Coluna do Benemérito
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Quando se perde a alma, morre a instituição

Texto publicado no Facebook do GB Marco Antonio Monteiro no dia 05/02/2021:

QUANDO SE PERDE A ALMA, MORRE A INSTITUIÇÃO

Existem instituições que só podem sobreviver com alma. O Vasco, por sua origem, é uma delas. Ali está a luta para entrar e vencer num espaço que era exclusivo da elite. Ali está a resistência que existe nesse país a quem vem de baixo e vence, a quem é de área pobre, a quem junta imigrante e negro. Se quem dirige não entende isso ou não gosta disso, o resultado será a perda da ligação entre a base (no caso o torcedor) e a instituição.

Ontem, mais uma vez, o Vasco foi para um jogo contra o Flamengo como se fosse algo comum. E ao ter uma equipe tecnicamente inferior se satisfaz em perder e pronto. Vanderlei Luxemburgo só verbalizou o que ele sente no ambiente do clube: jogo com o Flamengo já está perdido. Antes, Abel classificou como “linda” uma derrota para o mesmo adversário.

A falta de dinheiro é grave, mas pior é não ter o espírito de Vasco. Isso vem de cima: foi assim com Roberto, com Campello e parece que será com Salgado. É um Vasco educado, comportado, quase dizendo “eu sou da zona norte, mas quero ser da zona sul”. Isso acaba com o torcedor.

Eu recebi um levantamento sobre os últimos 20 anos de duelos entre Vasco e Flamengo no Campeonato Brasileiro. Dinamite presidente teve 10 jogos contra o Flamengo: perdeu 4 e empatou 6. Já Campello teve 5 jogos: perdeu 2 e empatou 3. O velho Eurico, tão criticado e cercado, teve 16 jogos: ganhou 9, empatou 2 e perdeu 5. E esses 20 anos não incluem obviamente a metade final da década de 80 e a década de 90, onde o Vasco também levou vantagem.

Eurico não existe mais, assim como Calçada, Agathyrno, Ciro Aranha e outros. Mas é preciso recuperar a alma do clube, que desaparece a cada dia.

Ah… o primeiro Vasco e Flamengo com Jorge Salgado também foi de derrota e sem nenhuma reação.

MARCO ANTONIO MONTEIRO
GRANDE BENEMÉRITO DO VASCO

One thought on “Quando se perde a alma, morre a instituição

  1. Tenho 53 anos de idade, como um torcedor e apaixonado, já vi vários momentos bons do Vasco, e momentos difícil ,mais o atual nunca. Se alguém não fizer algo para mudar o meio político e o Vasco em um todo, não gosto nem de pensar o que teremos em futuro próximo. A minha parte eu faço em manter a mensalidade de sócio em dia, bem como comprar camisa, ingresso, livros e torcer…E os cardeal do Vasco ? Fazem a parte deles?

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