caro a derrota para a equipe da Boa Terra por 3 x 2, com nove em campo e um pênalti duvidoso marcado contra si a três minutos do fim, e o Atlético-PR, já classificado, perdeu em casa diante do Criciúma na última rodada, para delírio da galera atleticana, que via a derrota como vingança pelo tratamento recebido pelos atletas do clube em partida realizada duas semanas antes nas Laranjeiras, mais especificamente o dado a seu goleiro, Ricardo Pinto, ex-arqueiro tricolor.

O Fluminense venceu Juventude e Vitória, mas não contou com a colaboração de seu ente querido, Flamengo, para permanecer na Série A, apesar da ajuda do Vasco na antepenúltima rodada.

1997 – Vasco 3 x 1 Bahia – Campeonato Brasileiro

Beneficiados: Bragantino, Criciúma, Fluminense e Guarani

A situação do Fluminense na penúltima rodada do Campeonato Brasileiro era desesperadora. Poderia cair naquela rodada caso não derrotasse o Juventude fora de casa. Podendo chegar aos 27 pontos apenas, o time estava na antepenúltima colocação com 21. À sua frente se encontravam Cruzeiro com 27, Bahia com 25, Bragantino com 23, Criciúma com 23. Atrás o Guarani, com 19 mas um jogo a menos. Eram três vagas para seis equipes.

O Flu não fez sua parte (apenas empatou com o Juventude), mas o Vasco fez a dele, derrotando o Bahia por 3 x 1.

Na ocasião o Vasco já estava classificado matematicamente para os play-offs e em primeiro lugar na classificação geral. O jogo, portanto, não servia de nada para a equipe cruzmaltina.

Com o empate do Cruzeiro, a vitória do Bragantino e o empate do Fluminense, este não teve mais como alcançar Cruzeiro e Bragantino (número de pontos) e Bahia (número de vitórias), caindo matematicamente na penúltima rodada da competição.

2004 – Vasco 1 x 0 Atlético-PR – Campeonato Brasileiro 

Beneficiado: Santos

A vitória vascaína tirou do Atlético-PR a liderança do Campeonato Brasileiro e a entregou ao Santos na penúltima rodada da competição. O Santos foi o campeão naquele ano.

2005 – Atlético-MG 0 x 0 Vasco – Campeonato Brasileiro 

Beneficiados: Coritiba, Ponte Preta e São Caetano.

O Atlético-MG teria que vencer as suas últimas duas partidas para não cair e torcer para que a Ponte Preta perdesse ambas, ou contar com outros resultados negativos de Coritiba e São Caetano, que se enfrentariam na mesma rodada. Em São Paulo o Corínthians derrotou a equipe campineira, São Caetano e Coritiba empataram (melhor resultado naquelas circunstâncias), mas no Mineirão o Vasco empatou com o Atlético-MG, rebaixando matematicamente o Galo.

2007: Corínthians 0 x 1 Vasco – Campeonato Brasileiro

Beneficiado: Goiás

A vitória do Vasco obrigou a que o Corínthians vencesse na última rodada o Grêmio no Olímpico, combinado com outro resultado para não cair, o que não foi possível para a equipe paulista.

2012: Boavista 0 x 1 Vasco – Campeonato Carioca

Beneficiado: Fluminense

Na rodada derradeira da 1ª fase da Taça Guanabara o Boavista disputava a última vaga do grupo diretamente com o Fluminense. A equipe de Saquarema só dependia dela. Bastava vencer o Vasco (que já tinha garantida a sua vaga e o primeiro lugar do grupo) para chegar às semifinais. Enquanto o Fluminense vencia o Bangu por 3 x 0 em São Januário, o Vasco derrotava o Boavista por 1 x 0 no Engenhão, dando de bandeja a vaga para o Flu, que seria depois campeão da Taça GB derrotando o próprio Vasco na decisão (3 x 1) e posteriormente vencendo o Botafogo (campeão da Taça Rio) na final do campeonato, disputado em dois jogos (4 x 1 e 1 x 0).

