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Camaleões

Os tricolores, ao que parece, realmente se acham no direito de ocupar o lado direito do Maracanã e ontem compareceram ao estádio, infiltrando-se na nossa torcida, em dia de jogo do Vasco.

A turma pó de arroz vaiou Julio dos Santos desde a escalação (que foi um dos melhores do time na partida até o momento de sua saída) e na condição de tricolores, entendedores de nado sincronizado, mas não de futebol, tiveram dificuldade de compreender quando, vez por outra, apertado pela marcação, o meia tocou uma ou outra bola para trás. Ele que pôs duas vezes Nenê na cara do gol em condições de arremate, ele que serviu diversas bola a Madson, ele que se não vinha bem em outros jogos, ontem foi injustamente perseguido pela horda tricolor.

Mas a manifestação pó de arroz de ontem já foi botafoguense em 2009. Após atuação tenebrosa da equipe cruzmaltina diante do time de General Severiano no jogo da eliminação do Estadual daquele ano, apanhando de 4 x 0 na partida semifinal da Taça Rio, a última da equipe na competição, parte da torcida do lado direito das tribunas aplaudiu efusivamente os atletas. Ontem, após o empate contra o Grêmio, terceiro colocado do Campeonato Brasileiro e segunda melhor defesa do certame, os atletas se uniram para acenar à torcida e ouviram da trupe tricolor, que já foi botafoguense, vaias.

Nas mídias sociais, a mesma parte camaleônica de nossa torcida gosta também de ser Flamengo, quando diz que o estadual nada vale e põe 12 pontos perdidos pelo clube no campeonato, em função da arbitragem (contra nenhum ganho) como algo menor porque seu totem, Eurico Miranda, está acima de qualquer instituição para eles. Perda ou diminuição de conquista do Vasco deve ser devidamente pontuada de acordo como nossos oponentes prescrevem.

Parte da torcida do Vasco torce contra Eurico Miranda e depois a favor do Vasco e ela própria criou uma fantasia para justificar suas sandices e atitudes oligofrênicas contra o clube, dizendo simplesmente o contrário. Que quem apoia Eurico Miranda põe o Vasco em segundo plano.

Não podemos nos esquecer que com o propósito de tentar o vice nas eleições ultimas do nosso clube o apelo final da chapa amarela foi resumido no seguinte dizer de seu candidato, para além de qualquer projeto mambembe ou inviável: “‘Sou o anti-Eurico. Tudo o que ele pensa, penso o contrário”

A condescendência e o ódio permitiram a que o clube fosse rebaixado institucionalmente e tivesse uma dívida aumentada em 400 milhões de reais aproximadamente (num mesmo período em que outros 400 milhões teoricamente entraram no clube). Resignação e tolerância levaram a isso.

Na atual gestão, falando apenas de futebol, o Vasco foi Campeão Carioca e, portanto, fez um trabalho exemplar até abril, juntando os cacos e mantendo os salários em dia.

O clube contratou um lateral e um volante dois dias após o título, um atacante entre a terceira e a quarta rodada e acreditou no técnico Campeão Estadual, hoje empregado no São Paulo e que fez razoável campanha na Ponte Preta até sair.

Com três empates e cinco derrotas seguidas no espaço de um mês e meio houve a troca de treinador e as aquisições de Andrezinho e Herrera. Em seguida veio Bruno Gallo.

Após a chegada do novo técnico, em seis partidas ocorreram três vitórias e três derrotas no Campeonato Brasileiro, uma última aposta em Dagoberto e aí sim uma demora para a contratação de outros nomes.

As vindas de Nenê e Jorge Henrique não coincidiram com a demissão de Roth, após os fiascos diante de Palmeiras e Corínthians. Naquele momento a mudança era necessária. Um centroavante deveria ter chegado junto, mais um volante inquestionável visto que o Vasco não tinha ainda em Diguinho um atleta em condições de fazer uma sequência na competição. Carecia ainda o time de alguns nomes para dar opção de substituição em outras posições, uns trazidos, outros não.

O Vasco perdeu tempo e pontos importantes contra Joinville e Coritiba. Quando trouxe Jorginho e Zinho para o comando o clube ainda não tinha um centroavante (Thales vivia péssimo momento), nem contava com um lateral esquerdo de confiança e acabou por iniciar o returno em meio a problemas, vistos de forma cabal contra Figueirense e Internacional-RS.

Mas, convenhamos. A contratação de Jorginho foi um coelho tirado da cartola no momento em que poucos queriam vir treinar o Vasco. Das 12 contratações feitas pelo clube para o Campeonato Brasileiro sete se encaixaram no time, na condição de titular ou primeira opção de banco (Diguinho, Julio Cesar, Andrezinho, Bruno Gallo, Nenê, Jorge Henrique, Leandrão). João Carlos e Bruno Teles ainda não estrearam (este último deveria ser o substituto natural de Julio Cesar ontem, mas não estava na relação devido provavelmente ao rodízio de atletas no banco, pois esteve relacionado contra o São Paulo), Riascos fez alguns gols (seis no total) mas caiu, Herrera evoluiu porém isso só será percebido quando seu esforço for traduzido em assistências ou gols e Felipe Seymour não disse a que veio. O técnico recuperou alguns atletas do plantel e quando contou com os novos contratados já em forma tornou o elenco mais coeso, modificou o panorama do Vasco na competição e só não houve a reversão total da situação do clube por inacreditáveis 9 (NOVE) pontos perdidos apenas no returno, oriundos de erros proporcionados pela arbitragem. Somados aos três pontos do turno temos um total de 12 a menos na tabela de classificação. Ou seja, ao invés de 30 o clube teria hoje 42 pontos no Brasileirão 2015.

