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Presidente Eurico Miranda concede entrevista coletiva em São Januário

O presidente Eurico Miranda concedeu entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (09/01) no Complexo Esportivo de São Januário e fez um balanço das estratégias promovidas pela atual administração para melhorar os quadros patrimonial, financeiro e esportivo do Vasco da Gama. As dificuldades que estão sendo encontradas para honrar os compromissos também foram tema do pronunciamento realizado na sala de imprensa do clube.

Confira o pronunciamento do presidente Eurico Miranda:

“Essa coletiva pode ser dividida em duas fases. Uma é sobre a que ponto nos levaram e aonde nós chegamos com todas as dificuldades. Todos precisam saber efetivamente como as coisas aconteceram. Na verdade, eu tenho que iniciar falando sobre onde nós chegamos. Nós encontramos o Vasco na beira da insolvência. Era absolutamente necessária uma recuperação patrimonial, esportiva e financeira. Na parte financeira, nós tínhamos uma dívida de balanço de 690 milhões de reais. E não constava no balanço uma série de confissões de dívida que foram feitas pela administração anterior. Então, tivemos que fazer essa recuperação. O primeiro passo foi tentar levantar recursos para que a gente pudesse ter certidões de regularidade, o que foi feito. Depois, buscamos impedir que bloqueios e penhoras tornassem a situação insustentável. Isso nos obrigou a fazer diversos acordos, que ficou numa ordem mensal de quase dois milhões de reais. Mesmo assim, nós fomos surpreendidos permanentemente com algumas novidades, que eram penhoras que impediam que a gente pudesse manter a situação regular e fazer investimentos. Não tivemos como fazer investimentos nesse período todo. Entretanto, conseguimos aumentar a receita de 2015 para 2016. Conseguimos também manter os pagamentos em dia até o ínicio do segundo semestre de 2017. Só para se ter uma ideia, em 37 meses de administração, foram pagas 39 folhas salariais. Nós conseguimos manter sempre em dia. Uma das coisas mais importantes para nós sempre foi o pagamento dos salários”

“Como disse, encontrei uma dívida de 690. No ano seguinte, reduzi para 579 e na sequência para 559. Diminui também nesse ano, agora para 530. Mesmo com o crescimento normal das dívidas, nós conseguimos reduzir. Nós tínhamos até julho de 2017 os salários em dia e todas as certidões. Além disso, o clube teve toda uma recuperação da sua estrutura. Hoje ele tem uma estrutura com os departamentos funcionando a pleno vapor. Foi aí que veio essa campanha eleitoral, que aliás precisamos situar bem. Falam como se o Eurico fosse candidato a alguma coisa. Ele não é candidato a nada, muito pelo contrário. Hoje falam que o Eurico foi derrotado. Eu falo como presidente do Vasco e não como candidato. Temos um órgão de comunicação como o Extra que é dirigido, assim como o Uol, que é um apêndice da ESPN. Tivemos um presidente de Conselho Fiscal que estimulou matérias que foram muito bem recebidas por alguns setores. O interesse único ali foi prejudicar o Vasco”

“Nós tivemos um problema de não ter como agir em relação aos nossos parceiros. Não tivemos como buscar recursos para manter o que conseguimos até julho de 2017. As dificuldades foram aumentando com tudo isso. Elas aumentaram porque os parceiros eram procurados por esse pessoal que quer vir para o Vasco. Eles pediram para não fazer nenhum negócio com o clube. Eu sempre busquei fazer o que era melhor para o Vasco. Eu discuto eleição como presidente do Vasco e vou continuar discutindo até a última instância. O clube não pode ser taxado como um processo eleitoral viciado, que teve compra de votos, isso ou aquilo. Não participei de nada. Eu sempre quis desde o início que tudo isso fosse apurado. Vou continuar discutindo porque quero que as coisas sejam apuradas da forma correta. O Vasco tem um estatuto e ele é muito claro. Se teve vício numa eleição, tem que se anular a eleição e fazer outra. Não pode ter vício em parte de uma eleição, numa urna da eleição. E os sócios que votaram nas outras urnas? Eles não estavam irregulares?”

“Nós, com todas as dificuldades que tínhamos, tivemos aqui um episódio em São Januário em um jogo contra o Flamengo, em que o Vasco foi prejudicado. Justamente por campanha eleitoral, indivíduos que foram comprados por esse ou aquele seguimento, fizeram o que fizeram. Isso tudo é mais para demonstrar as dificuldades que tivemos de enfrentar para manter o clube funcionando como deveria funcionar. Eu tenho uma lista dos acordos que foram feitos. Existem duas pessoas que estão metidos na política e querem assumir o Vasco que estão nela. Teve um acordo feito com o Edmundo de 2 milhões e 700 mil. Outro com o Felipe de 3 milhões e 600 mil. Ele recebe 60 mil por mês. Estou citando esses dois, mas poderia citar outros, mas esses estão mais em evidência”

 
“Tudo isso nos levou a uma situação que é a pior que enfrento em todo esse período que tenho no Vasco. Está me causando muito problema interno, o principal deles é a questão do não pagamento dos salários. Hoje eu tenho um quadro onde os salários de novembro e dezembro não estão pagos, além do 13º. Isso se estende ao futebol e ao quadro funcional inteiro, que é algo que me preocupa muito. Temos essa situação real. Isso envolve também o problema do caso do basquete, que passou a ser uma notícia importante, principalmente para o Uol, que gosta de pesquisar essas coisas. Eu não tinha basquete, acabaram com o esporte no Vasco, mas fiz um esforço para montar um time. Tentamos buscar um patrocínio, mas não conseguimos. Tivemos dificuldades, principalmente porque montamos um time para disputar os primeiros lugares e que faz uma campanha abaixo. Isso prejudica a captação de patrocínio. Não tive e não tenho nenhuma reclamação deles nesse sentido. De quem eu tive, foi liberado, que foi o senhor David Jackson. Estou passando aqui o quadro do Vasco no momento”

Confira a entrevista coletiva na íntegra:

 
Fonte: Site oficial

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