2012: Vasco 1 x 1 Atlético-MG – Campeonato Brasileiro

Beneficiado: Fluminense

O título do Fluminense era questão de tempo, mas poderia sair a quatro rodadas do fim, caso ele vencesse o Palmeiras (resultado que rebaixaria a equipe paulista) e o Vasco não perdesse para o Atlético-MG em casa. Mesmo vindo de seis derrotas consecutivas o Vasco empatou com os atleticanos (apesar de garfado pela arbitragem), antecipando a festa do Flu.

Casaca!

E chegou a vez do Coritiba

O Vasco permanece fazendo a sua parte na reação iniciada desde a partida contra a Ponte Preta. Foram 6 vitórias, 6 empates e apenas uma derrota, mas deveriam ser 10 vitórias, caso apitos e bandeiradas não influenciassem diretamente no resultado das partidas.

Neste período, vimos Goiás, Avaí e Chapecoense sendo “puxados” por resultados obtidos por conta da arbitragem

Na rodada passada o escândalo foi a favor do Figueirense (até então relativamente equilibrado no quesito arbitragem, entre erros e acertos) e hoje o benefício escancarado foi para o Coritiba. Houve pênalti claro não marcado pela arbitragem a favor do Santos, já na segunda etapa, na frente do apitador, ignorado pelo próprio (lance rigorosamente igual a uma falta fora da área marcada no primeiro tempo do jogo). Com isso o time paranaense teve facilitada a sua vida na partida.

E lá se vão 36 rodadas sem que o Vasco tenha um benefício de arbitragem a seu favor, que lhe tenha feito ganhar um ponto sequer (é o único clube na competição com esta estatística), enquanto tomados lhe foram 12 pontos, por conta da arbitragem.

Tirem 12 pontos de Flamengo ou Fluminense e vejam em que lugar estariam na tabela. Façam o mesmo com Cruzeiro e Palmeiras. Todos figurariam na zona da degola.

Sobre o jogo contra o Joinville, a equipe foi muito bem no primeiro tempo, mas acomodada no segundo. Diante de um adversário praticamente morto em campo, poderia ter investido na velocidade e em troca de peças para matar o jogo e construir uma goleada. Tomou um gol bobo, após falhas sequenciais de sua defesa, a partir dos 30 minutos da segunda etapa; Jorginho manteve Nenê em campo já sem condições, não fez entrar Rafael Silva no time, demorou a pôr Bruno Gallo no jogo e não houve qualquer manifestação à comissão técnica que diante das circunstâncias o Vasco poderia, com mais dois gols de vantagem na segunda etapa, ter encostado de vez no Avaí neste quesito, que é fator de desempate na classificação geral.

Domingo que vem o Vasco tem uma partida decisiva diante de suas pretensões no campeonato. A vitória contra o Santos é fundamento para qualquer coisa, independentemente de outros resultados.

O Figueirense perdeu uma grande oportunidade de garantir sua permanência na Série A e não vencendo o São Paulo no Morumbi na próxima rodada deve se ver obrigado a derrotar o Fluminense em seu estádio na última. A equipe catarinense não derrota qualquer adversário em seus domínios desde o dia 14 de outubro, quando venceu nosso freguês Flamengo por 3 x 0. De lá para cá foram dois empates e uma derrota e nenhum gol marcado. A dúvida de alguns é sobre o papel a ser exercido pela equipe das Laranjeiras na partida. Espera-se que seja algo decente, pois hoje, tendo de ganhar, o Avaí (apesar de um pênalti não marcado para o Flu quando ainda estava 0 x 0) não foi páreo.

Já o Corítiba pega o time reserva do Palmeiras, mas fora de casa. Não é tarefa simples obter uma vitória. O Cruzeiro no sábado não conseguiu.

Quanto ao Avaí, vencer no domingo que vem é até plausível, mas o Corínthians na última rodada, em São Paulo, improvável.

