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Fora de hora

Um dia após a ridícula apresentação da equipe vascaína no primeiro jogo da decisão do Campeonato Carioca, o esclarecimento que se tem por parte da direção do clube diz respeito às escaramuças entre poderes e questões menores.

A gestão se melindra demais com recado de Whatsapp, o que demonstra uma preocupação imensa em brigar com ex aliados de chapa, o que é um problema do presidente do Vasco com seus ex pares, mas não um problema do tamanho daqueles que tenham de ser resolvidos pelo clube.

Foram inconfiáveis os números apresentados no balanço de 2017 – retificados sete meses depois- em 30/04 do ano passado, junto à carta abominável que o precedeu, propositalmente escrita para vitimizar a atual gestão e ao mesmo tempo macular a anterior.
Curiosamente foi exatamente a gestão antecessora quem proporcionou oportunidades de grandes receitas para serem recebidas e usufruídas pelos sucessores em 2018, entre outras que vazam 2019, por exemplo pela promissora base deixada.

Que agora seja diferente e os números sejam confiáveis. Ponto.

As 300 demissões sem pagamento de nada à esmagadora maioria, trazem e trarão claro prejuízo ao Vasco, bem como as execuções que o clube sofre por falta de pagamento daquilo que acordou.

A diminuição de investimentos no futebol e a queda clara de qualidade do elenco levaram o Vasco a sair de sétimo para décimo sexto na tabela do Brasileiro, a eliminações precoces nas três outras competições que disputou no ano passado e à distância absurda de elenco em comparação ao deixado na data em que o atual presidente assumiu o clube.

A exposição do que foi feito com o dinheiro da venda de Paulinho provou que o princípio da continuidade administrativa pouco importou para a atual gestão no que era primordial, bem como os quase 120 dias com dinheiro em conta demonstraram um desrespeito aos funcionários do clube que permaneciam no Vasco em maio de 2018. Eles não tiveram por parte da atual gestão a satisfação de recebimento do salário e gratificação natalina devidos, tendo o Vasco dinheiro em caixa para a efetuação de tais pagamentos.

Ainda sobre a nota da direção cruzmaltina, é um desrespeito ao Conselho Fiscal do clube afirmar em público qual deveria ser a posição dele quanto à aprovação ou não das contas, negativa de parecer ou coisa que o valha. Cabe à administração do clube simplesmente entregar o que lhe é solicitado, independentemente do questionamento, justo se vero, de vazamento das informações a tal poder entregues.

Ocorre que o próprio clube, através de sua direção, joga a público situações como a dos gastos com o dinheiro referente à venda de Paulinho, o que só veio a deflagrar a irresponsabilidade cometida. Foi mantido no banco, rendendo por quase 120 dias, com saques ao longo do período, dinheiro que deveria ter sido utilizado para pagamentos já descritos acima.

A gestão atual encontra-se no clube há 15 meses e se mantém devendo o básico, como os salários de março deste ano e mais uma folha e gratificação natalina de 2017, permanece sem certidões, voltou a inadimplir quanto a pagamentos referentes a funcionários demitidos de maneira irresponsável ou política, ou ambos, há atrasos de direitos de imagem, prêmios, denúncias pululam sobre cortes disso e daquilo, supostas faltas de pagamento das contas mais comezinhas.

Deflagra-se também haver uma péssima gestão do futebol, vide os problemas últimos, que trouxeram à tona um elenco cheio de problemas com técnico, gerente remunerado, minimizada a questão com a escolha de um bode expiatório, afastado, mas evidenciada a grande desarmonia reinante nas quatro linhas, neste último domingo, quando o Vasco, definitivamente, não teve atitude de Vasco em campo.
A hora é de cobranças e reação. Que assim o seja.

Casaca!

Pesos e Medidas Diferentes

 

Reincidentemente, há episódios de violência envolvendo as torcidas organizadas. Normalmente, há torcida organizada do Flamengo envolvida. Às vezes, não é necessária nem a presença de torcedores adversários: eles brigam entre si, como aconteceu no jogo do turno do estadual de basquete entre Vasco x Flamengo. Punição? Nenhuma.

Estranho que em um panorama destes, a Força Jovem do Vasco siga sofrendo punições sucessivas por ação do Ministério Público. Já as torcidas adversárias, especialmente as do Flamengo, são intocáveis. 

Seria algum tipo de perseguição? Há pesos e medidas diferentes? Com a palavra, o Ministério Público do Rio de Janeiro.

CASACA!