As críticas pontuais foram feitas pelo Casaca!? Foram. Os elogios também? Sim. Identificamos o real inimigo do Vasco na competição? Da mesma forma. Desde a partida contra o Goiás falamos da arbitragem, após o time que vencera o Flamengo três dias antes pela Copa do Brasil ser operado em Goiânia.

A modificação da postura do Vasco no âmbito institucional parece ter incomodado a muitos, o título estadual idem, postar o mais queridinho de quatro também, consolidar a reação da equipe no Brasileiro, entretanto, pode causar até mesmo algumas tentativas de suicídio, tal é o sentimento de ódio, que não pode parar.

Fica aqui uma menção honrosa àqueles que não embarcaram na banana inflável furada pós jogo e calaram as vaias com aplausos ao esforço do time na partida, sabedores que o futebol jogado pelo Vasco hoje e já há algum tempo é de primeira divisão, diferentemente das arbitragens de quinta categoria, responsáveis por nos tirar pontos e vitórias aos cachos.

Sérgio Frias

Sentimentos represados

Curioso como parte da imprensa tentou taxar o jogo ontem, mesmo diante de mais uma atuação do árbitro prejudicial ao Vasco, curioso como o fato de o Vasco ter perdido inúmeras chances de gol puseram num lugar mais brando duas falhas graves da arbitragem contra a equipe visitante na partida, curioso como o santo Rogério Ceni entrou em cena para falar aquilo que a imprensa gostaria de ouvir após o fim do jogo e a inibiu em parte de tecer uma opinião imparcial a respeito da arbitragem.

Logo no início do clássico o São Paulo, antes do primeiro minuto, abriu o marcador após falha de Rodrigo no lance, diga-se de passagem sua única na partida.

O Vasco não se intimidou e por volta dos 10 minutos já havia se mostrado um adversário à altura do oponente, mesmo jogando na casa do adversário e em desvantagem no marcador.

Uma falta para cartão, cometida por Matheus Reis sobre Madson neste curto espaço de tempo não teve do árbitro a devida punição.

Logo depois, nova falta para cartão do mesmo atleta em Madson e desta vez o amarelo foi aplicado.

O primeiro tempo seguiu equilibrado com o Vasco desperdiçando uma ótima chance de gol com Jorge Henrique e o São Paulo outra com Rogério, cabeceando após ganhar no alto de Bruno Gallo. Nenê pelo Vasco e Pato pelo São Paulo deram outros arremates, mas o lance que mudaria a partida ocorreu mesmo aos 43 minutos. Em pênalti claro cometido pelo atleta Matheus Reis do São Paulo, após cruzamento de Madson, foi dado o segundo cartão amarelo ao infrator e o Vasco ainda obteve o empate após perfeita cobrança de Nenê.

Já no intervalo o goleiro Rogério Ceni jogou pressão para cima do árbitro, agradando órgãos da imprensa paulista que precisavam de um combustível para tentar desmerecer a atuação e reação do Vasco.

Com apenas um minuto da segunda etapa outro pênalti a favor do Vasco, mas desta vez o árbitro já devidamente pressionado não marcou. Não se pode marcar dois pênaltis a favor do time visitante ainda mais depois de uma reclamação pública do homenageado da tarde (Rogério Ceni) quanto à primeira.

Apesar de contar com um homem a menos em campo, o São Paulo rondou por várias vezes a área do Vasco, tendo desperdiçado uma grande oportunidade para aumentar com Luís Fabiano aos oito.

A esta altura Jorge Henrique, sentindo a perna, já fora substituído por Rafael Silva aos sete minutos, mas o Vasco ainda parecia não se achar no jogo e o time da casa permanecia rondando a área de Martin Silva.

A segunda substituição feita por Jorginho, pondo Diguinho no lugar de Julio dos Santos aos 12, modificou o panorama. O Vasco passou a ter mais a bola, a girá-la e o adversário começou a ser envolvido em campo.

O gol da virada saiu de bola parada aos 17 minutos, em bela cabeçada de Rodrigo, disputando o lance entre os zagueiros do time adversário, após córner cobrado por Nenê.

Dos 18 minutos aos 43 o Vasco arrematou a gol oito vezes nas seguintes oportunidades:

Defesa de Rogério Ceni em falta cobrada por Nenê aos 23.

Defesa de Rogério Ceni em chute dentro da área desferido por Rafael Silva aos 24.

Furada de Nenê próximo à marca do pênalti após cruzamento de Madson aos 25.

Defesa de Rogério Ceni em chute de Nenê dentro da área aos 27.

Chance desperdiçada por Rafael Silva dividindo na pequena área, após cruzamento de Luan aos 28, com a bola chegando às mãos de Rogério Ceni.

Alguns minutos se passaram sem que o Vasco encaixasse seus contragolpes de forma eficiente mas Jorginho voltou a dar vida nova ao time aos 35, substituindo Leandrão por Herrera.

Com menos de 30 segundos em campo Herrera cruzou para Nenê, que deu a Andrezinho próximo à área. Novo arremate para mais uma intervenção segura de Rogério Ceni.

Aos 39 Herrera chutou de fora da área e Rogério Ceni defendeu em dois tempos.

Aos 40, em cruzamento de Julio Cesar, Rafael Silva cabeceou na trave.

E o São Paulo?

Dos 18 aos 42 minutos deu apenas três chutes de fora da área, todos tortos, pela linha de fundo, e tentou alçar algumas bolas, sem sucesso.

Aos 43 minutos surge o gol irregular do time da casa, validado pela arbitragem. Bola alçada na área do Vasco e Ganso faz falta sobre Bruno Gallo impedindo que este tivesse qualquer chance de alcançá-la. A pelota chega então a Rodrigo Caio que toca para o gol com tranquilidade.

Nos minutos finais o São Paulo, empolgado com o tento de empate quase virou, tendo uma grande oportunidade para isso, e do lado vascaíno, Andrezinho, já dentro da área, errou o passe final para Herrera, embora pudesse até tentar arrematar no lance, desperdiçando a última chance da partida.

