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Aconteceu em 4 de maio – Na volta de Dinamite ao Maracanã, massacre vascaíno sobre o Corinthians: 5 x 2

 

No dia 04 de maio de 1980, Dinamite se reencontrava com o Maracanã em dia de gala da equipe cruzmaltina, que enfiou uma sonora goleada sobre o Corinthians pelo Brasileiro de 1980.

Assim descreveu o retorno do artilheiro o colunista Cláudio Mello e Souza no jornal “O Globo” do dia seguinte:

“O jogo entre Vasco e Corinthians começou logo ao anunciar-se a noite e terminou por noite fechada e úmida, quase fria. E bastou que, co.mo por milagre, brilhasse naquele céu sombrio a estrela de um atacante para que toda a torcida do Vasco gerasse e  transmitisse um calor de carnaval. E de carnaval animado.

Creio que ao marcar todos os cinco gols de seu time, Roberto estabeleceu um recorde ou, caso exista recorde maior, dele se aproximou muito. De qualquer forma, marcou numa só partida mais gols do que em toda a sua temporada espanhola.  

Roberto encontrou facilidades? Encontrou, sim.

Mas com que ímpeto, com que determinação e com que força delas se aproveitou para marcar aquele tipo de gol que o público começa a ver nascer, quando o atacante parte com a bola dominada para cima dos zagueiros: passa a antever no momento em que este mesmo atacante se infiltra, em velocidade por entre os mesmos atônitos zagueiros; gol que festeja, enfim, com o coração aos saltos e os olhos cheios de lágrimas, quando a bola, chutada com violência impressionante, faz balançar e estremecer as redes adversárias. ”

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A torcida rubro-negra, que estava presente no Maracanã para assistir ao seu time jogar na preliminar, lá ficou para secar o Vasco. Nada adiantou:

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As notas e atuações da equipe vascaína:

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Os gols do jogo:

Mas a história do retorno de Dinamite não foi tão simples. Roberto havia retornado de uma fracassada experiência no Barcelona e por muito pouco não foi parar no rival rubro-negro. A história começa no fim de 79.

Antes do início da temporada de 1980, o ídolo vascaíno foi vendido para o Barcelona da Espanha, apesar da discordância de Eurico Miranda, então assessor especial da presidência.

O dirigente fez de tudo para que Roberto não fosse e tinha especial cuidado em transmitir para os espanhóis cada exigência de Jurema, mulher do artilheiro, torcendo por uma contestação para melar negócio. Tudo, no entanto, foi aceito e Roberto partiu para a Europa. A passagem do artilheiro por lá, entretanto, foi prejudicada pela saída do treinador que o havia indicado, o húngaro Ladislao Kubala, e a pouca disposição de seu substituto Heleno Herrera, em aproveitá-lo no elenco. Sabedor das dificuldades pelas quais goleador passara no Velho Mundo, o Flamengo partiu para a sua contratação. Roberto firmou um pré-contrato com o rubro-negro.

A notícia surgiu como uma bomba na imprensa carioca. Dirigentes do Vasco haviam dito ao clube espanhol que, entre ter Roberto de volta e receber as parcelas restantes do valor acertado na venda, preferiam a segunda hipótese. Eurico Miranda não se conformou. Articulou-se internamente para convencer a parcela da diretoria que não via com bons olhos o retorno do atleta. Autorizado pelo presidente do clube, Alberto Pires Ribeiro, Eurico voou Espanha com duas missões: desfazer o negócio do artilheiro com o Flamengo e trazer de volta para casa o ídolo da massa vascaína.

Chegando à Europa, enfrentou o empresário responsável pela intermediação do negócio com o Fla. Ignorando qualquer acerto do jogador, afirmou que, para voltar ao Brasil, o destino de Roberto só poderia ser o Vasco. No papo com o ídolo, as coisas se acertaram mais facilmente. O dirigente levou à Espanha uma camisa do Vasco, entregou-a ao artilheiro e tratou da parte financeira com Jurema. Organizou em seguida toda a logística necessária com vistas ao retorno Dinamite. O Vasco conseguiu, a tempo, a inscrição de Roberto no Campeonato Brasileiro ( na Taça Libertadores não foi possível ).

Veja o vídeo abaixo, onde Dinamite agradece por Eurico tê-lo trazido de volta para o Vasco:

Outras vitórias do Vasco em 04 de maio:

SC Brasil 0 x 2 Vasco (Carioca 1930)

Vasco 1 x 0 Bonsucesso (Carioca 1968)

Vasco 1 x 0 Olaria (Carioca 1971)

Itabaiana 0 x 3 Vasco (Brasileiro 1974)

Vasco 2 x 0 Campo Grande (Carioca 1986)

Volta Redonda 1 x 4 Vasco (Carioca 1989)

Vasco 2 x 1 Volta Redonda (Copa do Brasil 2006)

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