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Em nome da desarmonia

Matéria publicada ontem pelo site Globo.com mostra claramente que quando a imprensa quer algo ela arruma um jeito de conseguir.

Inertes diante da barbaridade que é o prejuízo ao Vasco em termos de arbitragem neste Campeonato Brasileiro investiram os nobres jornalistas em (não se sabe como) colher e passar ao público termos e palavras usadas por atletas não relacionados para o jogo contra o Corínthians que estavam num camarote assistindo a partida.

Mal sabiam os interlocutores que o dito no calor de um jogo tenso seria utilizado para uma pequena tentativa de desarmonizar o elenco do Vasco na antevéspera de um jogo decisivo do clube diante do Joinville.

Imaginem o site Globo.com vontade, mas muito vontade mesmo de ir fundo nessas coincidências contra o Vasco no campeonato? Se fossem eles atrás de árbitros, bandeiras, presidente da comissão de arbitragem, dirigentes da CBF, mostrando o óbvio, o insofismável, o claro, nítido e absolutamente evidente prejuízo ao Vasco oriundo de arbitragens desastrosas? Dezoito erros capitais contra o Vasco na competição e apenas um a favor (que recentemente o site globoesporte.com tentou transformar em dois, mas mesmo assim sem influenciar no ganho de qualquer ponto do clube no campeonato por intermédio da arbitragem).

Caso houvesse vontade de alguns veículos de imprensa correrem atrás da descoberta, dos motivos, das razões para o que está se fazendo contra o Vasco e a favor de clubes catarinenses (tantos os absurdos vistos), certamente poderiam colocar sob suspeita tudo de visível e perceptível contra um e a favor de alguns outros na competição.

Mas não. Isso não causa interesse nenhum, afinal o campeonato tem que ser vendido como puro, ou quase isso. Frases feitas do tipo “os erros de lado a lado se compensam” não colam com o Vasco, prejudicado em 12 pontos até aqui (sem contarmos a partida contra o Goiás no início do returno, decidida com menos de 20 minutos da primeira etapa por conta de dois erros capitais da arbitragem, ambos influenciados pelo auxiliar Alex Ang Ribeiro). Mas tenta-se fazer o grude com cuspe. Se colar, colou.

Arrumar, porém, uma forma de escutar o que os atletas falam no calor de um jogo para tentar pô-los contra o capitão do time vascaíno, expondo a público algo tolo e, claro, com o nome de Eurico Miranda no meio para incrementar, isso sim é jornalismo na veia.

A participação de grande parte da mídia na questão envolvendo arbitragem neste Campeonato Brasileiro é fraca, risível, infantil.

Após as denúncias feitas pelo presidente do Vasco, Eurico Miranda, que encarou um tribunal e lá fez ver aos auditores do STJD, a necessidade de haver investigações, em virtude das inúmeras coincidências vistas contra o Vasco e a favor de clubes catarinenses, seria obrigação da imprensa correr atrás da informação, fazer descobertas, enfim, trabalhar em nome da lisura do campeonato.

Por fim, mais algumas informações úteis (apenas outras curiosidades). Um dos bandeiras de Avaí x Vasco há 48 dias, coincidentemente foi sorteado para fazer um belíssimo trabalho no jogo de domingo diante do Joinville. Já o árbitro Marcelo Aparecido de Souza, outro sorteado, foi o responsável por validar aquele gol do Flamengo na Copa do Brasil no início da partida, que supostamente acarretaria num massacre rubro-negro diante de seu maior rival.

Doze pontos tirados do Vasco no apito. Ah se isso ocorresse contra o Flamengo neste campeonato…

Casaca!

 

 

Vasco suspende patrocínio

O Club de Regatas Vasco da Gama anuncia a suspensão do patrocínio pontual da marca de chocolate 5 Star por não concordar com os termos da campanha veiculada em redes sociais.
O Vasco acertou o patrocínio na camisa de jogo oficial, como já o fez com diversas empresas, mas em nenhum momento seu corpo diretivo aprovou a campanha veiculada.
O Vasco tem uma relação extremamente leal com alguns dos maiores anunciantes do país, mas tem que ser firme em relação ao uso de seu nome, em qualquer momento e em qualquer situação.

O mesmo bandeira: acredite se quiser!