O Vasco mais uma vez foi prejudicado pela arbitragem e se após o gol relâmpago do São Paulo no início da partida muitos vascaínos temeram por uma derrota contundente, o revés sofrido aos 43 minutos serviu como uma ducha de água fria, diante de uma vitória já quase garantida.

Faltam sete jogos e com mais 14 pontos o Vasco deve se garantir na Série A, mas caso as arbitragens simplesmente cumprissem a regra do jogo o clube teria mais 12 pontos na tabela de classificação, fato que desequilibra o campeonato em favor de equipes como o Avaí por exemplo e prejudica frontalmente o nosso clube, embora parte da imprensa faça força para passar outra informação ao público, como tentou mais uma vez ontem e continuará assim procedendo, pois seu discurso de time horroroso, já rebaixado, pior da história, caiu por água abaixo diante do que vem jogando o Vasco e dos prejuízos insofismáveis sofridos pelo clube até aqui.

Se o Vasco hoje em campo se mostra um time a ser temido e respeitado, como já o é o clube em função de quem o representa, cabe à parte da mídia, teimando em ignorar as coincidências de arbitragens contrárias ao Vasco, sentar-se no divã e tentar se reinventar porque o ocorrido e os motivos disso teoricamente seriam ponto de partida para inúmeras matérias investigativas e discursos inflamados, mas, pelo que vemos, parece ser mais simples tapar a boca e agir de forma conveniente, afinal a chamada lisura do futebol é algo secundário quando afeta interesses outros de quem supostamente se diz imparcial.

Por fim, sem essa de que o Vasco merece isso ou aquilo porque foi mal no primeiro turno. O campeonato tem dois turnos, isso está no regulamento e a reação do Vasco se deu num prazo até confortável (15 rodadas antes do fim da competição). Não é aceitável, entretanto, que o clube perca 12 pontos (nove no returno) por conta de prejuízos quase sequenciais de arbitragem, lembrando ainda que mesmo nas vitórias contra Atlético-PR e Sport o Vasco também foi prejudicado por ela.

Sérgio Frias

Fonte do Vídeo: Rede Globo

Fonte da foto: ESPN Brasil

 

Dez pontos

Os problemas que rondam a CBF já há algum tempo criam um cenário sombrio no qual muito se discute sobre a fragilidade de seu presidente e o fortalecimento de seu vice, Delfim Peixoto, dentro da própria entidade.

A relação de Delfim com Santa Catarina já está sedimentada, afinal é ele presidente da Federação Catarinense de futebol pelo incrível espaço de 30 anos ininterruptos.

O número de favorecimentos de arbitragem a equipes catarinenses neste Campeonato Brasileiro é algo no mínimo curioso. Uma incrível coincidência. As quatro equipes são inferiores ao Vasco, mas em três dos sete jogos contra elas, até aqui, o Vasco foi “operado”, mesmo quando venceu o Avaí no turno.

Num momento de reação do time cruzmaltino os prejuízos constantes e consecutivos de arbitragem saltam aos olhos. Dos últimos sete jogos o Vasco foi prejudicado simplesmente em cinco deles, mesmo conseguindo quatro vitórias e três empates neste período.

A esta altura da competição parece um contrassenso ser a equipe do campeonato que sofreu mais faltas até aqui, exatamente o Vasco, a recordista de cartões amarelos e vermelhos (103 e 12 respectivamente), sem ser uma das que mais comete faltas na competição. Para completar o número de adversários expulsos contra o Vasco é de apenas quatro.

Dissemos em matéria recente que o Vasco não havia, até o jogo com a Chapecoense, ganhado um ponto sequer por conta do apito neste Campeonato Brasileiro.

Por outro lado, o time cruzmaltino já havia perdido oito pontos por erros de arbitragens, contra Internacional-RS e Sport (turno), Atlético-MG, Cruzeiro e Avaí (returno), sem contar a partida frente ao Goiás, também no returno, encerrada na prática aos 19 minutos do primeiro tempo por bandeira e árbitro da partida com a expulsão de um atleta vascaíno injustamente e um gol irregular do Goiás na vitória parcial até ali de 2 x 0.

O que ocorreu na noite de quinta-feira no Maracanã foram inexplicáveis e indefensáveis prejuízos contra o Vasco de arbitragem, mais uma vez. Um pênalti pessimamente marcado a favor da Chapecoense aos 40 minutos do 2º tempo e um claríssimo não assinalado a favor do Vasco dois minutos depois.

Para quem estava no Maracanã a sensação foi a de que o árbitro apitou os lances como se estivesse comprometido em prejudicar o Vasco. A atitude do apitador foi infantil nos dois lances citados, digna de um juiz de pelada entre solteiros e casados. Foi simplesmente ridícula a sua análise nos respectivos casos.

Enquanto o incrível Edinho, comentarista do Sportv, via falta de Rodrigo no gol do Vasco, o árbitro da partida amarelava atletas cruzmaltinos por reclamação, e em dose tripla. Houve lance em que o juiz não conseguiu distinguir pé alto na cara do adversário como infração, optando por falta da vítima, seguido de cartão a ela. Mesmo assim o Vasco vencia a partida com autoridade, após melhorar e muito seu jogo na segunda etapa.

O pênalti marcado contra o time da casa, no qual a bola não bateu na mão de Rodrigo dentro da área e se tivesse batido, com este tendo o braço colado ao corpo, não caracterizaria a penalidade, foi um desrespeito a todos os torcedores que pagaram ingresso para ver futebol e não o árbitro do espetáculo.