Caso as arbitragens não nos fossem prejudiciais (contando apenas os pontos que nos foram tungados na segunda metade da competição) a equipe estaria hoje na vice liderança do returno, atrás apenas do campeão Corínthians, protagonista de uma goleada histórica contra o São Paulo neste domingo, mas longe de conseguir nos derrotar no Rio, mesmo com um a mais em campo boa parte da segunda etapa.

O Campeão Carioca de 2015, rei dos clássicos no Rio de Janeiro e que possui em seus quadros hoje o melhor atleta em atividade na cidade (Nenê) deve buscar investigações sérias devido às enormes coincidências ocorridas contra o clube e seus torcedores, afinal os vascaínos não pagam ingressos e assinaturas de TV para verem seu time ser fragorosamente prejudicado pelas arbitragens, numa vergonha sem precedentes.

Respeito o Vasco mostrou ter voltado, pois encarou, na figura de seu presidente, um julgamento no STJD e expôs as verdades, vistas de forma nítida por todo o Brasil, dos prejuízos causados ao clube na competição. Não houve omissão e ficou de haver investigação.

O escândalo ocorrido na partida Figueirense x Ponte Preta só vem a demonstrar que ainda não se sentiram incomodados, ou constrangidos os responsáveis por sorteios e escalações de arbitragem. Permanece a repetição dos erros cometidos direta ou indiretamente contra a maior vítima da arbitragem neste campeonato: o Vasco.

Sigamos em frente.

Sérgio Frias

À MÍDIA: QUEM NÃO TE CONHECE QUE TE COMPRE!

 

Bom dia amigos!

Observando as notícias desta semana veiculadas pela mídia convencional, mais compreendo a luta para que uma Instituição como o Vasco teve que realizar para fincar suas históricas raízes no esporte brasileiro.

Depois de a nova administração assumir uma terra arrasada no fim do ano passado, com 2 (dois) meses de salários atrasados, verbas adiantadas, vinte e tantos caminhões de lixo só na sede de São Januário e com atletas com salários incompatíveis para seu rendimento, o Vasco hoje, com extrema dificuldade, vem honrando seus compromissos.

O Vasco tem sido claramente prejudicado pelas arbitragens, os “investigadores” nada falam, ao contrário, silenciam. Em que pé está a investigação prometida pelo STJD? Nada contra o órgão jurisdicional, mas porque a mídia não levanta estas informações? Se as visitas ao vestiário da arbitragem fossem em São Januário, por parte da diretoria do Vasco, como será que esta mídia estaria tratando o assunto?

Nas eleições do Vasco, há cobertura nacional, e se pudessem, até online. Nas eleições do rival, em que até um candidato levantou suspeitas sobre o caso da Portuguesa-SP, não falam nada.

Criticam o nosso estádio, que para eles é hostil e perigoso, mas não falam absolutamente nada a respeito do que o Vasco suportou no fatídico dia de seu rebaixamento em 2013, em Joinville, quando sequer segurança havia lá.

Criticam o preço dos ingressos, mas não falam que foram todos vendidos.

Criticam a suposta “falta de estrutura” do Vasco, mas não falam que Jorge Henrique, por exemplo, foi tratado em tempo recorde e já estava em campo no último jogo contra o Corinthians.

Criticaram também, o nosso valente time, que só não venceu o melhor do campeonato – com o dobro de arrecadação que tivemos – porque estava com menos um em campo; sendo certo que o primeiro cartão amarelo para Rodrigo foi um claro exemplo de como beneficiar o infrator, já que o adversário corintiano estava retardando o jogo.

Assim, as investigações são seletivas, o que demonstra que a inquietude e o que significa o verdadeiro espírito Vascaíno são os eternos alvos daqueles que insistem em nos colocar em patamar inferior ao que merecemos.

Enfim, quanto à situação na tabela, é óbvio que é difícil, mas não impossível. Sosseguem vossas cornetas, pois ainda dá. E se houver lisura por parte das equipes e da própria arbitragem, certamente nos salvaremos, para desgosto da mídia e de até alguns pseudo-Vascaínos.

Se houve erros ou não, isto é coisa pra se discutir depois. O resultado não está sacramentado. Agora é hora de apoiarmos o nosso Vasco, que está sendo reconstruído.