Quando o risco é ser Campeão

É altamente questionável, após nove anos da última disputa entre Vasco e Flamengo no Basquete adulto, o Poder Público não dar garantia para a disputa dos jogos entre as duas equipes com a torcida dividida, em qualquer competição que ambas disputem, em ginásios neutros. Este é o primeiro ponto a ser levantado, embora tenha sido levada em conta a conclusão chegada, tanto por parte do Vasco quanto do Flamengo.

Mas se houve uma medida preventiva por parte do Poder Público no referido quesito e a torcida do Flamengo se comportou da maneira como o fez em duas oportunidades distintas, mesmo após ser punida com a perda de um mando de quadra nas finais do Estadual, fica evidente que para a segurança e integridade dos atletas do Vasco e comissão técnica não poder haver jogo de torcida única deles (ainda mais numa decisão), justamente pelo risco causado.

Ademais a confusão pode ser dentro ou fora da quadra, como a vista na semana passada, e não se sabe qual seria o comportamento do adversário diante de mais uma derrota sofrida contra nós. O mesmo argumento foi utilizado pelo ala rubro-negro Marcelinho na segunda partida decisiva, questionando torcida única do Vasco e as consequências disso, caso o Flamengo fosse campeão dentro de São Januário (que era o local de mando do clube na ocasião).

Além disso, a partida foi marcada para 06 de dezembro, mas poderia ter sido passada para qualquer data posterior na qual houvesse a garantia de que teríamos um local adequado para a disputa do título com as duas torcidas presentes, o que além de ser comuníssimo na história dos Campeonatos Estaduais de Basquete (adiamentos de jogos eliminatórios/decisivos) ao longo dos anos, em nada interferiria para ambas as equipes, pois seus elencos permanecem os mesmos em virtude da disputa da NBB, enquanto que a próxima competição estadual só ocorrerá lá pelo meio do ano que vem.

No esporte deve prevalecer o bom senso e não está havendo entre dirigentes do Flamengo, Tribunais, Poder Público, Federação e aliados da tese defendida pelos citados.

Num programa esportivo transmitido ontem pela Rádio Tupi, Fernando Lima, Vice-Presidente de Esportes de Quadra e Salão do Vasco foi feliz em suas colocações, falando inclusive do sofrido pelo Vasco no jogo em que venceu o adversário com torcida toda deles, fruto da confusão ocasionada por seus próprios torcedores. Durante a entrevista os jornalistas daquela emissora de rádio entenderam os argumentos e viram como atitude de bom senso a do Vasco.

A razão está com o Vasco e outros fazem uma ginástica para justificar um final melancólico de Campeonato Estadual que se avizinha, por culpa de todos, menos do próprio Vasco.

Por fim, se o GEPE não pode garantir o espetáculo, conforme usos e costumes dele por muitas décadas, também não pode dizer com segurança e sem nenhum porém, que garante a integridade dos atletas e comissão técnica do Vasco, a partir de manifestações até então inusuais do adversário do Vasco, representado por sua torcida e ações oriundas dela, pelo menos com os princípios de segurança que imaginava suficientes para tal, afinal na confusão última no ginásio do Tijuca atletas e comissão técnica se viram encurralados e não devidamente protegidos.

Sendo o raciocínio o preventivo, a realização de um jogo envolto em tanta rivalidade, com possíveis consequências a atletas e comissão técnica do Vasco, principalmente se conquistando a vitória o próprio Vasco, poderia trazer – e seria elogiado – a mesma manifestação do órgão contra a realização do evento com uma única torcida (exatamente a que não sabe se comportar), tal qual foi feito peremptoriamente, mas sem elementos palpáveis e históricos recentes, em relação à presença das duas torcidas em alguns ginásios neutros, afinal Vasco e Flamengo não se enfrentavam desde 2007 numa competição nos mesmos moldes da atual.

Casaca!

Alerta de Mensagem Pirata

 

Está sendo divulgada através de mídias sociais uma convocação que prega vaias e xingamentos ao Presidente do Vasco. Tal convocação apresenta uma imitação indevida e de baixa qualidade do símbolo do CASACA!, o que configura pirataria de segunda linha, provavelmente apreciada por alguém que tem medo de assumir a própria identidade e seus próprios desejos inconfessáveis.

O CASACA! esclarece que historicamente esteve ao lado do Vasco, mesmo no período em que foi oposição. Assim, em momento delicado, jamais seria autor de qualquer ação contra a Instituição. Não foi no passado, não será no futuro, não é agora.