Mas o show de horrores da arbitragem ainda não tinha chegado ao fim. Dois minutos depois do gol de empate dos visitantes, o atleta da Chapecoense simplesmente esticou o braço até onde pôde após cobrança de escanteio, desviou a bola com a mão, dentro da área – na frente do bandeirinha, perto do árbitro – e o inacreditável Ricardo Ribeiro deixou o lance seguir, bem como seu auxiliar.

Segundo Nenê – presente na jogada do pênalti a favor do Vasco – disse em entrevista após o jogo, a justificativa do árbitro teria sido a de que o toque fora dado sem querer. Não são dois pesos e duas medidas não. É um escárnio mesmo. Uma dose dupla de lambanças, um movimento que põe sob suspeita sua capacidade para arbitrar uma partida de futebol profissional.

Os inimigos externos do Vasco pretendem rebaixar o clube num movimento orquestrado, ao que parece, no qual se tenta dizer com enorme cara de pau não ser um acinte à inteligência dos torcedores vascaínos os sistemáticos erros de arbitragem contra o nosso clube.

A desculpa está preparada para justificar um rebaixamento que muitos vaticinaram após o jogo contra o Figueirense, ou Internacional-RS ou ainda Atlético Mineiro no returno. Não contavam os apressados com a reação cruzmaltina e hoje já se mostra completamente injusto para com o Vasco a permanência do time no chamado Z4, mesmo porque, por mérito próprio, deveria ter o clube nas últimas sete partidas mais seis pontos na tabela e com isso já estar fora da zona de rebaixamento nesta rodada. O problema para tantos não terá sido a arbitragem, mas o tempo de reação, a troca de técnico, a demora na contratação de A ou B. E a mídia motivará tal análise.

Não foi pela arbitragem que o Vasco deixou de ser Campeão Carioca invicto em 1923, Campeão Carioca em 1944, do Torneio Rio-SP em 1950, 1952, finalista da Copa Rio de 1952, finalista do Estadual em 1973, Campeão Carioca invicto em 1977, Campeão Carioca em 1986, finalista do Campeonato Brasileiro de 1992, Campeão Carioca em 1999, Campeão Mundial Interclubes em 2000, Campeão Carioca em 2001, Campeão Carioca Invicto em 2003, Campeão Carioca em 2004, classificado para a Libertadores em 2006, finalista da Copa do Brasil de 2008, finalista da Copa do Brasil em 2009, Campeão Brasileiro em 2011, de se manter na primeira divisão em 2013, de ser Campeão Carioca de 2014, porque sempre se levantarão outros fatores para encobrir as absurdas, contínuas e históricas arbitragens contrárias ao Vasco, principalmente pelos pseudo formadores de opinião da imprensa.

Não tenham dúvida que a partir de agora teremos em qualquer lance polêmico nos jogos do Vasco uma lente de aumento e quando houver um favorecimento ao clube (caso haja) será dito ser a lei da compensação ou coisa que o valha, mas ter o Vasco 10 pontos, eu disse DEZ, a seu favor, por conta de arbitragens, nem tempo há.

O time cruzmaltino deve continuar lutando pois já demonstrou que possui condições de obter os pontos necessários para sair dessa situação. Se obtiver nos próximos sete jogos os mesmos 15 conquistados nos últimos sete provavelmente se garantirá na primeira divisão com uma rodada de antecedência e a equipe já mostrou ter condições para isso, mas é absolutamente inaceitável o que o apito e as bandeiradas têm feito contra o Vasco, contra as regras do futebol e contra o bom senso.

Sérgio Frias

Liga não

Desde o início do ano, Flamengo e seu papai no futebol, Fluminense, partiram para uma briga direta contra a FFERJ, afinal sabiam que uma vez voltando o respeito ao Vasco a entidade passaria a ter mais uma força ativa e não passiva em seu seio.

Após conquistar um campeonato “roubado”, dito mais gostoso por isso, diante do Vasco em 2014, depois de obter benefícios de arbitragem em várias de suas conquistas, desde o final do século XX até o ano passado, o saco de pancadas Flamengo – que tem reverberado, massificado e apoiado seu discurso na imprensa, através dos anos, de pobre coitado e perseguido – sonha com a Liga Sul-Minas para minar o Campeonato Carioca e com isso tentar (mais uma vez) pôr o futebol do Rio para baixo, comparando-o com o de Minas, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul ou similares.

Ao invés de se fazer com que haja mais força num estado no qual reside um terço dos grandes clubes brasileiros, a dengosa dupla Fla-Flu pretende uma divisão, admitindo nas entrelinhas não ter cacife para bancar um enfrentamento contra o Vasco (o respeito voltou), mas prejudica também seus próprios torcedores, conduzidos como gado para um torneio que não vale nada, não tem história e põe o Rio de Janeiro no mesmo patamar que Santa Catarina por exemplo.

De pronto afirmo que sou favorável à volta do Torneio Rio-SP, competição que o Fluminense não vence desde 1960, enquanto seu filhinho Flamengo só conquistou uma vez, no ano seguinte, mas sem, é claro, atrapalhar as datas do Campeonato Carioca, que partirá para sua centésima décima primeira edição em 2016.

O grande erro está no tamanho do Campeonato Brasileiro, que aperta o calendário e é demasiadamente chato (vide médias de público), com a briga de dois ou três pelo título, três ou quatro por uma vaga na Libertadores (ou pré Libertadores) e seis ou sete contra o rebaixamento.

Não fossem os estaduais, quantos títulos de relevância teriam Vasco e Flamengo nos últimos 20 anos? O Vasco seis (uma Libertadores, uma Copa Mercosul, dois Campeonatos Brasileiros, uma Copa do Brasil e um Torneio Rio-SP), já o Flamengo cinco (uma Copa Mercosul, um Brasileiro, duas Copas do Brasil e uma Copa dos Campeões do Brasil).

Fluminense e Botafogo somados, teriam conquistado apenas quatro no mesmo período. Mesmo assim ganharam na referida época mais títulos que Paraná e Santa Catarina juntos.