Márcio Eustáquio Santiago, o mesmo bandeira que não viu o atleta Tiago Luís da Chapecoense pôr a mão na bola dentro da área na partida da equipe catarinense contra o Vasco no Maracanã, aos 43 minutos do 2º tempo, na noite de hoje viu mão do defensor pontepretano Ferron, em lance no qual a bola bateu na cabeça do atleta. Desta feita o auxiliar induziu a erro o árbitro da partida, alertando-o da infração (não ocorrida). O juiz, então,assinalou pênalti inexistente para o Figueirense.

Também na partida de ontem, o árbitro Francisco Carlos do Nascimento não marcou penalidade máxima a favor da Ponte Preta aos 46 minutos da segunda etapa, quando um defensor do Figueirense desviou a trajetória da bola com o cotovelo direito, dentro da área, dsem que seu braço estivesse colado ao corpo.

Os favorecimentos aos clubes de Santa Catarina neste Campeonato Brasileiro são realmente de causar espanto.

Enquanto isso, o Vasco teve até aqui a perda de 12 pontos em função das arbitragens e nenhum a seu favor na mesma competição.

Casaca!

 

 

E continua a farra para os clubes de Santa Catarina

Num campeonato em que até aqui Avaí e Chapecoense são as equipes mais beneficiadas pela arbitragem na competição, superando até mesmo o Corínthians, o Figueirense, outro clube do estado na briga contra o rebaixamento, vinha fazendo uma campanha sem grandes influências da arbitragem contra ou a seu favor, mas, na noite de hoje, jogando contra a Ponte Preta em Campinas, recebeu uma enorme ajuda do árbitro Francisco Carlos Nascimento, de Alagoas.

O juiz, auxiliado por seu bandeirinha, que conseguiu ver um pênalti a favor do Figueirense aos 13 minutos do primeiro tempo, em lance no qual a bola bateu na cabeça de Ferron, defensor pontepretano, dentro da área, tendo interpretado o auxiliar que a pelota tocara na mão do referido atleta e “ajudado” o árbitro  na marcação da penalidade, convertida pela equipe catarinense.

Na segunda etapa, já aos 46 minutos, em cobrança de falta para a Ponte, um defensor do Figueira presente na barreira, usou o cotovelo (o braço não estava junto ao corpo) para interceptar a bola. Pênalti não marcado para a equipe da casa.

São coincidências e mais coincidências que se repetem a favor das equipes catarinenses.

Enquanto isso o Vasco segue no campeonato sem ter ganho um ponto qualquer oriundo de arbitragem e com 12 perdidos em função dela.

Relembrando:

1º Turno – 3ª Rodada

23/05 – Vasco 1 x 1 Internacional-RS – 2 pontos

Erros:

1 – Pênalti não marcado sobre Guinazu, cometido por Nilton (INT) aos 15 minutos do 2º tempo. O Internacional vencia por 1 x 0 na ocasião.

2 – Pênalti não marcado sobre Gilberto, cometido por Paulão (INT) aos 16 minutos do 2º tempo. O Internacional vencia por 1 x 0 na ocasião.

 

1º Turno – 7ª Rodada

20/06 – Sport 2 x 1 Vasco – 1 ponto

Pênalti não marcado sobre Gilberto, cometido por Durval (SPO) aos 20 minutos do 2º tempo. A partida estava empatada em 1 x 1 no momento em que ocorreu a penalidade.

 

2º Turno – 4ª rodada

05/09 – Vasco 1 x 2 Atlético-MG – 1 ponto

O segundo gol do Atlético-MG, marcado aos 42 minutos do 1° tempo foi irregular, pois na origem do lance houve falta cometida por Leandro Donizete (ATL) sobre Jorge Henrique não marcada pela arbitragem. O placar era de 1 x 0 para os mineiros na ocasião.

 

2º Turno – 7ª rodada

16/09 – Cruzeiro 2 x 2 Vasco – 2 pontos

1 – Aos 36 minutos do primeiro tempo Bruno Rodrigo, zagueiro do Cruzeiro, que já tinha cartão amarelo, cometeu falta por trás em Herrera e não foi expulso. Caso se desse a expulsão o Vasco teria um homem a mais em campo durante no mínimo 54 minutos. A partida estava empatada em 1 x 1 naquele momento.

2 – Aos 10 minutos do segundo tempo Williams do Cruzeiro cortou com um braço cruzamento na área do Cruzeiro e o árbitro, em cima do lance, viu o toque com o braço e nada marcou. Um pênalti não assinalado a favor do Vasco. Naquele momento no Cruzeiro vencia por 2 x 1.

