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Quem viveu, viu !

 

Começamos o campeonato com apenas 15% das cartoletas do maior rival. Os “especialistas” disseram que éramos candidatos a rebaixamento. O presidente respondeu: “o Vasco vai para cabeças. Quem viver, verá”.

Fomos sabotados por meliantes de grupos políticos disfarçados de torcedores do Vasco, que nas arquibancadas do nonagenário senhor da zona norte, promoveram bang bang de bombas com uma PM completamente despreparada para lidar com o público em estádios. Tendo o objetivo claro de responsabilizar o presidente, a mídia transformou o episódio em tragédia, dando respaldo ao Judiciário a fechar nossa casa por várias rodadas, causando terrível prejuízo ao desempenho da equipe.

Sofremos menos assaltos a apito armado neste ano. Nada comparado ao que nos roubaram em 2015. Porém, algumas coisas não mudam nunca: Corinthians foi beneficiado pela arbitragem nos 2 jogos contra o Vasco. Até quando?

Disputamos 37 rodadas sem ter nenhum pênalti a favor. Na ultima rodada veio o primeiro. Mandamos devolver. O Vasco não precisa de migalhas.

A base forte reforçou o elenco profissional. Douglas Luiz foi vendido, numa das maiores negociações de um atleta da posição. Desapega! É o pulo do gato pra fechar as contas no futebol. Eurico montou os melhores times da história do Vasco. Desmontou e montou de novo.

Quem viveu, viu!

O Vasco foi, de fato para as cabeças. Classificou-se para a Libertadores conforme previu e trabalhou Eurico, bem como todos os que fizeram parte dessa campanha vitoriosa.

E só não foi direto pra fase de grupos por todos os percalços impostos pelos inimigos históricos e seus braços ancilares da nefasta oposição.

Contra tudo e contra todos!

Eurico, campeão do Cartola Premium na vida real!

Obrigado Eurico, eterno presidente! Casaca neles!

SV,

Eduardo Maganha

Em defesa da matemática

 

Números não mentem!

Esse é o slogan, certo?

Mas como todo slogan, ele não é perfeito, ainda mais quando usado sem a devida cautela.

Certo matemático de uma renomada universidade brasileira, claramente não usou do princípio da precaução num caso recente.

Um erro, que pode ser considerado até ingênuo, foi cometido.

Causado talvez pela ânsia de defender uma tese, talvez pela falta de conhecimento.

Independente do motivo, a coitada da matemática não precisava ser metida nessa confusão e ainda mais desse jeito.

Certa eleição apresentou seu resultado em diferentes urnas. Uma urna continha os votos de determinado período cronológico. As outras continham os demais votos distribuídos de maneira aleatória em relação a cronologia.

Pois bem, dito economista, formulou uma conclusão baseado no fato que a percentagem de votos observada na dita urna especial diverge enormemente da proporção observada nas outras urnas. Chegou-se a dizer que a probabilidade de isso ocorrer seria mais difícil do que ganhar na Mega-Sena.

Quem dera ganhar na Mega-Sena fosse fácil assim!

A verdade é que não se pode inferir matematicamente tal conclusão da comparação de amostras retiradas da mesma população, mas que foram selecionadas de maneiras distintas e sem conhecimento prévio sobre as suas respectivas distribuições de probabilidade. Pior ainda quando a amostra não aleatória, a urna em questão, tem como processo de seleção uma variável altamente correlacionada com a própria decisão de voto.

Deixa eu explicar o motivo disso tudo com um exemplo muito mais claro e próximo do cotidiano dos cariocas.

Suponha que alguém queira encontrar a proporção existente entre as etnias dos moradores da cidade do Rio de Janeiro.

Com esse intuito faz-se o seguinte experimento, cada pessoa moradora de cada bairro do Rio de Janeiro deve colocar na urna do seu bairro um voto que contém a cor da sua pele.

Sendo o número de votos grande o suficiente, ao fim da votação somando-se os votos de todas as urnas da cidade obteremos uma aproximação significativa da proporção de brancos, negros, amarelos, pardos e indígenas da população.

Até aí a estatística é perfeita.

Agora suponha que os moradores dos bairros do Leblon e da Gávea votaram em uma urna separada.

Você como um leitor inteligente já deve entender a que ponto quero chegar.

Os resultados dessa urna são claramente muito diferentes do resultado final. Mas porquê?

Será que todo o estudo sería inválido por causa dos resultados dessa urna?

Teríamos que anular os resultados dessa urna “manipulada” e contabilizar a etnia da população sem esses valores?