Até a próxima!

Dez contra onze, onze contra Doze

O Vasco jogou na última quinta-feira contra a melhor equipe da competição e por pouco não venceu com 10 jogadores em campo.

Nas últimas 12 rodadas, desde o início da reação vascaína na competição, o que se viu porém foi o Vasco ser posto para baixo de todas as formas possíveis.

Achei curiosíssimo o presidente do Figueirense vir a público criticar a ação do nosso clube em questionar a escandalosa arbitragem contra a Ponte Preta na última quarta-feira e a favor do time catarinense.

A fala do presidente catarinense coincide com a declaração do representante maior da Chapecoense após o jogo contra o Vasco há pouco mais de um mês.

Tudo parece mesmo ensaiado diante da imoral ajuda dada aos catarinenses no Campeonato Brasileiro de 2015.

O próprio Figueirense, que esteve longe de ser um dos mais ajudados na competição até antes da rodada passada, foi operado contra o Avaí no Orlando Scarpelli, em jogo no qual o seu rival venceu por 1 x 0, em função da arbitragem. Aliás uma sequência também muito curiosa do time avaiano nas 10 primeiras rodadas do returno. Ajudado pelo apito em cinco delas e, claro, contra o Vasco na referida sequência.

No turno a equipe azul e branca já havia sido favorecida pela arbitragem, mas mesmo assim o Vasco conseguiu vencer em São Januário.

A parte hipócrita da imprensa permanece fingindo que os prejuízos ao Vasco não estão acontecendo e não fazem a diferença na tabela.

A última matéria que tratou do tema há 11 dias tentou criar uma igualdade de erros contra e a favor do Vasco na competição. Como apenas a equipe cruzmaltina teve três pênaltis contra si mal marcados, a tática foi fingir que o primeiro da partida contra o Goiás no returno (aquela na qual o bandeira Alex Ang Ribeiro definiu a favor da equipe da casa em menos de 20 minutos) fora bem assinalado.

De três pênaltis mal marcados contra o Vasco passa-se a dois e é questionado um pênalti marcado a favor da equipe cruzmatina no jogo do turno contra a Ponte Preta, embora o infrator não tenha esboçado reclamação no lance (certamente em nome do fair play), segundo narrador e comentarista do jogo pontuaram no lance (mantendo ambos uma dúvida sobre a existência da penalidade). Pronto: tudo equilibrado.

E assim segue o barco.

São 35 rodadas e nenhum ponto ganho pelo Vasco por conta da arbitragem. Nenhum. Doze contra. Doze!

Pergunte ao presidente do Figueirense quais doze pontos seu clube reclama da arbitragem para podermos balanceá-los com os benefícios. Está feito o desafio. Lances capitais que determinaram o ganho e as perdas de pontos da equipe na competição.

Repetindo: a arbitragem do jogo Ponte Preta x Figueirense foi um escândalo a favor da equipe visitante.

Agora vamos ao jogo Vasco x Corínthians da última quinta-feira.

A arbitragem não errou um lance de lateral sequer a favor do Vasco; ignorou entrada dura de um atleta corintiano em Riascos, por cima da bola; não viu cotovelada de outro jogador da equipe visitante em Rodrigo na área do Vasco; aplicou cartão amarelo em Rodrigo após lance no qual cabia a reclamação do zagueiro pela não aplicação do mesmo cartão ao atleta corintiano; na segunda etapa ignorou um escanteio a favor do Vasco dando tiro de meta. Nenhum erro capital, mas interpretações notoriamente benéficas ao time paulista.

Este modelo de arbitragem “na dúvida contra o Vasco”, percorre o século XXI, desde 2001, de forma mais escancarada (com a exceção de raros anos neste período). A torcida do Vasco protestou em 2003, 2004, 2008 e 2012 (em 2011 fomos nós e o presidente do Conselho de Beneméritos, de forma clara e evidente), mas hoje ela própria parece conformada.