 

2º Turno – 10ª rodada

04/10 – Avaí 1 x 1 Vasco – 2 pontos

Pênalti sobre Jorge Henrique, cometido por Nino Paraíba (AVA) aos 46 minutos do 1º tempo. O placar era de 1 x 0 a favor do Vasco naquele momento.

Pênalti inexistente, supostamente cometido por Madson, em lance no qual a bola bateu em seu braço fora da área, após falta cobrada da esquerda, aos 28 minutos do 2º tempo. O Vasco vencia por 1 x 0 naquele instante. O atacante Léo Gamalho desperdiçou a penalidade, atirando a bola por cima do gol de Martin Silva.

 

2º turno – 11ª rodada

15/10 – Vasco 1 x 1 Chapecoense – 2 pontos

1 – Pênalti inexistente, supostamente cometido por Rodrigo em lance no qual a bola não bateu em seu braço dentro da área, após cruzamento da direita, aos 40 minutos do 2º tempo. No lance, mesmo que a bola batesse no braço de Rodrigo não se caracterizaria a penalidade, pelo fato de o braço estar colado junto ao corpo na ocasião. O Vasco vencia o jogo por 1 x 0.

2 – Mão de Tiago Luís (CHA) na área, após cruzamento da esquerda, aos 42 minutos do 2º tempo. A partida estava empatada em 1 x 1.

 

2º turno 12ª rodada

18/10 – São Paulo 2 x 2 Vasco – 2 pontos

1 – Mão de Luiz Eduardo (SP), dentro da área, após cabeçada de Julio dos Santos a 1 minuto do 2º tempo. O jogo estava empatado em 1 x 1.

2 – Gol ilegal do São Paulo, marcado em lance no qual houve falta de Paulo Henrique Ganso em Bruno Gallo, na área vascaína, após cruzamento da direita, aos 43 minutos do 2º tempo. O Vasco vencia a partida até ali por 2 x 1.

Outros prejuízos de arbitragem contra o Vasco foram vistos na competição, diante de Avaí, no turno, Goiás, Internacional, Atlético-PR e Sport no returno, mas pelo fato de o Vasco ou ter ganho a partida ou perdido por um placar dilatado não contabilizamos tais prejuízos ao clube. Mesmo assim vale ressaltar que diante do Goiás, na estreia do returno, dois erros de arbitragem praticamente definiram a partida com menos de 20 minutos de jogo. Aos 14 foi marcado pênalti inexistente de Rodrigo, convertido em gol, e aos 19 Jorge Henrique foi expulso por exagero da arbitragem. Nas duas ocasiões o bandeira Alex Ang Ribeiro, induziu o árbitro a erro.

Reiteramos que nenhum erro capital de arbitragem trouxe qualquer ponto ao Vasco em 34 rodadas disputadas até aqui.

Ao invés de 33 pontos o Vasco deveria contar neste campeonato com 45 se, simplesmente, as arbitragens não fossem prejudiciais ao clube ou, como dizem os defensores de tantas coincidências, erros cometidos contra o clube fossem compensados com outros a favor.

Ressaltamos ainda que o Vasco é o time com o maior número de faltas sofridas na competição, entre todos os 20 participantes, não está entre os maiores infratores neste quesito (longe disso), mas é o recordista de cartões vermelhos (13) e amarelos (111) contra si.

Casaca!

São Januário simboliza a luta do Vasco contra preconceitos

Com sua capacidade limitada a 21.800 torcedores, São Januário será nesta quinta-feira à noite, o palco de mais uma partida decisiva para o Vasco, desta vez contra o Corinthians. Se para os corinthianos o jogo vale o quase garantido hexacampeonato brasileiro, para o time da casa, um triunfo poderá representar a tão aguardada saída da zona do rebaixamento. Poucos clubes no Brasil podem usar a expressão “time da casa” com tanta propriedade quanto o Vasco. Historicamente, na maioria dos casos, os terrenos para sedes e estádios foram doados pelo poder público. No Vasco, entretanto, a área de 56 mil metros quadrados onde se ergue o estádio foi adquirida pelos próprios sócios e dirigentes vascaínos, numa grande mobilização popular, em 1926. Trata-se do maior símbolo da luta do clube contra os preconceitos.