Portanto, neste sábado, mais uma vez, estaremos ao lado de quem sempre torce a favor. Ao lado daqueles que não esperam o caos para ganhar alguma notoriedade. Ao lado do clube.

CASACA!

Só dá liga se cumprir a lei

Embora dirigentes da Primeira Liga tentem evitar manifestações públicas de desagrado e alguns já tenham até um discurso pronto, e fictício, de conciliação, é certo que haja novos ‘rounds’ de polêmicas entre a CBF e 15 dos principais clubes do País. Isso porque a confederação não incluiu torneio organizado pela Primeira Liga no início de 2016 no calendário do futebol brasileiro de 2017, divulgado na noite de quarta-feira (6).

A CBF não reconhece oficialmente o movimento fundado por clubes de massa, como Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Cruzeiro e Atlético-MG, entre outros. Por isso, não formalizou a competição, vencida este ano pelo Flu, no novo calendário.

A Primeira Liga pretende reeditar o torneio em 2017 e defende que os clubes que a compõem sejam integrantes da disputa.

Já a CBF exige que sejam incluídos no torneio os clubes mais bem classificados em seus respectivos Estaduais – no caso, os campeonatos do Rio, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

CBF e Primeira Liga, inicialmente chamada de Liga Sul-Minas-Rio, travam há mais de um ano nos bastidores um embate que opõe 15 clubes à administração da confederação. Esta não aceita a possibilidade de uma nova ordem do futebol brasileiro e teme que a união de clubes represente o primeiro passo para a criação de uma Liga nacional.

Além dos seis já citados, integram a Primeira Liga o Atlético-PR, Coritiba, Paraná, Figueirense, Avaí, Criciúma, Joinville, Chapecoense e América-MG.

Fonte: Terra

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Comentário do Casaca!

A verdade nua é crua é que o Campeonato Estadual de 2016 teve expresso em seu regulamento, após reunião do arbitral da FFERJ, que participariam da Liga Sul/Minas/Rio 2017, o Campeão e o Vice-Campeão Carioca e isso está de acordo inclusive com aquilo que está previsto na lei. Se foi através dela que os clubes viram respaldo para a criação da Liga, não podem ignorar o previsto nela própria. Os critérios para classificação e disputa de uma competição da respectiva Liga devem atender a critérios técnicos.

Como a Liga é Interestadual, fica evidenciado que o critério técnico é a colocação das equipes na competição estadual. A FFERJ fez muito bem em clarificar isso no regulamento do Campeonato Carioca de 2016, que diferentemente dos 14 anteriores levou os clubes finalistas a outra competição, portanto foi classificatório.

Entre 1994 e 2015, portanto em 22 edições, apenas duas vezes o estadual classificou os campeões para outra competição (no caso em 2000 e 2001) e na edição de 2016 voltou a classificar novamente.

Diante disso, a dupla Fla/Flu fica chupando dedo, pois está barrada do próprio baile, por talvez desconhecer que para se fazer um baile não basta apenas contratar serviços e convidados. Há de se respeitar a hierarquia tanto das entidades que comandam o futebol, como de seus superiores no campo de jogo.

Ainda haverá outros desdobramentos. O Vasco poderá ou não querer jogar. Poderá ou não haver datas, mas o certo é que por direito apenas Vasco e Botafogo estão assegurados na competição.

Quanto à conversinha fiada da dupla Fla/Flu, liga não…

Casaca!

Que não haja mais coincidências

 

O árbitro do encontro desta terça-feira entre Joinville e Vasco apitou três jogos com polêmicas no ano passado, envolvendo clubes de Santa Catarina, das sete vezes em que atuou na competição apitando partidas das quatro equipes daquele estado, envolvidas no certame: Avaí (2 jogos), Chapecoense (2 jogos), Figueirense (2 jogos) e Joinville (1 jogo).

Jailson Macedo Freitas prejudicou de forma flagrante o Cruzeiro, no Mineirão, na oitava rodada da competição.

1º Turno – 8ª rodada

Cruzeiro 0 x 1 Chapecoense

Pênalti não marcado, após cruzamento de Willian e toque de Dener (CHA) na bola com o braço, dentro da área, aos 36 minutos do 1º tempo. O placar na ocasião era de 1 x 0 a favor da Chapecoense.

Pênalti não marcado após cruzamento de Alisson e toque de mão do atleta Neto (CHA) dentro da área, aos 46 minutos do 1º tempo.