É verdade que é mais fácil ganhar na Mega-Sena do que o resultado dessa urna ser verdadeiro?

Que resposta você daria a todas essas perguntas?

Adoraria que ao menos a resposta à última pergunta fosse verdadeira, mas ficar rico da noite pro dia não é tão fácil assim como você já deve saber.

É claro, óbvio, evidente, manifesto que, como uma pessoa inteligente, a resposta que você deu a todas as perguntas acima foi um lindo e sonoro NÃO.

Mas por que os resultados tão diferentes da “urna da zona sul” fazem total sentido nesse caso?

É lógico! Simplesmente porque você está familiarizado com a relação existente entre o lugar de moradia das pessoas de maior poder aquisitivo do Rio de Janeiro e a sua etnia. Em termos estatísticos, essa urna não apresenta a mesma distribuição de probabilidades de votos que as urnas do resto da cidade.

A amostra da população contida nessa urna foi realizada de maneira discricionária através de um critério que apresenta alta correlação com o resultado do voto. Em outras palavras, existe uma alta correlação entre a etnia e o lugar de moradia no Rio de Janeiro, assim como existe entre a condição econômica de um país e o índice de aprovação do governo, ou sobre a inclinação política em um clube de futebol e a cronologia da associação.

Por esse exato motivo, o cálculo realizado pelo matemático é errado por princípio.

A probabilidade da urna em questão ter tamanha diferença de votos em relação às outras urnas pode ser até mesmo muito mais próxima de 100% do que da advogada probabilidade menor do que ganhar na Mega-Sena.

Isso ficou tão claro no exemplo de etnia descrito acima, como também deveria ser em uma análise isenta dos votos da eleição do clube em questão.

A verdade é uma só, é impossível calcular essa probabilidade sem conhecimento da distribuição de probabilidade entre a data de associação e a correspondente inclinação pelo voto em determinados candidatos do clube. Mais importante ainda, esse dado é impossível de ser auferido em eleições de voto secreto.

No fim, se a origem desse erro estatístico vem da falta de conhecimento, é lamentável que tenha sido propagado dessa maneira.

Se o erro foi cometido pela vontade de defender uma tese, é temerário perceber que tais resultados possam ser usados num processo legal sem o devido cuidado.

A única verdade nisso tudo é que o método usado e as conclusões obtidas sofreriam uma rejeição primária em qualquer processo de “peer review” de uma revista conceituada. Na verdade, as conclusões publicadas por veículos de informação de alta circulação justificariam até uma reprovação em cursos de estatística de nível universitário.

Mas voltando ao mais importante, não estou aqui para defender o Júlio, o Eurico, ou o Horta.

Só escrevi esse artigo para defender quem não tem culpa de nada e não pode se defender.

Coitada da Matemática ser difamada assim!

Renato Rodrigues

Currículo:

  • PhD in Electric Power Systems – Universidad Pontifícia Comillas (Madrid, Spain)
    (2010-today)
  • Master in Electric Power Systems – Universidad Pontifícia Comillas (Madrid, Spain)
    (2008-2010)
  • Master in Industrial Economics – Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ, Brasil)
    (2005-2007)
  • Graduated in economics – Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ, Brasil)
    (2000-2005)

 

Indevidas Intervenções

 

Não canso de me surpreender com notícias que reportam movimentações na banda suíça da administração pública, aquela que vive num universo de bonança, sedes suntuosas, salários polpudos e que, talvez por excesso de zelo – ou absoluta falta de assunto premente – tem por hábito meter seu bedelho nas eleições do Vasco.

Estranhamente, somente na do Vasco.

Enquanto membro inconteste do respeitável público, com a devida vênia aos bambambans do cantão suíço da Justiça, pretendo tão somente compreender a atuação do tal Grupo de Atuação Especializada do Desporto e Defesa do Torcedor (Gaedest) do MP do Estado do Rio de Janeiro. Soube que os luminares-que-sabem-o que-é-melhor-para-a-sociedade solicitaram ao tal Juizado do Torcedor a suspensão das eleições do Club de Regatas Vasco da Gama. Note-se, uma entidade privada regida por um estatuto próprio, devidamente registrado nos cafundós da burocracia tupiniquim. Enfim, eles sabem o que é melhor para arraia-miúda. Ademais, a guilda dos doutores da lei também lá estará para proteger, magnanimamente, os interesses da plebe mais do que rude…

Assim sendo, creio que devamos ser muito agradecidos aos brâmanes alpinos de terra brasilis. Afinal, eles se dedicam ao Vasco, deixando de lado deveres de ofício cuja importância é, sobremaneira, inquestionável. Não há como não se sentir lisonjeado… Porquanto o grupo de atuação especializada, esquecendo-se de questões tais e quais o mau uso do chamado equipamento esportivo olímpico, do ex-Maracanã, do ex-Célio de Barros, dedica precioso tempo a questões de âmbito e interesse privados.