Com esses fundos, foi possível não apenas adquirir o terreno. A edificação foi uma resposta à rejeição de que o clube foi vítima nos anos 20, quando o futebol brasileiro era fortemente elitista e racista. Em 1923, havia ganho o Campeonato Carioca com um elenco formado por negros, brancos pobres e analfabetos que não tinham vez nos chamados grandes clubes do Rio. Forçado a eliminar do seu elenco justamente esses atletas para poder participar, em 1924, da nova liga, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos (Amea), o clube se recusou a fazê-lo e preferiu permanecer na Liga Metropolitana de Desportos Terrestres (LMDT). Somente em 1925 os vascaínos foram aceitos na Amea, sem se verem forçados a eliminar alguém. Entretanto, como não tinha um estádio e alugava os dos outros para poder mandar seus jogos, era sempre considerado um time “pequeno”, “zé povinho”, “time de portugueses e de negros”.

Para pôr fim a tudo isso, os sócios e torcedores se uniram, espalharam listas por toda a cidade — num dos primeiros casos no país do que hoje se chama crowdfunding, isto é, finaciamento coletivo — e levantaram recursos para comprar o terreno e depois construir o estádio, sem um centado de ajuda oficial. Pelo contrário. Na época, o clube precisava de uma autorização do então presidente Washington Luiz para poder importar cimento da Bélgica, o que fora obtido anos antes pelo antigo Derby Club para construir sua sede no local onde hoje está o Complexo do Maracanã. O então presidente negou a autorização. Mas engenheiros e mestres de obras conseguiram fazer uma mistura usando uma quantidade maior de areia e de pedra e tocaram a obra, na qual muitos vascaínos trabalharam voluntariamente.

A área pertencia a um empresário do ramo de tintas chamado Carlos Kuenerz e no século 19 havia pertencido a Marquesa de Santos, a favorita do Imperador Pedro I. O nome oficial do estádio é Vasco da Gama, mas ele é mais conhecido por São Januário, por causa de uma das ruas localizadas em suas imediações. A praça de esportes foi inaugurada oficialmente a 21 de abril de 1927, no amistoso Vasco 3 x 5 Santos, tendo permanecido como o maior do país até 1940, quando da abertura do Pacaembu, em São Paulo. Fora também o maior da América do Sul, até 1930, quando da inauguração do Estádio Centenário, de Montevidéu, e o maior do Rio até 1950, quando da abertura do Maracanã, sede de vários jogos, incluindo a final da Copa do Mundo de 1950. Os refletores de São Januário foram inaugurados em 31 de março de 1928, com o jogo Vasco 1 x 0 Wanderers (Uruguai), num gol do ponta-esquerda Santana. Foi um gol olímpico (direto da cobrança de um escanteio), um dos primeiros de que se teve notícia na história do futebol brasileiro. Entre todos os estádios do atual Campeonato Brasileiro, apenas o Urbano Caldeira, na Vila Belmiro, do Santos, inaugurado em 1916, é mais antigo que São Januário.

Antes da construção do Maracanã, a seleção brasileira fez de São Januário a sua casa. Lá atuou pela primeira vez a 15 de janeiro de 1939, tendo sido goleada pela Argentina por 5 a 1, na Copa Rocca, disputada entre os dois países.Em 1949, porém, no mesmo cenário o Brasil disputou e conquistou o Sul-Americano de 1949. Na época, a seleção brasileira — cuja base era o Vasco — goleou quatro adversários: Brasil 9×1 Equador (3 de abril de 1949), Brasil 7×1 Peru (24 de abril de 1949), Brasil 5×1 Uruguai (30 de abril de 1949) e Brasil 7×0 Paraguai (11 de maio de 1949). Com 19 partidas naquele local, a seleção obteve 14 vitórias, 2 empates e 3 derrotas, com 65 gols a favor e 26 contra. O último jogo do Brasil em São Januário foi em 14/07/1993: 2 a 0 sobre o Paraguai, gols de Branco e Bebeto.

Atuando em sua casa, o Vasco levantou sete títulos cariocas e deixou muito bem encaminhada uma de sua maiores conquistas internacionais. Assim, jogando boa parte das partidas em seus domínios, foi campeão carioca de 1929, 1934, 1936, 1945 (invicto), 1947 (invicto), 1949 (invicto) — todos estes antes da inauguração do Maracanã — e o de 1992 (invicto). O Campeonato Estadual de 1992 teve São Januário como palco principal, porque à época o Maracanã estava interditado, devido a um grave acidente na final do Brasileiro daquele ano, entre Flamengo e Botafogo.

