Eduardo Maganha
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Torcida do Vasco na luta contra preconceitos e golpistas

O Vasco lutou contra as discriminações de raça e classe social. O Vasco deve continuar lutando contra qualquer forma de preconceito. Reações homofóbicas, no cotidiano ou no Dia Internacional do Orgulho Gay (28/06), comprovam que ainda há muita coisa pra ser derrotada na sociedade.

Infelizmente, ao longo dos séculos, sempre houve gente intolerante e reacionária vivendo dentro de bolhas, sem observar o caminhar da humanidade. Reclamaram do fim da escravidão, resmungaram que as mulheres conquistaram direito a voto, etc.

Quem é homofóbico em pleno 2021 já perdeu o bonde da História. Deveria aproveitar as campanhas de conscientização para buscar informação, conhecimento e compreensão sobre o tema. Bom saber que as novas gerações já superaram a ignorância com empatia pelas dores de quem sofre preconceito. Esperança de um futuro melhor para todo mundo, com mais respeito e equidade. Mais amor, menos ódio.

Voltando a falar do Vasco…

Publico esse texto na madrugada de domingo, antes do nosso jogo contra o Brusque, sem ter visto a camisa em homenagem ao movimento LGBTQIA+ que será usada pelo time cruzmaltino. Nos últimos meses, 2 versões não oficiais circularam pela internet:
A) Uma camisa com as cores do arco-íris preenchendo a faixa;
B) Outra camisa com as cores do arco-íris em detalhes da camisa.

Ambas as camisas seriam proibidas pelo estatuto do clube, que menciona a necessidade de conter as cores preta, branca e vermelha na cruz de malta. A camisa “B” ficaria de acordo com o estatuto se a faixa mudasse pra cor preta.

Por termos dirigentes sem apego ao cumprimento do estatuto vascaíno, tudo pode acontecer. Também pode ser outra versão de camisa completamente diferente, em acordo ou desacordo com a legislação do CRVG.

São bem-vindas e necessárias as campanhas de marketing sobre a luta contra homofobia, a Resposta Histórica, a participação de mais mulheres no quadro social, etc.

Porém, o banho de marketing na História democrática do Vasco não está combinando com muitas iniciativas dos atuais dirigentes. Não combina com a demissão de funcionários do clube sem pagar os direitos trabalhistas, no meio de uma pandemia. Não combina com o estelionato eleitoral que prometeu mundos e fundos na campanha, mas não tem capacidade de proporcionar a entrada de dinheiro novo pro clube através de grandes patrocinadores e investidores. Não combina com a perseguição contra beneméritos no Conselho Deliberativo. Não combina com a total falta de cuidado no transporte dos troféus vascaínos. Não combina com o golpe sustentado por decisão provisória do Judiciário, dando a cadeira da presidência e outros poderes do Vasco para as chapas que o quadro social apontou pro 2o e 3o lugar.

Tudo isso somado ao completo fracasso da gestão do futebol, que em menos de 6 meses já nos levou ao rebaixamento do Campeonato Brasileiro, perda de R$ 70 milhões em direitos de transmissão, 5o lugar no Campeonato Carioca (atrás de Portuguesa e Volta Redonda) e uma campanha pífia de 2 vitórias, 1 empate e 3 derrotas no início do Brasileirão Série B.

Na torcida vascaína, a luta contra preconceitos precisa ganhar o reforço da luta contra Jorge Salgado e a gangue golpista. Busquemos o respeito ao estatuto do clube e o restabelecimento da institucionalidade e da soberania do Vasco. Se não for através da reforma da decisão provisória do Judiciário, será por uma nova campanha de associação em massa de novos Sócios Gerais com direito a voto na eleição de 2023.

Abraço e saudações Vascaínas,
Eduardo Maganha

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