Certamente uma honraria dedicada ao nosso Vasco. Uma exclusividade. Claro, não se deve aqui faltar com a justiça, já que o texto aborda tão magnânimo conceito e faz loas a seus bastiões. Neste diapasão, cabe reservar à chamada oposição do Vasco a importante tarefa de motivar, dar azo àqueles que ora adentram o picadeiro, oferecendo verdadeiro espetáculo ao público incauto. Formam um conjunto e tanto!

No mais, resta-nos aguardar a manifestação do Juízo do Torcedor, outro braço de excelência na porção suíça da administração pública. Aguardemos, pois, o resultado da benevolente tutela que se impõe a uma instituição privada, instituição esta regulada mediante dispositivos estabelecidos em seu estatuto social, na forma da lei.

Aguardemos, pois, ansiosamente e com os olhos marejados de emoção – considerando-se que interrompem trabalhos de extrema relevância com o único intuito de engrandecer o nosso Vasco da Gama – o resultado da prestação jurisdicional que nos é concedida por aqueles-que-sabem-o que-é-melhor-para-a-sociedade. Descasos e desvios olímpicos podem esperar. O abandonado complexo do ex-Maracanã pode esperar. Punições a torcedores que não sejam os vascaínos também podem esperar.

Face ao acima exposto, temo que venhamos a ser acusados de receber tratamento privilegiado da casta indo-suiça dos brâmanes dos cantões da administração da justiça. Seria uma lástima para um clube que sempre representou o contraponto ao status quo, ao sistema e aos preconceitos. Temo que, no fim das contas, a culpa seja d’Ôrico…

Rafael Furtado, sócio proprietário.

O Medo do Banho

 

Conforme adiantamos no último sábado, movimentos de desespero seriam revelados pelos grupos de oposição junto à Justiça, única forma de evitarem uma derrota acachapante nas eleições do próximo dia 7. Tanto o grupo de Brant, sob as asas de quem Campello, Fred Lopes, Nelson Rocha e Roberto Monteiro foram se abrigar, quanto o grupo de Horta, que vomita ódio babado pelo seu marqueteiro, deram entrada em ações com o intuito único de criar um clima de insegurança legal.

O grupo do frete, Mudança com Segurança, conseguiu, até aqui, uma decisão de primeiro grau que pouco nos atinge, mas que é absolutamente açodada e arbitrária: a votação em urna separada de 691 sócios do clube, sob a alegação de que se tratam de sócios irregulares. Pela decisão, em caso de vitória da chapa Reconstruindo o Vasco por margem superior a 691 votos, estes devem ser descartados. Caso a margem seja inferior, a urna fica acautelada junto ao Judiciário, até decisão posterior. Não há definição alguma do que será feito com a urna caso ela contenha, por exemplo, 400 votos, hipótese possível. Só falta se concluir que votos a menos na urna também será sinal de fraude. Como se vê, a sentença é um primor do desrespeito aos direitos individuais quando considera, sem apresentação de prova alguma, que 691 sócios são suspeitos, discriminando-os, adotando o pré-conceito como parâmetro decisório.

A confirmação do medo que todos eles têm do banho que fatalmente levarão veio através da petição feita pela chapa de Brant, cria de Olavo Monteiro de Carvalho, em jogada ensaiada com o Ministério Público, tabelinha que busca eficiência desde o jogo Vasco x Flamengo do turno. A princípio, estranha-se que tal petição tenha ido à decisão de primeiro grau antes mesmo da abertura do Forum neste dia 1/11/2017. Brant e o MP requerem o adiamento da eleição, sob a alegação de que a lista de sócios votantes do clube é, em síntese, fraudada. Ou seja, pantomima similar que deveria ser prontamente repudiada pelo Judiciário.