A partida mais importante da história de São Januário, para o Vasco, se deu a 12 de agosto de 1998, quando o Vasco bateu o Barcelona de Guayaquil, no Equador, por 2 a 0, gols de Donizete e Luizão, pelas finais da Copa Libertadores da América. Na partida de volta, em Guayaquil, no Equador, os vascaínos sacramentaram o título, ao vencerem por 2 a 1. Lamentavelmente, num passado recente, em 2008, foi em São Januário que a torcida assistiu ao rebaixamento do clube para a Segunda Divisão do Brasileiro, na derrota de 2 a 0 para o Vitória, em 2008. O recorde oficial de público do estádio é de 40.209 pagantes, no jogo Vasco 0 x2 Londrina, pelo Brasileiro de 1977, mas disputado em 19 de fevereiro de 1978. Extra-oficialmente, porém, comenta-se que mais de 60 mil torcedores se acotovelaram no local para o amistoso Vasco 1×0 Arsenal (Inglaterra), a 25 de maio de 1949. Era a primeira vez que um campeão inglês vinha ao Brasil.

O maior artilheiro em São Januário foi Roberto Dinamite, com seus 184 gols entre 1971 e 1992, tendo sido o último deles a 26/10/1992: Vasco 1×0 Goytacaz. Na década de 90, não apenas devido à interdição do Maracanã, em 1992, mas também pela fuga dos clubes em relação às altas taxas naquele estádio, o Vasco mandou alguns clássicos em seu campo. Eventualmente, a praça esportiva vascaína foi cedida aos rivais cariocas. O Flamengo o utilizou em três oportunidades, no Brasileiro de 1995, contra Bragantino, Criciúma e Bahia. Em 2005, o Fluminense também mandou no local alguns de seus jogos do Brasileiro, e no mesmo ano, realizou ali partidas da Copa do Brasil e da Copa Sul-Americana.

A 30 de abril de 2002, o Travel Channel, famoso canal de televisão especializado em turismo realizou pesquisa que incluiu São Januário entre os sete melhores estádios do mundo para se assistir a uma partida de futebol, junto com Camp Nou, Giuseppe Meazza, La Bombonera, Ibrox Stadium, Stamford Bridge e Estádio Olímpico de Munique. Tal pesquisa foi citada em artigo a respeito do clube, no site da Fifa. Em 2008, o estádio também ganhou o prêmio de Maravilha da Zona Norte, em primeiro lugar numa votação para escolher as sete maravilhas da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro.

Além de eventos esportivos, São Januário serviu também aos comícios do então presidente Getúlio Vargas, nos anos 30 e 40. Ali, em sua Tribuna de Honra, em 1 de maio de 1943, que Vargas assinou a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), base da legislação trabalhista nacional. No mesmo cenário, o líder comunista Luiz Carlos Prestes também realizou ato público pela redemocratização do país a 23 de maio de 1945.

Na Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945, o clube pôs o estádio à disposição das Forças Armadas Brasileiras e bancou a Escola de Instrução Militar, que formou 10 mil soldados. Além disso, São Januário foi alojamento de militares de outros estados antes de embarcar para os combates na Itália. O clube levantou recursos e doou à Força Aérea Brasileira (FAB) dois aviões. No aspecto cultural, São Januário serviu de palco para dois desfiles de escolas de sambas, em 1943 (beneficente e sem caráter competitivo, como parte de mobilização para a Segunda Guerra Mundial) e em 1945 (oficial, ganho pela Portela), além das apresentações do maestro Heitor Villa-Lobos que regia corais de estudantes, na década de 30. Num desses espetáculos, já em 1940, com a presença de Vargas, cantaram 40 mil estudantes.

A fachada da sede, de autoria do arquiteto Ricardo Severo, tem o estilo colonial português e é tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Logo na entrada do estádio, pode-se ver o busto do navegador português que é patrono do clube, inaugurado em 1942. Na subida para a sala da presidência, há um conjunto de azulejos que retratam as Grandes Navegações Portuguesas. Além de ser uma edificação com tijolos, areia e cimento, São Januário é um capítulo à parte na história do clube e do próprio país.