O que fez o Flamengo se manter como marca em destaque durante todo esse tempo foi a conquista de 10 estaduais, contra quatro do Botafogo, quatro do Fluminense e três do Vasco, desde 1995.

Não podemos crer que o massacre midiático em prol do mais queridinho teve como sustentáculo seus vices na Supercopa Libertadores (Independiente-ARG), Torneio Rio-SP (Santos), Copa do Brasil (Grêmio, Cruzeiro e Santo André), Copa Mercosul (San Lorenzo-ARG) ou seus rotineiros vexames na Taça Libertadores contra Universidad Catolica-CHI (dentro e fora de casa), LAU-CHI (em casa), América-MEX (em casa) Leon-MEX (em casa) ou o poderoso Defensor-URU (fora).

A verdade nua e crua é a clara birrinha rubro-negra contra seu algoz fora de campo, mas com óbvio prejuízo ao futebol deste estado, algo que só não é veementemente combatido pela imprensa carioca, por conta de seu comprometimento em defender seu mais queridinho nas causas mais esdrúxulas, como as tentativas frustradas de criação das ligas barbantes em 1994 e 1997, causadoras de inesquecíveis micos pagos por parte de seus signatários: a sequência ridícula de W.Os aplicados sobre eles no título cruzmaltino conquistado no ano de seu centenário em 1998.

Cabe ao Vasco sair da situação delicada na qual se encontra hoje no Campeonato Brasileiro e partir para o bi em 2016. Quanto a manobras dos adversários que lhe temem, fica o recado para os torcedores cruzmaltinos, sem deixar o clube de trabalhar nos bastidores contra golpes contrários aos interesses do futebol do Rio: liga não.

Sérgio Frias

 

Vasco atuou mal, arbitragem pior ainda

O Vasco não fez boa partida, alguns atletas jogaram bem abaixo do normal, mas mais uma vez o time foi prejudicado pela arbitragem na derrota desta quarta-feira pela Copa do Brasil diante do São Paulo.

Na primeira etapa, quando o time da casa já vencia por 1 x 0, um lance polêmico proporcionou a ele aumentar o marcador. Ganso lançou Luís Fabiano em posição duvidosa (mesma linha para o comentarista de arbitragem Paulo Cesar de Oliveira), o atacante avançou, mas o goleiro Martin Silva foi mais rápido e segurou a bola, com as duas mãos, em contato com o solo, baixando a cabeça para se proteger de algum contato com o centroavante são paulino, que vinha na corrida. Luís Fabiano, em sua carreira, acabou por tocar a bola, tirando-a das mãos do goleiro vascaíno e a pelota sobrou para Pato fazer 2 x 0 no placar.

O ex-árbitro Leonardo Gaciba citou em seu blog (Blog do Gaciba) a respeito da posse de bola do goleiro em 06/04/2012, o seguinte:

O goleiro estará de posse da bola:

Enquanto a bola estiver em suas mãos ou entre sua mão e qualquer superfície (por exemplo: o solo, seu próprio corpo);

Sobre a disputa de bola:

Quando o goleiro controlar a bola com as mãos nenhum adversário poderá disputar a bola com ele.

Para o comentarista de arbitragem, Paulo Cesar de Oliveira, porém, o gol foi legal. Considerou o ex-árbitro que a bola estava em disputa, mesmo tendo Martin Silva as duas mãos sobre ela, ainda em contato com o solo e com o rosto para baixo a fim de evitar qualquer contato do atacante, que vinha na corrida, sujeito a machucá-lo.

Após um péssimo primeiro tempo no qual o São Paulo abriu 2 x 0, o Vasco voltou do intervalo disposto a descontar a diferença.

Já no segundo tempo, quando o resultado parcial ainda era de 2 x 0, houve pênalti claro não marcado sobre Nenê. Para o comentarista de arbitragem, o ex-árbitro Paulo Cesar de Oliveira não houve o pênalti, embora o empurrão tenha sido evidente e cometido dentro da área.

Próximo ao fim, a vantagem do tricolor paulista era de três gols e em lance dentro da área Thales teria sido derrubado, com forte reclamação dos atletas vascaínos próximos ao lance. Não houve a marcação e não foi mostrado o replay do lance.

Não é necessário dizer a diferença que faz um ou dois gols fora de casa na disputa da Copa do Brasil.

O árbitro da partida foi o mesmo Wilson Pereira Sampaio, responsável por validar um gol ilegal do Flamengo contra o Vasco no jogo anterior da Copa do Brasil, diante do rubro-negro.

Vencendo, empatando ou perdendo o Vasco permanece sendo prejudicado pelas arbitragens. Que isso mude a partir do próximo domingo.

Casaca!

Ensinando a interpretação correta da regra do impedimento aos árbitros

Apesar da vitória deste domingo diante do Sport ter sido conquistada pelo Vasco, um novo erro de arbitragem contrário ao time cruzmaltino voltou a ocorrer.

Eram decorridos oito minutos do primeiro tempo quando em falta cobrada por Nenê, Serginho, em posição legal, cabeceou para o barbante assinalando aquele que seria o segundo gol vascaíno e praticamente definiria o jogo.

Atendendo ao aceno do bandeirinha, o árbitro Heber Roberto Lopes anulou o gol por impedimento de Luan que não alcançou a pelota antes desta ir às redes adversárias, em lance no qual o goleiro do Sport, Danilo Fernandes, nem esboçou chegar na bola.

Semana passada comentamos sobre o absurdo gol do Flamengo contra o Vasco na última partida entre ambos pela Copa do Brasil. Na ocasião o corta luz do atleta Cesar Martins atrapalhou Madson que marcou contra a favor do rubro-negro e discutiu-se na mídia a hipótese (absurda) de o atleta não ter participado no lance a ponto de atrapalhar o lateral vascaíno.