Atlético-MG e Fluminense, duas vezes cada um, passaram por situações parecidas com a do Vasco nos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011, ou seja, fizeram um péssimo primeiro turno (15, 16 pontos) e em três oportunidades nem precisaram dos pontos da última rodada da competição para se livrarem do rebaixamento. Ressalte-se que no turno deste ano o Vasco foi tungado em três pontos por obra e arte das arbitragens.

A força de um clube grande garante a recuperação com alguns acertos e reavaliações para a hora da virada. Mas nem Atlético, muito menos o Fluminense foram garfados como o Vasco está sendo em 2015, pois se fossem teriam caído nas quatro oportunidades. E outros clubes grandes também, em outros anos, como Botafogo e Flamengo em 2004, por exemplo.

A atuação da arbitragem contra o Vasco é absolutamente indecente no ano de 2015 e as coincidências, sobrepostas umas às outras, são a ratificação disso.

O time luta por mais três vitórias para escapar da queda e mostrou futebol no returno para isso, desde a quinta rodada, com as entradas de Julio Cesar e Bruno Gallo na equipe. De lá para cá foram 12 jogos e apenas uma derrota. Oito pontos tirados do Vasco pela arbitragem, que impediram quatro vitórias a mais na tabela (contando, repetindo, só o período da reação). Tirem 12 pontos de Flamengo e Fluminense e vejam qual seria a situação deles na tabela.

E a imprensa, em sua maioria, é culpada por se omitir, não investigar, dar de ombros, não comentar com a ênfase necessária, fingir haver um equilíbrio entre erros e acertos, esconder os fatos, ignorar os escândalos.

Há 10 anos tivemos um vergonhoso Campeonato Brasileiro, maculado com a anulação de vários jogos.

Que se investigue na competição atual o porquê de um clube específico ter tido tantos prejuízos simultâneos, no momento em que reagia, enquanto reações de catarinenses se deram por diversas vezes com a ajuda da arbitragem em lances capitais.

Para os que já haviam jogado a toalha antes da partida contra a Ponte Preta no returno, para os que torcem contra, os que desistiram depois da derrota contra o Fluminense, ou agora, e à nação arco íris, devidamente posta de quatro neste ano (não houve o tapa de mão aberta {cinco de novo} em função da arbitragem na partida de volta da Copa do Brasil) podem continuar com suas teses e choros (vocês sim choram – e os rubro-negros com motivo). A situação atual do Vasco, contabilizando erros e acertos seus, é fruto único, exclusivo e evidente das arbitragens contrárias ao clube em todo o decorrer da competição.

Querem discutir planejamento, troca de técnico, contratações? Ok. Mas com o Vasco somando 46 pontos. E isso porque damos uma colher de chá, sem incluir outro escândalo ocorrido a favor do Goiás no returno (não para o Globoesporte.com, claro), considerando o placar dilatado na ocasião para a equipe goiana.

Sigamos em frente.

Sérgio Frias

Ouça o PodCast do CASACA! de 12.11.2015

Ouça o PodCast do CASACA! que foi transmitido Ao Vivo em 12/11/15 com participação de Sérgio Frias, Leonardo Miranda e Rodrigo Alonso.

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Quarenta e dois

Respondendo a alguns da Turma do Ódio esta semana em minha coluna, vi como a baba que lhes escorre pelas respectivas bocas, os põe na condição que invariavelmente defendi neste espaço por seis anos e tanto, enquanto oposicionista da pior administração da história do Vasco. São primordialmente contra Eurico Miranda. O Vasco vem depois.

Não bastasse a mídia ter que se calar para não admitir, investigar, veicular,  gritar pelo jogo limpo, ética no esporte, etc… a infantaria dela própria, que pega em “armas” para tentar defender o indefensável, materializado em doze, sim eu disse DOZE pontos tirados do Vasco pela arbitragem (excluindo aí a operação sem anestesia sofrida pelo time cruzmaltino na partida do returno contra o Goiás, curiosamente apitada e bandeirada pelos mesmos Luiz Flavio de Oliveira e Alex Ang Ribeiro que arbitrarão neste fim de semana Flamengo x Goiás) é hoje constituída de… vascaínos.