Fonte: O Globo Online

Ouça o PodCast do CASACA! de 12.11.2015

Ouça o PodCast do CASACA! que foi transmitido Ao Vivo em 12/11/15 com participação de Sérgio Frias, Leonardo Miranda e Rodrigo Alonso.

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Geração de ouro – Phillippe Coutinho

Recentemente Phillippe Coutinho e Alex Teixeira foram considerados dois dos mais valiosos atletas que atuam na Europa, mas não se vê ninguém falar que clube os revelou e em que administração isso foi feito.

A falta de boa vontade da mídia convencional nos motivou a fazer um retrospecto de seis atletas da base cruzmaltina, que, revelados pelo clube, hoje despontam no futebol brasileiro e mundial, mostrando a qualidade de uma base desenvolvida pelo Vasco por vários anos.

Exporemos também as negociações envolvendo todos eles e o papel do Vasco, por intermédio de seus gestores, nas respectivas transações e também na proteção dos atletas e do clube, vislumbrando tais negócios.

Em 2008 o Vasco trocou de mãos, a 01 de julho daquele ano.

Na época as revelações da base do Vasco eram, entre outras, Bruno Gallo (20 anos) , Souza (19), Alan Kardec (19), Alex Teixeira (18), Allan (17) e Phillippe Coutinho (16).

Passados sete anos temos hoje Phillippe Coutinho e Alex Teixeira em altíssima cotação na Europa; Souza, meia de seleção brasileira; Alan Kardec, atacante com passagens em grandes clubes do futebol brasileiro e europeu (Benfica-POR, Santos, Palmeiras e São Paulo); Allan atuando com sucesso no futebol italiano e Bruno Gallo voltando à sua casa onde se destaca neste Campeonato Brasileiro pelo time do Vasco, com quatro vitórias, cinco empates e apenas uma derrota na competição.

O atleta Phillippe Coutinho foi um caso “sui generis”, pouquíssimo explorado pela imprensa brasileira na época. Ainda em 2007, no mês de novembro, mais precisamente no dia 13, o jornal “Marca” da Espanha anunciou interesse do Real Madrid-ESP no atleta (à época com 15 anos) e na mesma data o site “Terra” noticiava que o representante do jogador na Espanha já teria iniciado os contatos com o Real e a equipe madrilena poderia anunciar o jovem jogador ainda naquela semana.

Por outro lado, o jornal espanhol destacava que o Real Madrid queria “jogar limpo” com o jogador e com o Vasco e apresentariam uma oferta por Coutinho para que se transferisse em maio de 2008, mês em que o atleta completa 16 anos (na verdade o atleta completaria 16 anos em junho).

Rebatendo uma notícia veiculada a 25/12/2007 no jornal português “Diário de Notícias”, que afirmava ter o pai e representante do atleta, José Carlos, anuído à assinatura de um pré-contrato junto ao Real Madrid a ser validado a partir de março do ano seguinte e que o Benfica corria por fora também buscando o ingresso do atleta em seus quadros, o próprio pai de Phillippe Coutinho desmentiu a informação no dia seguinte falando do desejo do atleta em fazer seu primeiro contrato profissional pelo Vasco.

Importante ressaltar que pela legislação vigente, o Vasco até tinha proteção para fazer o primeiro contrato profissional com o atleta, mas se um clube do exterior oferecesse condições à família do jogador e aguardasse um ano para profissionalizá-lo o direito pereceria.

Em 11 de fevereiro de 2008 o site Netvasco publicou matéria, baseado no site eletrônico “Marca”, que noticiava estar o atleta a um passo do Real Madrid, embora a família de Phillippe Coutinho tivesse afirmado que o atleta assinaria o seu primeiro contrato com o clube no fim do ano anterior.

Em 27 de fevereiro o Vasco denunciou o Real Madrid na CBF, UEFA e FIFA por aliciamento do clube espanhol ao jogador Philippe Coutinho, que além do Vasco defendia a seleção brasileira sub-16. na época Segundo Eurico Miranda, presidente vascaíno, o Real Madrid fizera uma proposta irrecusável, mas ilegal à família do jogador.

