Coluna do Torcedor
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Um Vasco sem voz e sem alma

O ano era 2017, o Vasco havia eliminado o Flamengo em anos anteriores na Copa do Brasil em 2015, com o placar agregado de 2×1, e nas semifinais dos Campeonatos Cariocas de 2015 e 2016, períodos em que o Vasco foi bicampeão da competição. Com esse cenário, o Vasco iria disputar uma partida do Campeonato Brasileiro daquele ano contra seu rival no estádio de São Januário, algo não muito comum no histórico dos clássicos no século XXI.

Em uma partida muito disputada do início ao fim, o Vasco acabou sendo superado pelo placar de 1×0. O gol da partida foi marcado por Everton Ribeiro, e o rival voltava a vencer uma partida em São Januário após um longo jejum de 44 anos. Porém, apesar da derrota, o Vasco ocupava a 6ª colocação no campeonato e disputava uma vaga direta na Libertadores.

Mas, era ano eleitoral e a torcida, inflamada pela imprensa e por agentes políticos que ocupam cargos em bancadas esportivas, como Edmundo, por exemplo, resolveu se revoltar contra o presidente. Um grande quebra-quebra foi promovido por um pequeno grupo de torcedores. A polícia, despreparada, lançou indiscriminadamente bombas de gás nas arquibancadas.

Após a confusão, o então presidente Eurico Miranda convocou uma entrevista coletiva. Um jornalista da Globo, Carlos Gil, entrou em um link no Sportv e disse que o presidente estava, segundo ele, querendo escolher quem poderia perguntar, etc.

O presidente prontamente desmentiu e fez um pronunciamento de mais de 20 minutos sobre o caso, inclusive respondendo a perguntas dos jornalistas.

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), Ministério Público (MP) e Confederação Brasileira de Futebol (CBF) pediram a interdição do estádio. O Vasco, que vislumbrava uma vaga na Libertadores, passou a ser prejudicado com a perda de 6 mandos de campo.

Bem, na última semana, já em 2023, o Vasco passou por uma situação semelhante, embora com um contexto diferente. Não havia pressão em relação ao presidente e aos dirigentes eleitos. Com uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) constituída e uma empresa “americana” no poder.

Após toda a confusão, não houve nenhuma fala, nota ou pronunciamento. O Vasco permaneceu em silêncio, representando um vazio. Uma ausência de representatividade nunca antes vista na história do Clube. Ninguém saiu em defesa dos atletas. Ninguém saiu em defesa do histórico Estádio de São Januário. Nenhum jornalista questionou ou entrou em link.
O sinal é claro, querem que São Januário leve a culpa pelos erros administrativos da atual gestão, que por sinal é a pior da história. O objetivo? Sucatear ao máximo um estádio quase centenário e entregá-lo para a iniciativa privada. Com isso, a omissão proposital de Jorge Salgado e Cia (roxos e amarelos) gerará novamente um clamor por interventores externos e a ideia de “única saída”.

O Vasco precisa voltar a ter alma!

One thought on “Um Vasco sem voz e sem alma

  1. Depois que o Eterno Presidente Eurico Miranda morreu infelizmente o Club de Regatas Vasco da Gama morreu junto! 😭

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