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No jogo entre Avaí e São Paulo, disputado em Florianópolis, um erro grave foi cometido pelo árbitro contra o São Paulo, mas seu auxiliar o corrigiu.

2º Turno – 8ª rodada

Avaí 2 x 1 São Paulo

Com um minuto de partida, Romário invadiu a área e foi desarmado na bola por Lyanco (SP). O árbitro marcou a penalidade máxima, mas, alertado por um dos seus auxiliares, voltou atrás na marcação.

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No confronto entre Chapecoense e Palmeiras uma lambança sua foi corrigida, após intervenção de auxiliares da arbitragem. O erro inicial cometido prejudicaria o Palmeiras e favoreceria a Chapecoense.

Na segunda etapa um erro cometido contra a Chapecoense por seu auxiliar foi sanado pelo árbitro.

2º Turno – 10ª rodada

Chapecoense 5 x 1 Palmeiras

Aos 15 minutos do primeiro tempo, Egídio (PAL) fez desarme na bola em William Barbio, mas o árbitro viu falta e expulsou o lateral palmeirense. Minutos depois, o quarto árbitro avisou do erro cometido. O juiz da partida, então, voltou atrás. Egídio, que já estava no vestiário, foi chamado a voltar a campo. A Chapecoense vencia o jogo por 1 x 0 na ocasião.

Após córner cobrado da esquerda, Túlio de Melo subiu e cabeceou para marcar o terceiro gol da Chapecoense na partida, aos 9 minutos do 2º tempo. O árbitro, entretanto, atendeu a um aceno do bandeirinha. Este marcara impedimento de William Barbio no lance, que realmente estava em posição ilegal, mas não participara da jogada. Ato contínuo o árbitro foi até o bandeirinha Ivan Carlos Bohn e soube do motivo pelo qual seu auxiliar invalidara o lance, confirmando em seguida a validade do gol da Chapecoense, aumentando para 3 x 0 sua vantagem no placar.

Esperamos que no curto espaço de oito meses o árbitro tenha se reciclado e amadurecido, para que não repita os erros crassos cometidos nos três jogos citados acima. Por uma coincidência sua participação nos cinco lances capitais que beneficiaram ou beneficiariam os clubes de Santa Catarina foi favorável a eles e contra seus adversários.

Casaca!

 

Qual a diferença?

Ano passado, em plena recuperação do Vasco no Campeonato Brasileiro, uma vitória diante da Chapecoense poria o clube a apenas três pontos do 16º colocado, o Avaí na ocasião.

Não fosse o acúmulo de erros de arbitragem contra o Vasco (Internacional-RS e Sport no turno, Atlético-MG, Cruzeiro e Avaí no returno), o time já teria somado mais 8 pontos e estaria na 14ª colocação, dois pontos atrás do Fluminense, 13º, e 4 à frente do 17º colocado, o Avaí.

Mas os erros sistemáticos contra o clube pesavam jogo a jogo e naquela rodada, a 11ª do returno, uma vitória no Maracanã seria importantíssima para a equipe cruzmaltina, diante do adversário catarinense.

Aos 40 minutos do 2º tempo, o árbitro Ricardo Marques Ribeiro inventou um pênalti para a Chapecoense, acusando mão na bola do zagueiro Rodrigo, dentro da área, em lance no qual nenhuma câmera conseguiu mostrar o referido toque, pelo contrário, mas caso houvesse não caracterizaria a penalidade uma vez que o braço do atleta estava “colado” junto ao corpo.

Pênalti cobrado, gol marcado. Estava empatada a partida.

Passados dois minutos, bola levantada na área da Chapecoense em cobrança de escanteio e o atleta Tiago Luís, de frente para o lance, esticou os braços e tocou na pelota dentro da área, impedindo o domínio de Nenê. O pênalti escandaloso foi ignorado pela arbitragem. O prejuízo ao Vasco foi inequívoco e beirou as raias do absurdo naquela partida.

Na última quarta-feira em Volta Redonda a Chapecoense teve um pênalti no primeiro tempo mal marcado quando perdia por 1 x 0 para o Flamengo. Empatou e ainda na primeira etapa teve outro a seu favor, desta vez ignorado pela arbitragem, que errou novamente. Na segunda etapa o atleta Éverton do Flamengo foi bem expulso após aplicar algo parecido com um coice no adversário, mas na última bola do jogo, quando o placar era de 2 x 1 a favor da Chapecoense, a arbitragem achou um pênalti para o Flamengo (imagem desta matéria), que foi transformado em gol após a cobrança de Alan Patrick.