Há duas semanas, no clássico Fla-Flu, o terceiro gol rubro-negro foi iniciado num levantamento para a área tricolor no qual Paulinho estava em posição de impedimento (a bola foi levantada para ele que era o único atleta do Flamengo na jogada), mas a zaga afastou antes de que a pelota chegasse à cabeça do atleta. No rebote, novo cruzamento na área e desta vez Paulinho, em posição legal, marcou. Este é um exemplo de mais um lance no qual, mesmo sem tocar na bola um atleta em posição de impedimento participa da jogada a ponto de atrapalhar o adversário e, portanto, se valer da condição irregular para tirar proveito da situação.

No lance de hoje a bola já havia passado pelo goleiro, Luan tentou tocar nela, mas não conseguiu nem atrapalhou qualquer atleta do Sport na jogada, porém o tento foi anulado.

Além do tradicional “dois pesos e duas medidas” contra o Vasco, tivemos no jogo de hoje uma aula do que é um atleta em posição de impedimento não atrapalhar em nada a equipe adversária nesta condição. Ou os árbitros brasileiros são muito fracos e não aprenderam ainda a interpretar o que é participação ou não na jogada de um atleta em posição de impedimento, ou têm preferência por prejudicar uns em detrimento de outros, o que ocorreu em três partidas com apitadores diferentes.

26/08 – Vasco 1 x 1 Flamengo – Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO) – Validou gol ilegal do Flamengo, ignorando inclusive aceno de impedimento do bandeirinha.

06/09 – Flamengo 3 x 1 Fluminense – Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (MG) – Validou gol ilegal do Flamengo.

20/09 – Vasco 2 x 1 Sport – Árbitro: Héber Roberto Lopes (SC) – Invalidou gol legal do Vasco.

A quem tanto incomoda a reação do Vasco no Campeonato Brasileiro?

A quem tanto incomodou a classificação do Vasco na Copa do Brasil?

Casaca!

 

Sobre arbitragem novamente

Na partida da noite desta quarta-feira, entre Cruzeiro e Vasco (2 x 2), tivemos as seguintes falhas graves de arbitragem, mais propriamente do árbitro Thiago Duarte Peixoto, da Federação Paulista.

1 – Aos 36 minutos do primeiro tempo Bruno Rodrigo, zagueiro do Cruzeiro, que já tinha cartão amarelo, cometeu falta por trás em Herrera e não foi expulso. Caso se desse a expulsão o Vasco teria um homem a mais em campo durante no mínimo 54 minutos.

2 – Aos 10 minutos do segundo tempo Williams do Cruzeiro cortou com um braço cruzamento na área do Cruzeiro e o árbitro, em cima do lance, viu o toque com o braço e nada marcou. Um pênalti não assinalado a favor do Vasco.

*Williams já havia feito o mesmo num Vasco x Flamengo em 2010, ocasião em que cometeu o pênalti não marcado a favor do Vasco a três minutos do fim, quando o placar, que seria o final, era de 2 x 1 para o rubro-negro, resultado que eliminou o Vasco da Taça Rio e por conseguinte do Estadual daquele ano.

3 – Aos 46 minutos do segundo tempo, após falta a favor  do Vasco no seu campo de defesa, Julio dos Santos não ouviu o apito do árbitro e rechaçou a bola para o campo de ataque. O árbitro entendeu isso como um ato de indisciplina ou coisa que o valha e expulsou Julio dos Santos da partida, mas nos dois minutos subsequentes não marcou faltas claras sobre Thales e depois sobre Renato Kayser, sendo que numa das oportunidades houve chance de o Cruzeiro na sequência do lance para desempatar.

Ontem já falávamos sobre a risível colocação dos torce contra da ESPN, preocupados com um favorecimento ao Vasco nestas últimas 13 rodadas de Campeonato Brasileiro.

Voltamos ao tema hoje, afinal em poucas partidas do campeonato até aqui uma equipe foi tão prejudicada pela arbitragem em lances capitais do jogo e também nos detalhes, como visto no clássico disputado no Mineirão.

Casaca!

 

O contra ataque da mídia antiVasco

Após a vergonhosa “palpitaria” dos sabidos da ESPN no confronto diante do queridinho também daquela mídia, vencido pelo Vasco na Copa do Brasil, os “torce contra” da emissora surgiram com um papo de que se preocupam com arbitragens favoráveis ao Vasco no futuro, como se estas fossem um perigo aos adversários do clube que detestam, conservando-o na primeira divisão em detrimento dos outros em função disso.

Vamos aqui relembrar os erros de arbitragens contrários ao Vasco neste Campeonato Brasileiro, que apesar da péssima campanha do time ocorreram como é comuníssimo acontecer nesta competição através dos anos.

Vasco 1 x 1 Internacional-RS – 3ª rodada

1 – Pênalti em Gilberto não marcado no segundo tempo

2 – Pênalti em Guinazu não marcado no segundo tempo

Sport 2 x 1 Vasco – 7ª rodada

1 – Pênalti em Gilberto (cotovelada na cara que fez o atleta sangrar) não marcado no segundo tempo

Vasco 1 x 0 Avaí – 9ª rodada

1 – Gol mal anulado de Gilberto no primeiro tempo

Goiás 3 x 0 Vasco – 20ª rodada

1 – Pênalti mal marcado a favor do Goiás, supostamente cometido por Rodrigo no primeiro tempo

2 – Expulsão injusta de Jorge Henrique aos 19 minutos do primeiro tempo

3 – Pênalti não marcado sobre Nenê no segundo tempo

4 – Pênalti mal marcado a favor do Goiás, supostamente cometido por Rodrigo no segundo tempo