O Goiás, por sinal, teve quatro pontos a mais dados para si em função das arbitragens no Campeonato Brasileiro. O brilhante Avaí ganhou de presente cinco e a super Chapecoense seis. Pela ordem são as três equipes mais beneficiadas da competição, à frente do Corínthians, virtual campeão, neste quesito.

Se simplesmente a arbitragem não fosse favorável aos clubes acima, a Chapecoense hoje teria 34 pontos, Avaí e Goiás 30 pontos. E, para completar, o espetacular Joinville 28. O Vasco 42.

Qualquer time do décimo para baixo, que perdesse 12 pontos estaria na zona de rebaixamento e o nono a um ponto dela. Imaginem o Palmeiras, finalista da Copa do Brasil, sem saber o que fazer. Priorizaria a decisão contra o Santos entre a antepenúltima e a penúltima rodada da competição ou daria de bandeja o título para o peixe a fim de escapar?

Nenhum clube no atual campeonato, com a exceção, é claro, do Vasco perdeu mais do que três pontos na balança de erros e acertos contra si. Ou seja, o Vasco perdeu o quádruplo disso.

A imprensa antes mandava o torcedor vascaíno agir conforme seus anseios, hoje basta jogar um ossinho que o torcedor cruzmaltino vai ávido abocanhá-lo.

Os argumentos que mais giram nas redes sociais, úteis para obnubilar quem prejudica o Vasco de forma evidente são: um clube que faz 13 pontos no turno não tem justificativa para não cair, ou ainda “um clube que perde para Coritiba e Figueirense em casa e empata com o Joinville merece cair”.

Ocorre que o Vasco fez 13 e não 16 pontos no turno, justamente em função da arbitragem diria eu num debate contra alguém que resolvesse argumentar isso. Certamente o interlocutor diria: “13 ou 16 tanto faz. É em função da campanha do turno que o Vasco está nesta situação”. Infelizmente para muitos, os argumentos caem por terra se simplesmente voltarmos nossos olhos para a história recente do próprio Campeonato Brasileiro.

A partir de 2006 o modelo de pontos corridos passou a contar com 20 equipes. Fluminense em 2009 e Atlético-MG em 2011 encerraram o turno com apenas 15 pontos ganhos. O Galo nem precisou dos pontos das últimas duas rodadas do certame para se manter na primeira divisão e o Fluminense – sem qualquer prejuízo de arbitragem no momento da reação iniciada a nove rodadas do fim – também se manteve na elite do futebol. O Flu, em 2008, terminou o turno com 16 pontos e já estava virtualmente mantido na Série A na última rodada daquele campeonato. Em 2010 o Atlético-MG fez 17 no turno e não precisou dos pontos das últimas duas rodadas para se manter na primeira divisão. Dos grandes o único que fez campanha similar aos clubes citados no turno de um campeonato foi o Palmeiras em 2012, campeão da Copa do Brasil no mesmo ano e que caiu de divisão naquela temporada.

O outro argumento se pulveriza diante da própria história do Vasco. Em 2004 o Vasco perdeu no turno para o Criciúma em casa, Guarani em casa e empatou com o Grêmio em casa. Todos caíram e o Grêmio foi o lanterna. Naquele campeonato o Vasco, ao final da competição, teve como balanço derradeiro seis pontos tirados de si por conta da arbitragem e não precisou dos pontos das três últimas rodadas da competição para permanecer na Série A, embora matematicamente tenha resolvido sua situação na penúltima rodada. Mas se o clube ao invés de ter sido prejudicado em seis o fosse em 12 pontos, cairia.

E aí, como não existem mais argumentos objetivos, fala-se que a atual situação do Vasco ocorre em virtude de uma falta de planejamento (como se o de Flamengo e Fluminense este ano tivessem sido mais responsáveis que o do Vasco), da contratação tal, da negociação tal, do técnico tal, do estádio tal. Relembrando que tanto Fla como Flu estariam na zona de rebaixamento caso fossem tungados em 12 pontos por conta das arbitragens.

