ColunasRodrigo Alonso
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O preto, o branco e o respeito às tradições

Preto com faixa branca. Branco com faixa preta. Em ambas, a cruz vermelha de Cristo.
 
Essas são as cores tradicionais do Vasco, usadas por pretos, brancos, homens, mulheres, héteros e gays, ateus e cristãos. Cores que unem a todos, exatamente para mostrar que TODOS são iguais na condição de vascaínos e, principalmente, seres humanos.
 
Aí o que faz o dirigente “moderno” de 2021? Retrocede séculos, criando uma camisa que segrega uma parcela da sociedade, categorizando pessoas e jogando vascaíno contra vascaíno nesse claro desrespeito as tradições.
 
Num passado recente, nos mostramos contrários à estas mudanças esdrúxulas no nosso uniforme, quando o MUV, em 2012, lançou uma camisa azul que claramente desrespeitava as nossas tradições e o estatuto vascaíno. Inclusive, em ação movida por um benemérito (clique aqui e leia a íntegra da decisão), a justiça proibiu o Vasco da Gama de utilizar a camisa azul em jogos e diante da imprensa. Trecho da decisão:
 
“Atentando-se para o conteúdo do artigo, e confrontando-o com a camisa estampada à fl. 23, impõe-se concluir que o réu, ao arrepio do Estatuto, criou uma camisa sem as cores da bandeira (preta com uma faixa branca em diagonal), como determina o art. 7º.
 
Ademais, cumpre ressaltar que o réu manteve apenas a Cruz de Malta no centro da camisa azul, cor essa que em nenhum momento é referida no Estatuto. Do exposto, exsurge cristalino que a nova camisa infringe o Estatuto do clube, pelo que, merece acolhida a pretensão autoral.
 
Isto posto, JULGO PROCEDENTE o pedido, determinando que o réu se abstenha de apresentar os seus jogadores com o uniforme azul, como apontado à fl. 23, em quaisquer jogos e competições esportivas e junto à imprensa em geral, já que contraria o art. 7º do Estatuto do clube.”
 
Não satisfeitos, o MUV volta novamente com suas aberrações e lança mais uma camisa que, como aquela de 2012, desrespeita as cores tradicionais e o estatuto do CR Vasco da Gama. Mas parece que já ficou muito claro que respeitar a nossa carta magna não é muito a cara destes golpistas que tomaram o clube de assalto.
 
Já lançaram camisa do Vasco sem a cruz, agora mudam as cores. Amanhã o problema será a capela dentro de São Januário. Depois, o próprio nome do estádio, e por ai vai. 
 
Ceder a ditadura do politicamente correto é um caminho sem volta, pois, para quem a impõe, nunca será o suficiente.
 
Que criem camisas azuis, roxas, amarelas, verdes, lilás ou o que mais suas imaginações férteis produzirem, e ofereçam para o torcedor comprar, mas dentro de campo ou de quadra, representando desportivamente a instituição, nosso uniforme sempre foi e sempre será este: o preto, o branco e a cruz vermelha de Cristo.
 
Rodrigo Alonso
 
PS: Artigo 7º do Estatuto do CR Vasco da Gama: “O pavilhão do Clube é preto, com uma faixa branca em diagonal partindo do canto superior do lado da tralha, a Cruz de Malta em vermelho no centro e na parte superior duas estrelas douradas, uma ao lado da outra; uma delas simbolizando as conquistas dos Campeonatos Invicto de Mar e Terra no ano de 1945 e a outra a do Campeonato Brasileiro de Futebol do ano de 1974. As cores da bandeira e a Cruz de Malta serão reproduzidas nos uniformes, emblemas e insígnias usadas pelo Clube.

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