Vasco 1 x 2 Atlético-MG – 23ª rodada

1 – Gol ilegal do Atlético-MG (o segundo, marcado no primeiro tempo), pois no início da jogada houve falta sobre Jorge Henrique não marcada,

Vasco 2 x 0 Atlético-PR – 25ª rodada

1 – Pênalti não marcado a favor do Vasco, cometido sobre Rodrigo no primeiro tempo

Fora isso ainda tivemos na Copa do Brasil:

Vasco 1 x 0 Flamengo – Oitavas-de-final – 1º jogo

1 – Pênalti não marcado sobre Anderson Sales no segundo tempo

2 – Canteros foi poupado de ser expulso no segundo tempo após falta por trás em Guinazu, quando já tinha cartão amarelo

Vasco 1 x 1 Flamengo – Oitavas-de-final – 2º jogo

1 – Gol irregular do Flamengo validado pela arbitragem no primeiro tempo, em lance no qual Cesar Martins, zagueiro rubro-negro, participa da jogada de forma clara e inequívoca.

Sobre favorecimentos do Vasco nas duas competições, podemos citar um pênalti de Luan cometido no primeiro tempo da partida contra o Figueirense pelo Brasileiro e o gol do Vasco marcado na primeira partida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, assinalado por Jorge Henrique (impedimento de Riascos), ocorrido cinco minutos depois do pênalti não marcado a favor do Vasco.

Portanto, à turma da ESPN, torçam contra descaradamente, mas não tentem pressionar as arbitragens contra o Vasco, fazendo ilações irresponsáveis sobre o futuro, afinal não costumam ter vocação para acertar tais previsões.

Casaca!

 

Esclarecimento

Sobre matéria publicada pelo Lance!, que nos cita e faz relação com supostas divergências do Casaca! e a gestão do presidente Eurico Miranda:

 

1 – Não temos qualquer problema em relação a quem ocupe cargos no Vasco, principalmente em se tratando de quem os ocupa e ainda auxilia o clube em problemas do dia a dia;

 

2 – O Casaca! entende sim que tem plenas condições de ajudar o clube, nos mais diversos departamentos (inclusive futebol), pois tem quadros para isso e já comprovou capacidade dentro do pouco espaço que teve para fazê-lo;

 

3 – O Casaca! sabe perfeitamente que os problemas vistos no futebol, independentemente de alguns questionamentos pontuais, se dão pela impossibilidade evidente de se cumprir os compromissos do clube com seus atletas, caso não se estipulasse um teto salarial que proporcionasse isso, pois a situação caótica encontrada não deu outra escolha à direção;

 

4 – O Casaca! não apoiou a gestão de Eurico Miranda apenas nos bons momentos do futebol. Apoia, além da gestão, uma concepção de Vasco posta em prática por ele e que será, pelo bem do próprio Vasco, posta em prática no futuro também por nós. Não nos posicionamos por 15 anos ao lado de Eurico Miranda para incensá-lo como muitos podem pensar, mas sim para defender uma concepção de Vasco que entendemos a correta para o futuro do clube, com todos os elogios inerentes ao seu presidente por tudo que fez e faz pelo Vasco, posto ACIMA de TUDO, conforme prometera que o poria há cerca de 30 anos, quando candidato a presidente no ano de 1985;

 

5 – Por fim, embora não tenha sido citado na matéria, gostaríamos de aproveitar a oportunidade para afirmarmos categoricamente que somos a favor de que o clube volte a atuar em São Januário, sua casa, o quanto antes, e que acreditamos perfeitamente na virada do Vasco neste Campeonato Brasileiro, bem como no título da Copa do Brasil, simplesmente pelo fato de sabermos da força do clube para o qual torcemos e lutamos, em nome de sua grandeza.

 

Casaca!

Medo

O Vasco no último sábado atuou mais uma vez melhor que o adversário, mas não obteve êxito, ou seja, não venceu, não fez gols e frustrou sua torcida presente ao estádio e digna de elogios novamente, pois apoiou até o fim.

 

Se eram 30, 31 pontos necessários em 18 jogos, agora são em 17.

 

Continuo afirmando precisar o time de contratações que estejam na ponta dos cascos para a reta final da competição.

 

Não é hora de questionar o porquê de Dagoberto não ter dado certo no time, de Riascos ter se descomprometido, assim como Thales, de Herrera não ter encontrado seu futebol, do porquê da insistência na permanência de Roth, de ficar se discutindo sobre o supervisor, gerente, diretor. A hora é de olhar para frente. De perder o medo.

 

Quem torce efetivamente para as coisas darem certo não pode ter medo que venham continuar a dar errado.

 

As últimas cinco partidas do Vasco, desde a chegada de Nenê e Jorge Henrique, mostraram uma sensível melhora na equipe, não traduzida em gols por três vezes muito pelo fato de o clube não ter um matador, embora em tese Thales fosse um. Ontem foi trazido Leandrão, que como opção no mercado nacional era a mais viável e não se deve ter medo de apostar nela.

 

Continuo afirmando ter de haver uma contratação inquestionável para o meio campo e não interessa se vai estar apto em uma, duas ou três semanas. O reforço pega ainda metade do turno para atuar. Não há porque ter medo de se apostar nisso por questões de adaptação ou algo similar.

 

A reação do Vasco só virá se houver coragem. Do time, da direção e da torcida. Sem dúvida, mais exposta, a direção demonstra coragem ao voltar para o mercado, sem medo de errar, em busca de um “9” para ajudar a resolver a questão dos gols da equipe ou ser a solução. Ela própria decidirá sobre a chegada ou não de novos reforços, mas acredito que os traga ainda, pois se a permissão dada pelo regulamento da competição é contratar até 15 de setembro isto significa não ser qualquer problema trazer atletas até a data limite. A regra existe exatamente para isso: delimitar o razoável.