A chapa Reconstruindo o Vasco está certa de que vencerá com tranquilidade as eleições do dia 7, ainda que com qualquer urna separada. Por um simples motivo: o quadro social do clube não deseja o retorno de quem o destruiu. Ocorre que não se pode cruzar os braços frente a estas tentativas de manipulação dos tribunais sob um único pano de fundo: a derrota gigantesca que se avizinha para estes grupos. Portanto, recorrerá da decisão estapafúrdia, discriminatória e sustentada em pré-conceitos que busca separar 691 sócios em urna específica, desconsiderando qualquer direito individual e promovendo uma regra pouco ortodoxa quanto ao destino dos votos ali depositados. E aguardará com atenção a decisão de primeiro grau a respeito do pedido de adiamento da eleição, também sustentado por nada. Caso haja concessão, novo recurso será apresentado.

Solicitamos, por fim, que nossos adeptos sigam fortemente mobilizados. Dentre todas as intenções levianas destes movimentos, esta é apenas mais uma: enfraquecer os firmes elos da candidatura Reconstruindo o Vasco. Mantenhamo-nos unidos e cientes de que denunciar as manobras dessa gente é obrigação de quem deseja que o Vasco siga seu rumo, apesar daqueles que querem o poder para colocar em prática meros projetos pessoais. Eles não terão sucesso e nós imporemos a eles a maior derrota que já se teve notícia em eleições vascaínas.

CASACA!

O ridículo da extravagância à humildade

 

O novo-MUV não nos deixa esquecer seu passado “glorioso” quando enganava os incautos e alguns vascaínos de boa-fé. Como esquecer da tal fila de investidores prometida pelo alto empresário Olavo Monteiro de Carvalho com grande influência na diretoria da era trágica de nossa história recente? Como não lembrar, com misto de raiva e riso, do patrocínio com valores acima da lógica oferecido e assinado com a fornecedora de materiais Champs e que nos rendeu um calote, um processo e muita vergonha nacional?

Atenção: esse pessoal muda de nome, mas não o seu modus operandi. Eles usam a capa engomadinha e o ar de modernidade como uma forma de turvar o óbvio fato de que são absolutamente aventureiros e inexperientes tentando presidir o clube. O terrível período de 2008 a 2013 é um doloroso ensinamento que mostra no que dá cair nessa esparrela.

E para não nos deixar esquecer de sua genética neomuviana, uma candidatura chegou a prometer em 2014, o aporte de R$124 milhões vindos do fundo de um Sheik árabe caso fosse eleita para presidir o clube. Recentemente o nome da Crefisa, patrocinadora do Palmeiras, foi usado (depois desmentido pela própria empresa) para prometer um patrocínio ao nosso clube na hipótese de um certo candidato vencer a eleição do Vasco. Sim, estamos falando do “fantástico mundo das mirabolâncias almofadinhas de Julio Brant”, aquele que não sabe onde fica São Januário. 

 

 

A mais recente delas e certamente a mais realista, revela o tipo de seriedade com que essa gente usa para falar de Vasco. Resgatando seu passado de executivo de uma construtora, a Andrade Gutierrez (acho que não precisamos entrar nos detalhes de qual empresa se trata), deste mesmo ramo surge como trunfo da tal candidatura uma carta de intenções da pujante “TMC telhas e materiais de construção” prometendo patrocinar o Clube caso: 1) Julio Brant ganhe as eleições e 2) a situação financeira da empresa permita.

Sem desmerecer o referido grupo do setor de construções, a carta mais parece uma piada e, por que não dizer, uma peça de marketing a favor do candidato contra quem Julio Brant concorre.
Da extravagância à humildade conseguem passar a impressão de que não levam à sério nem a própria candidatura. Ou, a melhor hipótese, falta o mínimo de bom senso e um bocado de noção do ridículo!

SV

Leonardo Miranda

 

E tem gente que acredita em muita coincidência, né?

 

Por Bruno de Luna

O futebol caminhando bem, clube sendo reestruturado e uma misteriosa e obscura revolta da torcida, em São Januário, após o clássico contra a mulambada em conjunto com uma atuação pra lá de desastrosa da PM, que teve como consequência uma punição em tempo recorde contra o Vasco, com interdição de São Januário e perda de mandos de campo.

Resultado, Vasco sente a perda de seu estádio e acumula resultados negativos dentro de campo.

A diretoria trabalha, troca de técnico, mostra aos torcedores e à mídia que o desespero contra o rebaixamento era exagerado e, com apenas duas vitórias (Flu e Grêmio), retorna à parte de cima da tabela, chegando a ficar momentaneamente em sexto lugar.

Aí o que acontece? O MP resolve desengavetar o problema do clássico contra o Flamengo, numa clara tentativa de desequilibrar novamente o andamento do futebol na colina.

E se fizer um levantamento histórico, com certeza aparecerão dezenas de coincidências do tipo!

“Todos contra ele”