Eis as declarações de Eurico Miranda naquela oportunidade

– Pelo aliciamento do Real Madrid ao nosso atleta Philippe Coutinho denunciamos o clube espanhol na FIFA, UEFA e CBF, além de mandarmos um ofício para o Juizado de Infância e Juventude. O Real Madrid procurou a família do atleta fazendo propostas irrecusáveis, mas ilegais. Não são permitidas transferências de jogadores menores de idade. Estamos mostrando que essa não é a forma de proceder – disse Eurico ameaçando ainda não liberar o jogador para a seleção sub-16 que vai participar da 8ª Copa Internacional do Mediterrâneo, em Barcelona, entre 19 e 23 de março.

E emendou:

– O Vasco entende que ele não deve atender essa convocação caso a CBF não dê a devida proteção.

Eis a carta enviada pelo Vasco através de fax, naquela mesma data.

Real Madrid C.F. 

Sr. Ramón Calderón 

Presidente 

Fax no.: +34 913 98 43 00 

Ref.: Atleta Brasileiro Philippe Coutinho Correia 

Prezados Senhores, 

Na capacidade de presidente do C.R. Vasco da Gama, faço referência ao atleta acima mencionado e, neste sentido, tomei conhecimento de que este clube espanhol entrou em contato e iniciou negociações para sua transferência permanente para seu time juvenil. 

Neste contexto, reverto aos termos do Regulamento da FIFA sobre o Estatuto e a Transferência de Jogadores (“RSTP – Regulations for the Status and Transfer of Players”), de acordo com o qual um clube que queira contratar os serviços de um atleta está obrigado a informar o clube ao qual este mesmo atleta está vinculado antes de iniciar qualquer tipo de negociação com ele. 

Ademais, o mesmo regulamento RSTP proíbe as transferências internacionais envolvendo atletas menores de idade e fomos informados (pelos pais do jogador) acerca do fato de que o Real Madrid C.F. ofereceu ao seu pai um emprego na Espanha, numa clara tentativa de fraudar as disposições contidas no Artigo 19 (a) do mencionado Regulamento da FIFA. 

Importante mencionar que Felipe Coutinho, um atleta de apenas 15 anos de idade, tem sido formado pelo Vasco da Gama desde seu início como jogador de futebol e ainda não completou seu período educacional e de treinamento. 

De forma a prevenir responsabilidades e resguardar direitos, o Vasco da Gama informa que não tem intenção de negociar o jogador e irá exercer integralmente seus direitos trabalhistas na condição de clube formador, conforme estabelecido pela legislação brasileira, notadamente pela “Lei Pelé” (nº 9.615/98). 

Em vista do acima exposto e levando-se em consideração a gravidade da questão, serve esta para informar ao Real Madrid C.F. que já instruí nosso departamento jurídico a buscar – sem prévia notificação – o Juizado da Infância e da Juventude e o Comitê do Estatuto do Jogador da FIFA a fim de que seja aberta uma investigação a respeito da violação às provisões contidas no citado RSTP e ao ordenamento jurídico nacional. 

Atenciosamente, 
____________________________________ 
Eurico Miranda 
Presidente 
Club de Regatas Vasco da Gama 

Com cópia: 

Fédération Internationale de Football Association-FIFA 

Confederação Brasileira de Futebol (“CBF”) 

Union Européenne de Football Association – UEFA 

Real Fédéracion Española de Fútbol (“RFEF”) 

Juizado da Infância e da Juventude da Comarca do Rio de Janeiro 

Em 16 de março do mesmo ano, a CBF, a pedido de Eurico Miranda, mandou carta à Federação Espanhola, com cópia à FIFA, avisando que o governo brasileiro “não gosta de assédio de clubes estrangeiros a jogadores menores de idade”. O documento pede advertência ao Real Madrid, acusado de assediar o vascaíno de 15 anos, oferecendo emprego a seu pai.

Em 19 de março o jornal espanhol “Marca” anunciava estar o Real Madrid disposto a oferecer 3 milhões de euros por Phillippe Coutinho, o que pelo câmbio da época equivaleria a R$8.143.800,00.

Em 12 de junho, Phillippe Coutinho completou 16 anos de idade e no dia 15 de junho assinou compromisso com o clube pelo prazo de três anos, a o mesmo tempo que acordava informalmente com a família do atleta liberá-lo em seguida para o futebol europeu, conforme interesse dela.

No dia 17 de junho o Vasco negociou o atleta para a Internazionale-ITA por 3,8 milhões de euros, o que pelo câmbio do dia equivalia a R$9.508.360,00. O clube italiano pagaria ao Vasco em três parcelas: julho de 2008, julho de 2009, julho de 2010. Por outro lado, Phillippe Coutinho teria os salários pagos a partir dali até junho de 2010 pela Internazionale-ITA, que o manteria no Vasco por mais dois anos.