 

Voltando à questão do “medo”. O Vasco faz até aqui a terceira pior campanha de sua história em Brasileiros, pois foi lanterna em 1969 e 1970, ganhando dois jogos apenas em 16 por dois anos consecutivos, com uma pequena diferença. Aqueles campeonatos acabaram, este não.

 

Então o primeiro fantasma foi embora. Já foi sim pior, e o presidente Agathyrno da Silva Gomes foi eleito para presidir o Vasco até 1973 ( triênio 1970/73) pela conquista do estadual de 1970, 11 anos depois, embora tivesse assumido o clube no final de 1969, terminado dois anos na lanterna do Brasileiro da época. Para completar, ainda experimentaria no Campeonato Carioca de 1971 o maior número de derrotas consecutivas do clube na história da competição, sete.

 

O Vasco vinha de uma década horrenda, na qual cairia duas vezes, caso as regras fossem essas, na qual perdera nos confrontos diretos contra todos os grandes cariocas, na qual se disse à época que o clube falira por conta da falência do Banco Pan-americano, onde teoricamente o Vasco guardava toda a sua receita com o maior plano de sócios da história do clube pós construção de São Januário (os títulos patrimoniais vendidos a partir de 1964); na qual houve impeachment de um presidente (Reinaldo Reis), na qual fomos tão somente a uma final de Campeonato Carioca, levando uma sova do Botafogo de 4 x 0, na qual se contabilizou, entre 1960 e 1969, por nove vezes, o título de quarto do Rio entre os grandes na referida competição

 

Mas a torcida cruzmaltina não desistia. O rebaixamento era anual, simbolizado nos mais diversos e consecutivos fracassos, mas o Vasco continuava sendo o clube da massa e o Flamengo o do povo. O vascaíno não tinha medo. Ele se revoltava, se indignava, mas frequentava os estádios, enfrentava os adversários e não deixava de acreditar. Dessa crença obteve-se o título da Taça GB de 1965 contra o quase imbatível Botafogo de Garrincha, dessa crença o técnico Tim conseguiu algo miraculoso: uma virada improvável de vitórias consecutivas que deram ao Vasco a conquista do Estadual de 1970, após um começo trôpego e uma Taça GB anterior lamentável.

 

A imprensa tratava o Vasco da mesmíssima maneira como faz agora, embora as baterias fossem carregadas contra o clube e não usando um dirigente como camuflagem de suas pérfidas intenções. Éramos indiscutivelmente (para eles) a quarta força do Rio e por vezes levávamos surras de América ou Bangu.

 

Numa época na qual as convocações para Copas do Mundo eram feitas apenas com atletas que atuavam no Brasil passamos três seguidas com apenas um jogador cedido para o “scratch”, Brito em 1966.

 

Um samba de Martinho da Vila (Calango vascaíno – 1974) dizia: …”minha única alegria é ver o Vasco jogar. Minha alegria é ver o Vasco jogar. Eu tô cansado de derrotas mas não vou me entregar”…

 

Eurico Miranda transformou novamente o Vasco num clube tão grande, tão enorme, que nada feito por ele na situação catastrófica encontrada no fim de 2014 agrada. E nem vai agradar. A torcida do Vasco abandonou o time no começo do campeonato após ser campeã depois de 11 anos, viu o campeão vencer três vezes seguidas o Flamengo, mas não compareceu da forma devida em nenhuma delas, goza com a eliminação do adversário, mas virtualmente. Ao vivo foram poucos os que demonstraram acreditar.

 

Há 10 anos, exatos 10 anos, o mais queridinho estava virtualmente rebaixado, a oito rodadas do fim. Nem Maracanã havia na época. Obteve 6 vitórias e dois empates e escapou. Isso após ser derrotado pelo Vasco a 10 jogos do epílogo daquele certame. Faltando oito apenas para o encerramento da competição figurava em vigésimo primeiro (entre 22 participantes), na zona de rebaixamento.

 

E o “horroroso” time do Vasco de 2005? Aquele da derrota para o Atlético-PR de 7 x 2. Aquele que dependia de Alex Dias para tudo. Pois bem. Nas últimas oito rodadas, sem Alex, ganhou cinco partidas e empatou duas, contando com um artilheiro a um, dois meses de completar 40 anos de idade para conduzi-lo. Falamos aí de 17 pontos em oito jogos, ou de 23 em 11, caso contemos três rodadas para trás naquele mesmo ano.

 

Não se pode ter medo de ajudar a conduzir o clube a sair dessa fase, que é um contrassenso em relação à Copa do Brasil, que surge num ano de conquista do Estadual, que ocorre diante de um momento no qual o Vasco institucionalmente volta a se reerguer, com muito trabalho e dedicação.

 

Não importa quem errou, se alguém errou mais ou menos, não importa o que passou. Importa como lição apenas.

 

De forma pragmática o time deixou de somar quatro pontos nas primeiras duas rodadas e precisará recuperá-los em jogos subsequentes. Perder do Internacional e empatar contra Atlético-MG em casa e Ponte Preta fora era a princípio algo aceitável neste início de turno. Que se recupere pontos nos próximos três jogos e se não for possível nos posteriores. O Vasco deve lutar pelos resultados e sua torcida carregar no colo o time em todas as partidas disputadas no Rio de Janeiro, contando ainda com a colaboração que puder nos jogos fora. Sem medo, sem previsões, sem resignação.

 

E que se danem as estatísticas atuais. Que se danem os futurólogos, os mesmos que cravavam Flamengo classificado na Copa do Brasil, Vasco quarta força do Rio, Nenê e Jorge Henrique contratações que não dariam certo e cravam Leandrão como um fracasso.

 

Não tenham medo do verão carioca, nem do frio da Sibéria. Tenham orgulho de poder torcer por um clube que só fez se superar em sua história, bem como bisou várias vezes isso no próprio ano de 2015.

 

Sérgio Frias