O rubro-negro já havia sido beneficiado na primeira rodada diante do Sport no mesmo estádio e se o Flamengo não tem casa para jogar, os árbitros parecem se sentir em casa para favorecer o rubro-negro na competição. Já era para o Fla estar na zona de rebaixamento, com um mísero ponto somado, mas ganhou três de presente das arbitragens.

Da mesma forma, com arbitragens limpas, era para o Vasco no ano passado, independente de qualquer outro fator, ter terminado em 8º lugar na competição, caso não fosse tungado em 14 pontos.

Arbitragens ruins e sistematicamente favoráveis ou contrárias a um determinado clube mudam e muito sua performance numa competição como o Campeonato Brasileiro e a imagem comparativa entre os dois lances contra o mesmo adversário (Chapecoense) apenas simboliza isso.

Casaca!

A herança de ouro hoje vale 218 milhões de reais

Foi noticiado ontem no site UOL, através do blog “Futebol em Números” que a venda do atleta Alex Teixeira – criado na base do Vasco em uma época na qual ela era tratada com todo carinho (como voltou a ser depois da passagem do Tsunami Amarelo) – o transformava no terceiro atleta brasileiro mais valorizado da história.

E isso traz à tona a memória de um passado não tão distante, mais precisamente lá dos idos de 2009, quando o então presidente da porta pra dentro José Hamilton Mandarino deu a seguinte declaração sobre a multa rescisória de R$ 100 milhões que o Vasco colocou no contrato da jovem promessa:

“Não se pode fazer o que ele fez, até porque o jogador precisa receber algo proporcional a sua multa rescisória, e isso não aconteceu. Aquilo, na verdade, foi uma fanfarronice. E foi algo feito a um garoto de apenas 17 anos que vivia um momento complicado. Ele estava numa fase difícil da vida, numa transição da adolescência para a vida adulta e, de repente, escutou todo mundo falando que ele valia R$100 milhões. Foi muito difícil para ele”, disse o vice-presidente de futebol.”

Fonte: Site do Sidney Resende 07/10/2009

E a resposta não demorou a vir, através do presidente Eurico Miranda:

“Ele [Mandarino] agora vem com esse tipo de conversa, em relação ao Alex Teixeira. Ele não conhece a legislação. Ele me diz que foi uma fanfarronice. Eu vou dar a resposta a ele, porque ele merece. Mas, na verdade, isso foi em defesa e valorização do próprio jogador, porque eles fazem pontes. A legislação permite que você fixe o preço do passe para o exterior. Do passe não, dos direitos econômicos para o exterior, livremente. Aqui dentro do Brasil, tem que ser dentro daqueles percentuais – é tantas vezes o salário recebido no ano, etc. Mas, para o exterior, livre. Para evitar as pontes é que eu fiz uma fixação lá em cima, e demonstrando que não tinha o menor interesse em vender o Alex Teixeira, porque propostas teve pelo Alex Teixeira. E não foram propostas pequenas, foram propostas altas.”

Fonte: NetVasco 16/10/2009

Ficou bem claro para todos que a multa rescisória foi com o claro intuito de valorizar o atleta. E isso fica cabalmente comprovado agora, em 2016.

Casaca!

Confira a entrevista coletiva dada por Eurico Miranda ontem em São Januário

Em entrevista coletiva realizada na tarde desta sexta-feira (22/05) em São Januário, o presidente Eurico Miranda falou sobre a permanência do técnico Doriva no comando da equipe do Vasco da Gama. Perguntado sobre o convite do Grêmio ao treinador do Vasco, o mandatário elogiou a postura do profissional e repudiou a atitude do presidente do time gaúcho Romildo Bolzan Junior.

“O motivo de eu estar aqui é para falar sobre um fato lamentável, que mostra muito bem como está o futebol brasileiro. Eu estava habituado a lidar no Grêmio com pessoas como Hélio Dourado, Fabio Koff, Paulo Odone, Rafael Bandeira, Flavio Obino, entre outros. Hoje fui surpreendido com a informação de que o atual presidente do Grêmio, numa atitude absolutamente desrespeitosa com a instituição Vasco e comigo, ligou diretamente para o técnico e formalizou uma proposta ao Doriva. Isso no meio de uma competição. Foi uma proposta de contrato de dois anos garantidos para receber 300 mil reais por mês. Reafirmo, que o presidente do Grêmio foi desrespeitoso com a instituição e em particular comigo. Fiquei só no aguardo dos acontecimentos e devo dizer que tive satisfação pessoal, porque vi que ainda existem pessoas no futebol que dão mais valor aos compromissos e a palavra do que o dinheiro”

