Papo Reto
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Quando o risco é ser Campeão

É altamente questionável, após nove anos da última disputa entre Vasco e Flamengo no Basquete adulto, o Poder Público não dar garantia para a disputa dos jogos entre as duas equipes com a torcida dividida, em qualquer competição que ambas disputem, em ginásios neutros. Este é o primeiro ponto a ser levantado, embora tenha sido levada em conta a conclusão chegada, tanto por parte do Vasco quanto do Flamengo.

Mas se houve uma medida preventiva por parte do Poder Público no referido quesito e a torcida do Flamengo se comportou da maneira como o fez em duas oportunidades distintas, mesmo após ser punida com a perda de um mando de quadra nas finais do Estadual, fica evidente que para a segurança e integridade dos atletas do Vasco e comissão técnica não poder haver jogo de torcida única deles (ainda mais numa decisão), justamente pelo risco causado.

Ademais a confusão pode ser dentro ou fora da quadra, como a vista na semana passada, e não se sabe qual seria o comportamento do adversário diante de mais uma derrota sofrida contra nós. O mesmo argumento foi utilizado pelo ala rubro-negro Marcelinho na segunda partida decisiva, questionando torcida única do Vasco e as consequências disso, caso o Flamengo fosse campeão dentro de São Januário (que era o local de mando do clube na ocasião).

Além disso, a partida foi marcada para 06 de dezembro, mas poderia ter sido passada para qualquer data posterior na qual houvesse a garantia de que teríamos um local adequado para a disputa do título com as duas torcidas presentes, o que além de ser comuníssimo na história dos Campeonatos Estaduais de Basquete (adiamentos de jogos eliminatórios/decisivos) ao longo dos anos, em nada interferiria para ambas as equipes, pois seus elencos permanecem os mesmos em virtude da disputa da NBB, enquanto que a próxima competição estadual só ocorrerá lá pelo meio do ano que vem.

No esporte deve prevalecer o bom senso e não está havendo entre dirigentes do Flamengo, Tribunais, Poder Público, Federação e aliados da tese defendida pelos citados.

Num programa esportivo transmitido ontem pela Rádio Tupi, Fernando Lima, Vice-Presidente de Esportes de Quadra e Salão do Vasco foi feliz em suas colocações, falando inclusive do sofrido pelo Vasco no jogo em que venceu o adversário com torcida toda deles, fruto da confusão ocasionada por seus próprios torcedores. Durante a entrevista os jornalistas daquela emissora de rádio entenderam os argumentos e viram como atitude de bom senso a do Vasco.

A razão está com o Vasco e outros fazem uma ginástica para justificar um final melancólico de Campeonato Estadual que se avizinha, por culpa de todos, menos do próprio Vasco.

Por fim, se o GEPE não pode garantir o espetáculo, conforme usos e costumes dele por muitas décadas, também não pode dizer com segurança e sem nenhum porém, que garante a integridade dos atletas e comissão técnica do Vasco, a partir de manifestações até então inusuais do adversário do Vasco, representado por sua torcida e ações oriundas dela, pelo menos com os princípios de segurança que imaginava suficientes para tal, afinal na confusão última no ginásio do Tijuca atletas e comissão técnica se viram encurralados e não devidamente protegidos.

Sendo o raciocínio o preventivo, a realização de um jogo envolto em tanta rivalidade, com possíveis consequências a atletas e comissão técnica do Vasco, principalmente se conquistando a vitória o próprio Vasco, poderia trazer – e seria elogiado – a mesma manifestação do órgão contra a realização do evento com uma única torcida (exatamente a que não sabe se comportar), tal qual foi feito peremptoriamente, mas sem elementos palpáveis e históricos recentes, em relação à presença das duas torcidas em alguns ginásios neutros, afinal Vasco e Flamengo não se enfrentavam desde 2007 numa competição nos mesmos moldes da atual.

Casaca!

7 comentários sobre “Quando o risco é ser Campeão

  1. Brilhante decisão do Vasco. A torcida dá todo o apoio, Ninguém aguenta mais o Flamengo e aqueles que o beneficiam gritar grosso e os outros calarem e aceitarem. Vasco é Gigante.

  2. Flapress, Mídia imparcial, uma mídia Insenta?
    Só mesmo no Brasil onde a Mídia é o QUARTO PODER, que age de acordo com os seus interesses e com clubismo!
    A mesma mídia esportiva, que adoram arrotar a palavra: PROFISSIONALISMO e MODERNIDADE…!
    E ela: ( A mídia esportiva?) Está estagnada e parado nos anos 80 !
    E quer e gosta de mamar nas verbas públicas, a mesma que vive pressionando os Governo Federal para que priorize o DECADENTE FUTEBOL BRASILEIRO, deixando de lado a SAÚDE, EDUCAÇÃO e a SEGURANÇA PÚBLICA, e parece que vivemos em um País onde tudo é igual ao padrão de vida escandinavo!

    E como sempre eles começam a APELAR quando se desesperam e percebem que podem perderem uma COMPETIÇÃO, nos vilanizam, mas se CALAM e OMITEM quando vemos que existe uma grande armação pró mulambada….!

    A Federação Estadual de Basquete deu um cheque em branco pra mulambada fazerem o que bem entenderem!
    Parece aquele garoto mimandinho que é o dono da bola, e participam do joguinho dele onde SOMENTE ELE PODE ditar as regras e dar as cartas….!

    Aquele Slogan do Barão de Coubertin o seu legado Olímpico que o ¨Importante é competir¨ perde o sentido do espírito de competir em igualdade de condições e quem vence é aquele que em o mérito e a competencia para chegar ao triunfo desportivo!

  3. Excelente atitude da diretoria.O capítulo IV do estatuto do torcedor rege sobre a segurança nos eventos esportivos. O jogo não pode ser realizado sob condições de total insegurança, as últimas partidas realizadas no local comprovam que não é seguro tanto para o torcedor, quanto para as equipes.
    Essa atitude deveria ser tomada pelo Vasco no ano de 2013 naquele fatídico jogo contra o Atlético-PR.

    Espero que esse jogo não tenha um fim sem antes passar pelos tribunais responsáveis.

  4. Devemos ficar atentos para 2017. Os inimigos do Vasco ( Amarelinhos, NetVasco, Comissão de Arbitragens da CBF, jornalistas esportivos, etc) já começaram antes mesmo do ano iniciar. Veja esse caso do basquete) Num jogo no RS de atletas sub vinte em poucos minutos 3 gols de impedimento do adversário vascaíno.

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