No dia 02 de julho Eurico Miranda informou ao Segundo Vice-Presidente do clube, José Hamilton Mandarino e ao presidente do Conselho Deliberativo do Vasco que havia feito a negociação e que os valores estariam todos à disposição da nova diretoria, que ingressava no clube. 

No dia 21 de julho, Manuel Fontes, o “Neca”, Vice-Presidente de futebol do Vasco afirmou que o atleta iria para o Real Madrid-ESP.

Na mesma data Manuel Fontes desmentiu a negociação e também desmentiu que Phillippe Coutinho tivesse sido negociado com a Internazionale-ITA.

No dia seguinte Roberto Dinamite disse que não sabia de nada até aquela data e a 23 de julho Manuel Fontes, Vice-Presidente de Futebol, criticou a transação, sem explicar como faria para convencer o atleta e a família a recusar a proposta considerada por eles irrecusável, que veio casada com o aceite dela própria em assinar o primeiro contrato profissional do atleta com o Vasco.  

Vale lembrar que o referido crítico (Manuel Fontes), dois dias antes (a 21 de julho), deu a seguinte declaração em entrevista ao repórter Sérgio Guimarães, no programa “Bandeirantes Rio no Futebol”, da Rádio Bandeirantes.

“Essa notícia procede (venda de Phillippe Coutinho ao Real Madrid-ESP), porque esse assunto vem sendo estudado para atender às necessidades financeiras que o Vasco apresenta no momento. Muito a contragosto, porque é um jovem de futuro, mas há situações em que não tem jeito e tem que ser tomar atitudes”.

O dirigente afirma que a venda do jogador foi a única maneira encontrada de arrecadar recursos.

“Sem dúvida nenhuma, mas acontece que o momento é de emergência, emergencial. Como ele é mesmo jovem e não se pode contar com ele para ser aproveitado no profissional, tem que se buscar recursos e encontrar uma maneira. Essa foi a maneira encontrada, porque era um jogador pretendido por vários clubes. Se analisar, pela idade dele, ele realmente é um jovem que aponta um grande futuro, mas tudo pode acontecer no meio do caminho”.

Pelo fato de o Vasco ter assinado o primeiro contrato profissional com o atleta e mantido Phillippe Coutinho por mais dois anos no clube, em qualquer negociação internacional que se faça terá direito a 2,5% do valor total, como ocorreu em 2013, ocasião na qual o atleta se tranferiu para o Liverpool-ING, cabendo ao Vasco na época 1,3 milhão de reais.

Numa suposta venda dos direitos econômicos do atleta para outro país, o que é bastante provável de acontecer em breve, o Vasco receberá mais 2,5% do valor total de negociação. E assim será sucessivamente até o final da carreira do atleta.

Atuando pela equipe profissional do Vasco entre os anos de 2009 e 2010 Phillippe Coutinho realizou 44 jogos, tendo marcado cinco gols.

Casaca!

 

Dois pesos, duas medidas

Dois pesos e duas medidas.

É impressionante como a mídia trata de forma tão distinta as eleições nos clubes de futebol, principalmente comparando-se Vasco e Flamengo.

Por aqui surgiram matérias compradas mais de 1 ano antes da eleição, reportagens semanais tratavam do tema ao passo que o torcedor vascaíno mais distante entendesse passo a passo do processo eleitoral cruzmaltino, mesmo que de forma envesada.

O Fla está em período eleitoral com denúncias graves de lado a lado, uma delas feitas pelo Desembargador Siro Darlan (sócio do clube da Gávea) e com o atual mandatário modificando a iluminação da Gávea para colocar a cor da sua chapa (Ah se fosse o tal Eurico!).

Contudo, ontem tivemos o ponto alto. Na tarde desta quarta-feira, a ESPN promoveu um debate entre os candidatos à presidência. Durante as discussões, o candidato Cacau Cotta afirmou para Walim, que o Flamengo só se salvou do rebaixamento em 2013, graças a escalação irregular do jogador Héverton, da Portuguesa.

“A Portuguesa ajudou o Flamengo com a escalação de um jogador irregular”, disse Cacau para Walim.

Alguém viu alguma notinha ou comentário hoje na grande mídia?

Eles tremem!

Casaca!