Confira abaixo os principais temas da entrevista

Contato do Grêmio

“O Doriva me procurou para dizer que tinha recebido uma proposta muito boa, mas que não aceitou, pois está muito feliz aqui. Fiquei satisfeito. Não foi pelo fato dele continuar ou não. Foi pelo fato dele saber e ter sentido primeiro com quem ele está lidando. Meu problema não é o contrato. Meu problema é o compromisso que se assume. E eu assumi o compromisso quando o trouxe, talvez contra a vontade de muitos. Eu acredito no trabalho dele”

Pressão

“Eu disse ao Doriva que aqui no Vasco, comigo na presidência, não tem pressão. O único que pode fazer pressão sou eu, como presidente. Aqueles que trabalham comigo sabem perfeitamente que não existe isso. Talvez tenha sido isso que o levou a tomar essa posição. Ele foi muito bem recebido e é bem tratado no Vasco. Ele sabe que muito mais que o dinheiro vale a honra e os compromissos assumidos”

Repúdio ao presidente do Grêmio

“Quero lançar aqui o meu repúdio a atitude tomada pelo presidente do Grêmio, que não está à altura daqueles que o antecederam. Ele poderia tranquilamente usar o telefone e me procurar e não o profissional no meio de uma competição, fazendo essa proposta milionária, mas que não foi levada em consideração pelo treinador. Algumas coisas aconteceram aqui, inclusive na administração passada. É facil fazer proposta milionária, o difícil é cumprir depois. Compromisso é compromisso, honra é honra. Eu sei que isso está acabando. Atitude de homem ou de mulher não se refere ao sexo, se refere ao que um homem e uma mulher representam. Infelizmente isso está acabando. E esse cidadão, que hoje é presidente do Grêmio, não teve atitude de homem”

Mercado e contrato de Doriva

“O contrato que firmei com o Doriva não tem multa. Ele assumiu o compromisso comigo. O problema não está no mercado. Essa história de mercado é daqueles que acham que não tem que honrar compromissos”

Ligação direta

“Em nenhum momento eu fui procurado. Eu acho que o mínimo que eu merecia era um telefonema. A minha resposta seria que o momento não é esse. Poderiam ter procurado antes. Por quê não foram procurar o Doriva lá trás? Procuraram outros e não encontraram, ai chamaram o Felipão que não resolveu os problemas deles”

Caso do Doriva e Botafogo-SP

“As pessoas precisam ter informação e não distorcer os fatos. Quando contratamos o Doriva, ele tinha assinado contrato com o Botafogo-SP, mas nem tinha sido apresentado ao elenco do clube. Não é nada comparado a buscar um treinador no meio de uma competição. Há uma diferença muito grande, mesmo assim ele veio para o Vasco, que pagou a multa contratual, sem que ele tenha trabalhado um dia no clube paulista. Não foi proposta milionária, mas um projeto que ele acreditou. Não gosto de dizer quanto um profissional meu ganha, mas todo mundo sabe por volta de quanto ele recebe, que é muito diferente ao que foi oferecido pelo Grêmio”

Presidente do Grêmio

“Eu não sei o que ele está fazendo lá no Grêmio e a partir de hoje pouco me interessa. Eu digo com a maior tranquilidade porque eu convivi com outros presidentes. Não estou falando de graça, essas pessoas que citei quando foram presidentes do Grêmio são homens que dialoguei e reafirmo: nenhum deles tomaria uma atitude como essa”

Tempo de permanência de Doriva

“Quando eu apresentei o Doriva, eu disse que ele estava sendo contratado para ser o treinador do Vasco no mínimo até o final do ano. Ele não estava sendo contratado para teste ou só para o Campeonato Carioca. Dependendo, principalmente dele, pode ficar aqui mais dois ou 3 anos. O contrato não mudou em nada, muito pelo contrário, continua rigorosamente o mesmo”

Empresários

“Ele pode ter sido oferecido por empresários, isso é outro defeito do futebol brasileiro. Doriva me merece muito crédito e ele me disse que o presidente do Grêmio ligou para ele, oferecido ou não pelos empresários ou por extraterrestres. Só do fato de ter essa ligação, sem ter a delicadeza ou obrigação de me dar um simples telefonema, não muda em nada a posição que tenho a respeito deste caso”

Fonte: Site Oficial do Club de Regatas Vasco da Gama- Exceto o título