Numa ação torpe como essa contra o clube, proporcionada pelas arbitragens, deflagradas pelo presidente do Vasco, postas e expostas perante o STJD, evidenciadas nas mentiras de pernas curtas do vice-presidente da CBF, não há nenhuma manifestação em massa, em uníssono contra o prejuízo absurdo sofrido pelo Vasco, minimamente constrangedor para quem se diz honesto, ético, justo e motivo de um silêncio vergonhoso, vexatório da mídia convencional.

Mas tudo isso me faz lembrar de um texto escrito em fevereiro/março de 2007, num desses sites do MUV, quando a sigla vivia a ânsia de um golpe que a pusesse no poder para obter a chave do cofre e pudesse, com sua grande perspicácia, rebaixar o Vasco em todos os sentidos, aumentar a dívida do clube em 400 milhões (após ter recebido em nome do clube outros 400).

O texto chegou ao Casaca! em 2009  (identificado o mês e ano do original por relatos de um jogo), porque alguém considerou que naquele momento, no qual fazíamos uma crítica aberta ao presidente do Vasco pelo fato deste ter dito que a conquista do Campeonato Brasileiro pelo Flamengo seria boa para o futebol carioca, era o propício para reeditá-lo e assim a mensagem nos foi enviada, numa matéria em que comparávamos a postura do Corínthians diante do São Paulo, na luta deste último pelo Tetra Campeonato Brasileiro na ocasião.

Por mais incrível que possa parecer o texto dizia que o Vasco estava fazendo a sua torcida passar vergonha porque perdera nos pênaltis para o Flamengo a vaga a final da Taça GB de 2007. Ele também cravava que a estatística era favorável ao rubro-negro na ocasião, a partir de 2001 (embora desde aquele citado ano o Vasco tivesse vencido 10 partidas e perdido oito 8 do adversário, tivesse, de fato, humilhado o rival com um 5 x 1 em 2001, tivesse ganho do próprio rubro-negro no ano anterior com oito reservas, tivesse virado a estatística em Campeonatos Brasileiros naqueles anos, tivesse mantido a maior sequência invicta do século no clássico, com 4 vitórias e 2 empates, incluindo um título no sexto jogo).

E havia é claro o discurso quanto a Vasco x Flamengo não ter que ser um campeonato à parte porque isso deixava os jogadores do Vasco… nervosos. Foi dito até faltar inteligência emocional ao time pela pressão de ser o jogo um campeonato à parte. Sinceramente, que tese é essa????? Para o Flamengo não havia pressão? Da onde surgiu essa conclusão surreal? Da imprensa, que obviamente faz todo o clima antes da disputa do clássico favorável ao Flamengo (vide 2015)? Se não há pressão no Flamengo como explicar os quatro cocos tomados neste ano? Faltou pressão?

E a visão completamente idiota de um jogo normal, saída da cabeça de algum gênio do MUV, levou o Vasco em 22 jogos diante do Flamengo a vencer apenas três, durante todo o período da sigla amarela banana no clube.

A parte da imprensa historicamente contra o Vasco nem precisa mais trabalhar como outrora, pois seus maiores aliados hoje são torcedores do Vasco, que se organizam em debates, pensamentos, filosofias, discussões para reverberar as maiores sandices, transformando-as em regras, como algumas que citei, e ao mesmo tempo ficar cada vez mais distantes dos estádios.

Observem que:

1 – A presença dela, torcida, foi vergonhosa em cinco das sete partidas oficiais contra o Flamengo este ano, lembrando que o Vasco venceu quatro, empatou duas (numa delas eliminou o adversário) e perdeu uma apenas.

2 – A presença dela, torcida, no turno, do lado esquerdo do Maracanã, como quer o Fluminense e a própria imprensa, foi praticamente igual ao contingente no jogo de domingo último.

3 – A presença dela, torcida, em São Januário no Campeonato Brasileiro foi ridícula, com a exceção da partida diante do Palmeiras, mesmo após ter sido discutido que o problema inicial era o preço dos ingressos, motivo pelo qual ela não comparecia, apesar do recente título carioca conquistado.

4 – Ela, torcida, bradava pelo Maracanã, mas um público de pelo menos 25 mil pagantes só se viu uma vez, diante do Joinville, considerando também os clássicos.

Falo aqui da torcida do Rio de Janeiro, não de outros estados, pois esta última frequenta em peso os jogos do Vasco, quando o clube atua fora.

Buscar erros do Vasco ao invés de gritar contra os prejuízos externos, estranhos ao Vasco, cometidos contra o time, fora das regras, como princípio, meio e fim de pensar e agir só motiva a que mais e mais o clube seja prejudicado.

Nós do Casaca! continuaremos mostrando nossa indignação e revolta contra isso, independentemente da maré ser boa ou ruim, da mesma forma como nos dispusemos a pontuar os erros internos na nossa visão cometidos e nos disponibilizamos a ajudar no saneamento deles, diante do espaço que nos foi dado no clube. Acreditamos no Vasco, no time do Vasco, na recuperação do Vasco neste campeonato, mas temos plena noção de quem é a responsabilidade por sua sedimentação não ter vindo há mais de duas rodadas, da forma como este elenco do Vasco fez por merecer ocorrer.

Sérgio Frias

Atitude

Muito pode ser falado da fraca atuação do Vasco contra o Fluminense no último domingo. Atuações individuais abaixo da crítica, demora na recomposição defensiva, pouca mobilidade de vários atletas, muitas ligações diretas para o ataque e um time desorientado entre os 25, 30 minutos da primeira etapa até a saída do tricolor Gerson aos 19 minutos do segundo tempo, que coincidiu com a entrada de Éder Luís, quem sabe uma arma para os jogos finais do time na competição.

Para se ter uma ideia, a primeira chance criada pelo Vasco na segunda etapa através de um chute certeiro de Nenê, cortado por um zagueiro tricolor em cima da linha, surgiu aos 22 minutos do segundo tempo (na sequência Julio Cesar quase marcou, travado por um defensor adversário na hora do arremate). A cabeçada de Riascos na trave ocorreu aos 32 e o terceiro chute a gol do Vasco nesta etapa foi dado pelo próprio Riascos aos 44 minutos. Daí para frente, na blitz final, mais três chutes do Vasco e duas chances de ouro desperdiçadas pelo Fluminense.

Alguns atletas do Vasco, pendurados com o segundo cartão amarelo, podem ter nisso a justificativa para uma marcação frouxa entre as duas intermediárias, mas, se for o caso, trata-se de um erro conceitual, pois não se pode dar o espaço oferecido pelos vascaínos a um adversário que tem como característica o bom toque de bola.

A realidade agora é vencer quatro partidas em cinco e dá para conseguir isso se uma borracha for passada na lamentável atuação de domingo e o time voltar a atuar no nível das nove partidas anteriores, pois já com o devido entrosamento entre atletas e setores junto a um nível de concentração mais elevado poderá ultrapassar os obstáculos que restam para conseguir se manter na Série A.

Bruno Gallo é o desfalque para domingo, o adversário, Palmeiras, é bastante qualificado, joga em casa, e está classificado para a decisão da Copa do Brasil. Com o fim de superar isso o Vasco terá que jogar totalmente compenetrado e coeso, mas sabedor de sua qualidade, ratificada em nove atuações antes desta última, para vir de São Paulo com um bom resultado.

Esperamos uma atuação convincente do time contra o Palmeiras, arbitragem no nível apresentado nos últimos dois jogos disputados pela equipe cruzmaltina, mas relembrando novamente ter sido ela própria a responsável por nos tomar 12 pontos no campeonato, situação que se afetasse os dois outros clubes cariocas deste certame os poria na zona de rebaixamento tal qual está o Vasco hoje e faria, por exemplo, com que o Corínthians, apesar da bela vitória última contra o Atlético-MG em Belo Horizonte, ainda fosse o vice líder da competição.

Muita força ao time nessa reta de chegada pois para atropelar será necessário comprometimento total do grupo com o resultado final.

Sérgio Frias